Com desdém, o animal foi posto em cima da bancada. O facão, impiedosamente, fatiou-lhe a cabeça e os quatro membros, permitindo que o sangue escorresse pelas bordas da superfície fria e sujasse o antigo piso de cerâmica. Depois a pele coberta de pêlos amarronzados foi retirada. O objeto estava perfeitamente afiado para a ocasião.
Uma ventania fria batia furiosamente contra a janela da cozinha; o inverno estava rigorosíssimo naquele ano.
Então cortou-se a carne fresca em pedaços (os órgãos inúteis já haviam sido descartados).
E o sangue não parava de formar trilhas pelos armários da bancada.
Posteriormente, ao acender o fogão, uma grande e velha panela de alumínio foi repousada sobre ele. Batatas, cenouras, cebolas e temperos uniram-se aos picados avermelhados e crus. A água banhou-os abundantemente em seguida.
- Preparou cedo hoje. – comentou o pai, que adentrou na cozinha sem a filha notar. – O cheiro parece ótimo!
Quando sentou-se na cadeira, o velho homem tirou seu gorro de lã.
- Luke também sumiu. Não sei o que está acontecendo. – disse enquanto acendia seu cachimbo favorito. – Aquele cachorro nunca foi de ficar longe de nós.
Novamente, a mulher misturou a sopa com a concha de madeira.
- Eu também não faço ideia. – ela respondeu, disfarçando um pequeno sorriso.
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Contos Curtos Cabulosos
HorrorO terror jamais teve um formato tão pequeno e intrigante. Muitos dizem que os maiores monstros são os mais perigosos. Mas e se eles tiverem errado? Nunca se sabe o tamanho, e muito menos a força, do próximo que virá te assombrar... * Desenho da ca...