Despertei com o choro vindo do outro quarto. Portanto, ergui meu corpo, ficando sentado na cama, e Jéssica me olhou, sonolenta.
- Pode voltar a dormir, eu irei lá. - Então, saí do quarto e adentrei o de nossa filha.
Depois, aproximei-me do berço, onde a bebê chorava, já sentadinha. Quando me viu, ela ergueu os braços e eu logo a peguei. Alícia encostou a cabecinha no meu ombro, fungando, enquanto se acalmava aos poucos.
Após, peguei sua mamadeira, que estava pronta, em cima da cômoda e lhe entreguei. Assim, a bebê de 1 ano começou a tomar seu leite, olhando para mim. Sorri quando lentamente ela foi fechando os olhinhos e adormecendo. Assim que todo o líquido da mamadeira tinha sumido, aproximei-me novamente do berço e a deixei lá. Apesar de ela ter se mexido um pouco, graças a Deus não acordou.
Depois, apaguei a luz do quarto, deixando apenas a luz noturna ligada, para que não ficasse muito escuro para a bebê. Então, fechei a porta e voltei para o meu quarto. Por fim, puxei a coberta e me deitei embaixo dela, passando um braço em minha esposa para abraçá-la.
- Ela dormiu? - Ouvi a voz de Jéssica.
- Achei que você estivesse dormindo. - Soltei um riso, puxando-a para mais perto. - Sim, Alícia dormiu. Agora, vamos dormir, que o dia está quase amanhecendo.
[...]
No café da manhã, Alícia estava um pouco agitada, sempre querendo estar no meu colo ou no da mãe. Acontece que era efeito dos seus dentinhos que estavam nascendo, então por enquanto, teríamos que aguentá-la toda enjoadinha.
Eu estava em pé junto a Alícia, brincando com a menina, tentando distraí-la com seus brinquedos, enquanto Jéssica esfriava seu mingau. Então, a campainha tocou e fui abrir a porta, vendo que era minha sogra.
- Cadê a princesa da vovó? - Alicia se pôs a rir, batendo palminhas. - Onde está a Jéssica? - Perguntou, tirando sua neta de mim.
- Na cozinha. - Respondi, fechando a porta.
- Claro, minha filha agora vive na cozinha igual uma escrava. - Falou minha sogra, indo para o outro cômodo. Portanto, soltei um suspiro, enquanto seguia a mais velha.
Quando entrei na cozinha, dona Rita estava sentada na cadeira, com Alícia em sua frente em pé sobre a mesa. Por minha vez, caminhei até Jéssica e deixei um beijo em seu ombro. Então, ela me olhou e sorriu.
- Eu termino de esfriar. - Falei.
- Mas...
- Vai conversar com sua mãe.
- Tudo bem. - Então, ela saiu e eu fiquei em seu lugar. - Vamos conversar lá na sala, mãe. - Portanto, as duas saíram da cozinha.
Após, certifiquei-me de que o mingau estava no ponto certo, ou seja, nem muito quente para não queimar a minha filha e nem muito frio, já que Alícia não gostava de nada muito frio. Então, enchi a mamadeira e fui até a sala.
- Papai! - Falou Alícia ao me ver.
Ela estava com um pouco mais de 1 ano e falava algumas palavras, umas nitidamente, outras meio emboladas. Quando Alícia havia falado sua primeira palavra, foi uma grande surpresa para nós, pois em vez de falar mamãe ou papai, ela falou um nome que não tinha em nossa família. Gabriel, essa foi sua primeira palavra, o que gerou confusão entre mim e a Jéssica. Mas então, pensamos que talvez ela tivesse escutado esse nome na televisão. Por fim, esperamos as suas próximas palavras, até que vieram papai e mamãe.
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Quando Os Sinos Batem
Romance(CONCLUÍDO) Vidas inocentes são tiradas todos os dias por pessoas inconsequentes. Famílias, sonhos, desejos são destruidos em um piscar de olhos. Uma simples ação inconsequente pode mudar completamente a vida de uma pessoa, ou até mais. Há cerca de...