Callie
- Vai Callie, mais rápido – ela falou extremamente ofegante.
- Eu não aguento mais – levanto a cabeça para respirar.
- Vamos, eu ainda não estou cansada – súplica.
- Mas eu estou, da onde veio isso tudo? – a olho, seu cabelo grudando na testa pelo suor e as bochechas vermelhas me dão uma visão incrível.
- Eu sempre gostei de pedalar – finalmente desliga sua bicicleta da academia.
- Da onde veio a ideia de me trazer para uma academia? – tomo quase a garrafa toda de água.
- Bom, fazer exercícios me acalma, você e sua mãe não parecem ser melhores amigas e não sei se ainda está chateada com o meu irmão, então – desce da sua bicicleta vindo até a minha – achei que isso aliviaria o seu stress.
- Acho que tem várias formas de aliviar o stress.
- Temos um quarto só nosso! – sorri maliciosa.
- Credo, eu estava falando de comer chocolate ou algo assim.
- E eu estava apenas brincando – se afastou – vou ir tomar um banho.
- Ficou brava? – me levanto indo atrás dela.
- Claro que não, quer ir tomar banho comigo? – gargalha.
- Para com isso – a olho seria.
- Você fica uma gracinha toda vermelha, Torres.
Vamos andando juntas até chegarmos no nossos respetivos quartos.
- Te vejo na ceia – entra sorrindo.
- Te vejo na ceia – sussurro e um sorriso involuntário escapa dos meus lábios.
- Que sorrisinho é esse?
- Que susto Aria – jogo minha toalhinha nela – e você, já voltou, como foi com o Timothy?
Ela sorriu, mas logo voltou a ficar séria.
- Não faz isso, Aria.
- O que, eu nem falei nada.
- Eu sei quando você esconde algo para tentar não me magoar – sento do seu lado – fala logo.
- Ele falou que gostou de mim – diz sem jeito – foi só isso.
- E você gostou dele – lhe dou um empurrãozinho – ele sabe que você está grávida?
- Sabe sim, ele falou que acha que vai ser um menino – diz sorridente.
- Um menino? – digo decepcionada – você falou que eu poderia escolher o nome se fosse menina!
- É maninha – se levanta – se o meu bebê for um menino você que vai ter uma filha para por o nome de Sofia porque daqui – aponta para próprio barriga – não vai sair mais um bebê depois desse.
- Mas eu não quero ter filhos – emburro – é bom o seu ser uma menina.
- O Tim não acha – anda até o banheiro.
- O Tim não acha – imito sua voz.
Arizona
Faltam poucos minutos para ceia, coloquei um vestido vermelho de veludo de mangas longas e de comprimento até o joelho, uma leve maquiagem e um saltinho preto. Ouvi batidas na porta e corri para abrir.
- A é você – dei passagem para o meu irmão entrar.
- Quem estava esperando? – disse se sentando.
- Ninguém – volto para frente do espelho.
- E está bonita assim por quê?
- Eu sempre estou bonita seu idiota.
- Não está não, geralmente você está parecendo uma sem teto, agora até que você está arrumadinha.
- Você também não está o saco de lixo de sempre, quer impressionar a Aria não é?
- Ela está grávida, sabia?
- Sim, a Callie me contou, mas o que tem isso?
- Eu acho que vai ser um menino – o vejo sorrir pelo reflexo de espelho- você acha que eu seria um bom pai?
- Timothy, você acabou de conhecer ela, o que te faz pensar que ela quer você como pai do filho dela, logo você.
Digo de forma ríspida e logo me arrependo, Timothy levantou com cara de estar realmente chateado.
- Te vejo na ceia – caminha ate a porta.
- Tim, eu não falei por mal – vou ate ele.
- Não, você tem razão, por que ela iria querer alguém como eu como pai do filho dela – disse sério e saiu do quarto fechando a porta atrás de si.
- Burra – digo para mim mesma.
Eu e Timothy nunca brigamos de ficarmos sem nos falar, mas acho que realmente falei merda dessa vez.
Voltei para penteadeira, mas logo ouvi a porta ser batida de novo.
- Eu sabia que você ia voltar, me desculpa – abro a porta – a é você.
- Esperava quem?
Eu queria responder, mas tudo parou de funcionar quando vi ela, seu cabelo em um rabo de cavalo jogado no ombro, um vertido vermelho sangue até os pés com um decote glorioso.
- Meus olhos estão mais para cima Arizona.
- Eu sei – digo sem graça – precisa de alguma coisa?
- Avisar que já me deram a chave do quarto – chacoalha ela no ar.
- Vamos ir lá ver? – digo animada.
- Já está quase na hora da ceia.
- E daí? Vamos por favor – faço bico.
- Tá, fica no último andar.
Fecho a porta do quarto e caminhamos até o elevador.
Callie
- A dona da pousada veio trazer a chave, ela disse que fui muito gentil e que ela deixaria alguns “mimos” para nós na cama do quarto – faço aspas com os dedos.
- O que você acha que é?
- Chocolate?
- De novo isso de chocolate Callie, com certeza não é isso.
- O que você acha que é então?
Entramos no elevador assim que ele abriu.
- Eu tenho algumas ideias, mas descobrimos quando chegarmos lá – sorriu.
O último andar, ele tem um ramal enorme e apenas uma porta, um único quarto.
- Já estamos atrasadas Arizona, não podemos ver o quarto depois? – um frio subiu pela minha barriga.
- Não – fez bico – eu quero ver, por favor – súplica.
Apenas reviro o olho e caminho até a porta, a destranco e com certeza eu nunca vi nada parecido. Eu e Arizona ficamos mudas por um tempo, até nos encararmos.
- Feliz natal! – Arizona disse completamente animada.
Arizona
- Eu disse que não seria chocolate – a olho.
Callie está estática, não falou nada desde que estivemos no quarto, está com um rubor nas bochechas lindo.
- Eu nem sei como que se usa aquilo.
- Você nunca usou brinquedos?
- Você já?
- Você vai gostar – saio do elevador assim que as portas se abrem.
- Do que minha irmãzinha vai gostar?
Aria e Timothy estavam próximos ao elevador no saguão principal, meu irmão me lançou um olhar reprovador e decepcionado, o que me quebrou.
- Chocolate – Callie disse tentando ficar calma.
- Entendi – Aria diz a encarando – a mamãe já está nos esperando, vamos?
- Claro!
Callie saiu andando rápido puxando a irmã junto a ela.
- O que você fez? Ela esta literalmente correndo de você.
- Nada, Tim?
- Fala – começarmos a caminhar lentamente até o salão onde ocorrerá a ceia.
- Me desculpa? Eu acho que você vai ser um pai incrível, você sempre foi meu super herói e tenho certeza que quando você tiver um filho vai ser o herói dele.
- Você acha? – ele da um dos sorrisos mais sinceros que já vi.
- Sim Tim, seu filho vai ter muito orgulho de você, você pretende ser algo para o filho da Aria?
- Acho cedo para responder isso, estamos aqui a três dias? Mas eu realmente estou pensando muito sobre isso, ela é incrível e eu consegui sentir o bebê dar um leve chute, eu acho que é um menino.
- Vamos dar tempo ao tempo, vai dar tudo certo!
- E você e a Callie?
Reviro o olho.
- Ela tira minha paciência!
- Sua calcinha também.
- Você é muito babaca sabia?
Entramos rindo no salão mas logo ele morreu quando vi a Callie correndo chorando em direção ao banheiro.
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Gente, vamos lá kkkk
Como eu falei em um dos capítulos anteriores, eu consegui um emprego, eu trabalho até 22:30 e além de cansaço físico eu estou extremamente cansada psicologicamente, quem leu “em outra vida” eu expliquei um pouco porque comecei a escrever, isso me acalma muito, mas não quero fazer algo ruim e sinceramente eu não tô bem, esse capítulo foi escrito milhões de vezes e nada saiu, esse foi o menos pior e eu queria muito conseguir conciliar tudo, eu não acho que vou ficar nesse emprego muito tempo ( realmente meu psicológico está muito ruim para isso).
Eu gostaria de pedir desculpas pela demora, pelos erros e se decepcionei alguém com a história em si.
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Luzes de inverno - Calzona
FanfictionÉ natal, o clima natalino está no ar, o chocolate quente, neve, as pessoas se reunindo com a família e vários presentes em baixo da árvore, era para ser assim com Callie e Arizona, mas um pequeno erro fez o primeiro encontro delas ser o pior possíve...