Devo contar?

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- Oi Berê, que felicidade é essa?
Berenice chega quase que dançando no porão mas disfarça e vai para o caldeirão do tio.
- Não sei do que ta falando tio Téo. Vamos começar a aula, sim?
- Sabe, um amigo meu veio visitar a Leocádia ontem, e ele disse coisas muito interessantes sobre vc.
Ele disse se aproximando de Berenice que estava examinando uns frascos  cima da mesa do tio.
- Isso foi semana passada vc não estava em casa.
Berenice ainda não respondia estava olhando um frasco de asas de barata que, com seu nervosismo o derruba mas seu tio o apara.
- Er, tio não podemos começar a aula? E o que esse seu amigo disse de mim?
- Ele tem o poder de prever o futuro, é um don raro até no mundo da magia. E ele te viu, se casando. Quer me contar algo?
- A aula não é mas importante? E eu não vou me casar Tio Téo.
- Tudo bem, a aula então. Hoje vamos falar sobre Transfiguração...

Horas depois...

- Crianças venham almoçar.
Era o pai do Pippo os chamando. Mas Sol que estava sentada no banco do pátio lendo um livro não parecia querer ir comer.
- O Sol, vc não vem? Vai esfriar.
Ela levanta os olhos do livro para o encarar.
- Eu não estou com muita fome, vão indo na frente que eu já vou.
Na verdade, o que ela queria era esperar sua namorada para conversarem, pois Berê tinha lhe mandado uma mensagem.
- Tudo bem, mas vê se não demore capiche?
- Sim.
Depois de 5 minutos deles saírem Berê chega no pátio, um pouco chateada.
E ao vê-la Sol se levanta na hora.
- Berenice o que houve?
- Sol, meu tio e a minha tia, ainda não sabem sobre nós e eu não aguento mas esconder isso deles.
Ela diz atropelando as palavras devido só choro que se formava, e ela ainda abraçava a Solzinha.
Que a levou para o Banco,
- Não chore, ta tudo bem. Eles vão te aceitar. São sua família.
- E-eu sei Sol, mas e os meus pais?
Sol que estava com um braço na cintura da menina, a puxou para mas perto lhe dando um abraço. E quando ela já estava melhor, a menina da capa vermelha se afastou para dar um beijo na testa de Berenice.
- Tudo, bem vamos enfrentar isso juntas. Não importa o que aconteça.
Berê entrelaça suas mãos, e diz:
- Devo contar a eles?
-Sim, e nós vamos contar, vai ficar tudo bem.
Ela diz iniciando um carinho na mão da feiticeira.
- Ok. Melhor eu ir, meu tio vai chegar em casa logo. Até mas tarde.
- Por falar nele...
Berê a interrompe pois já sabia o que ela ia dizer.
- Depois nós contamos que vc tem poderes.
- Sim. Melhor.
Ela diz e se levanta pois tinha de almoçar com o Bento e os Tomatines, mas antes de sair do pátio ela da um selinho em Berê e elas se despedem. Depois de um tempo a feiticeira roxa pula a janela da casa da tia e vai para o quarto, sem nem dar um oi a sua Bisa. Pois a mesma estava dormindo e a menina tinha que pensar em como se assumir para os pais.

Perto dali...

- Sol, vc demorou. Que pulseira é essa? Vc que fez?
- Nem demorei, e não essa pulseira foi a Berê quem me deu...
- Mas sol e se essa pulseira estiver enfeitiçada, eu sei que vc e ela são...
Bento não pode dizer o resto pois a sol tinha pisado em seu pé, para logo depois se sentar a mesa e almoçar.
- Vamos comer Bento, ou a comida vai esfriar.

Odeio te amar (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora