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São exatamente vinte horas de uma quinta-feira, e estou aqui ainda pensando em Miranda, em como essa semana ela está mais sensual, mais intensa no olhar, ou sou eu que estou a ponto de subir pelas paredes e com isso fico mais sexual do que já sou?

Eu preciso transar, eu preciso sair, eu preciso, mas morro de preguiça de toda burocracia que é conhecer uma nova pessoa. Quem eu quero enganar?

Eu quero transar é com Miranda. Do jeito que falo, até parece que sempre fui lésbica. Mas não, eu nunca beijei alguém do mesmo sexo, mas, lady Priestly, é unicamente responsável por me despertar para esse lado, e com isso, qualquer outra pessoa se torna menos interessante para mim.

Eu prefiro é ficar imaginando e me iludindo que ela me olha com mais intensidade, que nesses últimos dias passamos a nos tocar acidentalmente mais vezes que em todos os meses que já para ela. Todas essas ações inesperadas alimentam meus pensamentos sexuais com ela.

— Eu preciso beber um pouco. – Levanto do sofá e fui à busca do vinho barato no armário.

Na manhã seguinte, não tive dificuldade em levantar, pelo contrario, acordei mais cedo que o despertador. Lamentei, perdi alguns longos minutos de sono, até tentei voltar a dormir, mas fracassei, então resolvi levantar, fazer um café da manhã descente e caprichar no look para quem sabe talvez agradar os olhos da fera de olhos azuis que me enfeitiçou completamente. Sorrio do meu pensamento.

Assim que chego à Runway, sigo para dentro de sua sala, para organizar sua mesa. Organizo as revistas, guardo alguns papeis dentro da gaveta, e um rabisco em uns dos papeis me chama atenção. Havia meu nome rabiscado.

Pego a folha e noto que não é nada relacionado a mim, é apenas meu nome ali, rabiscado, sem contexto algum. Miranda estaria pensando em mim? Será que eu não estou tão louca para pensar que Miranda realmente está me provocando e que tudo isso não é alucinações por causa dos meus desejos?

Sorrio maliciosamente com a possibilidade. Reorganizo a ordem dos papeis deixando o que tem meu nome escrito por ela, bem em cima. Deixo sua garrafa com água também a sua espera, arrumo a cadeira e quando viro para sair, Miranda está entrando. De primeiro momento me assusto, mas logo dou um sorriso maroto.

— Bom dia, Miranda! – Desejo forçando para falar de maneira mais sexy propositalmente.

Ele arqueia uma das sobrancelhas, me olha dos pés a cabeça, e propositalmente eu balanço meu corpo sutilmente esperando ela terminar a analise do meu look, ainda com um sorriso sem mostrar os dentes e olhos mais comprimidos que o habitual. Assisto Miranda chegar a meus olhos e sustentar o olhar. Isso fez meu sexo pulsar.

Ela se move indo para sua mesa e eu saio sem conseguir conter um sorriso.

Sento em minha mesa como se eu tivesse feito alguma travessura, mas eu não fiz nada, eu só arrumei a sua mesa. Não tenho culpa que ela está me deixando sonhar. Atendo o telefone.

— Patrick na linha!

Passo a ligação para sua sala e vou à busca do café que ela ainda não pediu, mas já deveria ter pedido tem algum tempo.

— Miranda, seu café! – Ela não tirou os olhos do notebook e isso me deixou decepcionada. Coloquei o café em sua mesa e consegui ver alguns papeis que eu havia guardado na gaveta, em cima da mesa novamente. Sorri internamente.

Ao sair da sala dela, fiz questão de rebolar, eu sentia que seus olhos estavam em mim.

Miranda estava me provocando todo esse tempo. A atitude dela ao saber que eu vi que ela rabiscou meu nome me confirma isso.

Meraki (Mirandy) Onde histórias criam vida. Descubra agora