20 - Mais surpresas?

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Keylan narrando

Eu não acreditava no que estava ouvindo...
- Filha...
- Não pai, eu vou. Não adianta tentar me convencer do contrário.
- Tudo bem, então...vamos.
- Lou...
- Não, Keylan. Eu preciso ir...
- Eu também retornarei com você, Lou.
- Nunca. O seu lugar é ao meu lado.
- Mas...
- Ele tem razão, Sarah. Fica, se cuide e cuide do meu sobrinho. Por favor...
- Tudo bem.
- Lou...
- Eu te espero no carro.
- Keylan...
- Eu não vou tentar te impedir, eu sei que quando você põe algo na cabeça chega a ser pior que a Kênia, então...só se cuide, ciude do nosso bebê e qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, fale comigo. Me liga todo dia, mande sinal de fumaça...qualquer coisa...
Ela me abraçou e me beijou.
- Eu te amo.
- Eu também te amo muito.
- Mamãe...
- Meus amores...
Ela abraçou eles com dificuldade por causa da barriga de quatro meses...
- Promete que vai vir nos ver?
- Claro que eu vou vim ver vocês sempre...se comportem...cuidem do papai e da tia Sarah, do bebê, da tia Kênia, do vovô e do tio Kem...tá bem...?
- Sim.
- Eu amo vocês.

Louise narrando

O Keylan me acompanhou até a porta e me beijou...eu não queria sair dos braços dele...mas eu precisava. Eu estava destruída, mas o Philip ia pagar pelo que ele me fez passar.
- Eu tenho que ir...
- Tudo bem.
Ao entrar dentro do carro...
- Você tem certeza, filha?
- Tenho, pai.
- Tudo bem.
Minhas noites se resumiam em dormir chorando e acordar de madrugada para chorar ainda mais. O sono ia e vinha em horários irregulares...ficar sem o Keylan estava me matando.
- Precisamos conversar...
- Com licença ainda se usa, Charlotte.
- Posso falar?
- O que você quer?
- O seu pai quer que organizemos um baile para a apresentação da nossa "família feliz"...
- Por que você não faz isso? Você já está acostumada.
- Ele quer que façamos isso juntas.
- OK, e o que eu faço?
- A lista de convidados.
- Só isso?
- Só. Eu já cuidei de tudo...ele quer um jantar íntimos, poucas pessoas...ah, e não esqueça de convidar a família Petrovick...ordens do rei.
- Claro. Vou fazer isso agora...
- Ele esta la em baixo esperando. Tenho que ir.
- Tá bem...
O que o papai estava tramando?

Lista de convidados para o baile.

Família Petrovick (4 pessoas)
Família Hernandez (5 pessoas)
Família Castelani (7 pessoas)
Família Rodrigues (4 pessoas)
Família Marques (3 pessoas)
Família Vidal (7 pessoas)
Família Carvalho (4 pessoas)
Família Alves (6 pessoas)
Família Castro (2 pessoas)
Família Monteiro (6 pessoas)

- Está ótimo, filha, mas...
- Mas...
- Está faltando na família Petrovick.
- Pai...
- Aquela entojada da Samira vem? Não suporto aquela garota.
'Você não é a única. ' pensei.
- Não é da Samira que estamos falando, Charlotte...
- Então de quem...?
- Filha...
- Tudo bem, pai...

Lista de convidados para o baile.

Família Petrovick (6 pessoas)
Família Hernandez (5 pessoas)
Família Castelani (7 pessoas)
Família Rodrigues (4 pessoas)
Família Marques (3 pessoas)
Família Vidal (7 pessoas)
Família Carvalho (4 pessoas)
Família Alves (6 pessoas)
Família Castro (2 pessoas)
Família Monteiro (6 pessoas)

- Prima, você errou...os Petrovick não são em seis...
- Está correto...Perfeito.
- Uma lista um pouco pequena, não acha, tio?
- Pensei em colocar mais duas famílias mas...
- Mas o quê, filha?
- Os Petrovick's não se dão bem com eles...
- Como você sabe, prima?
- An...a Kênia...isso...a Kênia comentou.
- Sei.
- E quem são, filha?
- Os Masons e os Velásquez.
- Há um motivo para os Petrovick's não se darem bem com essas pessoas, prima.
- E qual é?
- Eles eram aliados. Mas aí nasceram o Keylan e o Kemuel...
- E o que isso tem haver?
- A mãe deles era da família Mason e estava prometida ao o líder dos Velásquez...quando descobriram que ela estava com o Mikael e que tinha filhos, tentaram matar o Kemuel, que era bem pequeno, não conseguiram...o Kemuel não lembra, mas o Keylan lembra e ele sempre protegeu o irmão. A partir daí as coisas desandaram...e o clã dos Petrovick's tiveram de recuar pois os Masons e os Velásquez se uniram em aliança de guerra...qualquer tratado de paz com eles era uma verdadeira afronta contra os do nosso mundo...
- Unido a isso a disputa já existente...Até que...
- Bom, o acordo foi feito.
- Petrovick e Mansfield?
- Isso. As partes mais improváveis e mais fortes. E o tratado seria selado se um de nós casasse com um deles, o que não aconteceu.
- E onde a Kênia entra nessa história?
- Ela nasceu anos depois. Pouco tempo antes da mãe deles morrer...
- E quem seriam os representantes das famílias a se casarem?
- Antes de você chegar o Philip e a Kênia ou eu e o...
- Keylan...
- Isso. Mas você apareceu. A herdeira legítima.
- Então seria eu a casar com o Keylan...
- Você já é casada.
A Charlotte parecia irritada.
- O casamento foi consumado?
- Não, mas o Philip nunca aceitaria...
- A não ser que oferecessemos algo que ele queira mais.
- E o que eu posso querer mais do que ser casado com a princesa herdeira?
- Ser reconhecido como o herdeiro legítimo.
- Do que o senhor está falando, papai? Não me diga que...
- Eu sou o pai do Phillip...
- Mas como?
- Eu conheci a sua mãe bem antes do seu pai, na época ela não sabia quem eu realmente era, na verdade poucas pessoas sabiam. Nos relacionamos, e logo eu tive que voltar, para poder assumir o trono. Nunca mais a vi. O Charles era meu conselheiro, meu melhor amigo, um dia ele me contou que a sua namorada estava grávida e que ele iria se casar com ela...imaginem só a surpresa que eu não tive, ao descobrir que a mulher que eu me relacionei era namorada do meu amigo.
- Mas isso não quer dizer nada.
- Na sua barriga, próximo a virilha, há um sinal em forma de um anzol...
- Como...?
- Papai...
- Então quer dizer que eu posso selar o acordo.
- Mas como?
- Ora, me casando com a Kênia...
De repente nós só ouvimos o som de coisas se quebrando...

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