quarenta e três

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Os dias se passaram como de qualquer outra pessoa: saiu para almoçar com amigos, fez trilhas, boxe, escutou músicas, viu filmes, leu roteiros, comprou algumas obras de arte em leilões, falou com sua família por videochamada... mas assim que a escuridão caía ele se arrastava para a mansão, que cada noite que passava parecia mais um cachorro com a pata quebrada do que um homem.

Machucava mas ele gostava. Achava que gostava. Talvez gostasse mesmo.

E o tempo passado sob as luzes rosadas e azuladas agora parecia um sonho por trás das lentes embaçadas do voyeurismo. Passava a madrugada toda observando cada passo de Louis, que quando o notava de volta ou revirava discretamente os olhos ou só ignorava.

Era assim que seria agora? Para sempre?

Era assim que seria agora? Para sempre?

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