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POV: Miranda Priestly

Minhas mãos estão tão tremulas diante da imprudência que a Andreah acabou de cometer. Levo minha mão ao peito tentando acalmar as batidas aceleradas.

Essa garota só pode ter ficado maluca, com que direito ela pensa que tem para fazer isso comigo? Ainda sair assim... Roço minha coxa uma na outra, pela inquietação que meu corpo resolveu sentir, arrumo meus cabelos, respiro fundo, elevo a cabeça e saio daquele lugar que eu sequer notara que era desocupado.

Passo por ela com passos mais apressados, sem olhá-la. Sento em minha cadeira girando ela para janela, tentando entender esse misto de sentimentos, precisando compreender essa vontade de sair correndo é permanecer ali, para ver o que iria dá. Suspiro irritada. Andreah vai pagar por isso!

— Andreah! – Giro minha cadeira enquanto a chamo.

Observo ela entrar, meu sexo contrai. Desde a primeira vez que a vi com essa roupa, meu corpo reagiu de imediato. Como essa garota pode despertar o meu corpo dessa maneira? E como eu me deixo ser desperta por ela dessa maneira?

Cá estar ela, com essa falsa inocência maquiavélica no semblante. Reviro os olhos, sei o que ela deve está pensando...

"A rainha do gelo intocável não é tão intocável assim" "Despertar o dragão não é tão difícil"

Mas eu sou... Mas com ela, parece que não funciona. Não sei o que essa garota tem que me faz deixa-la agir assim. E porque isso parece tão interessante e meu corpo gosta. Nem quando Stephen pede alguma posição diferente eu me sinto tentada a ceder, e ela...

— Pois não, Miranda? – Ela me tira do devaneio. Pisco revirando os olhos mais uma vez.

A encho de tarefas fora da Runway, eu preciso trabalhar e com ela vestida dessa maneira, atrevida dessa maneira iria me tirar ainda mais do eixo. Se é que já não estou fora dele. Só posso está, para deixar fazer o que fez.

São tantas perguntas dentro de mim, que eu me pergunto em que momento eu passei a me sentir sexualmente atraída por mulher, por ela... Eu nem gosto de sexo. Eu sempre tive o olhar, os sorrisos dela como algo que me deixava envaidecida. Em que momento passou a ser outra coisa?

A vejo chegando, estamos quase encerrando o expediente, poderia dá mais algumas ordens, só para aprender quem é Miranda Priestly.

— Café! – Falo da minha sala sem olhar para fora.

Quando ouço seus passo longe, chamo Emily, dispensando por hoje.

— Seu café, Miranda. – Ela fala enquanto entra em minha sala.

Estendo a mão para pegar o café, sem olhar para ela. Sinto o copo chegar a minha mão e o resvalar de dedos acontecem.

— Não vai agradecer Miranda? – Ela questiona com a voz suave.

— Como é? – Arqueio uma das sobrancelhas, desafiando a repetir.

Ela olha para trás, e da à volta na minha mesa, gira minha cadeira e eu apenas observo-a. Atrevida!

Ela tira meus óculos e olha no fundo dos meus olhos, meu corpo que já estava o dia todo despertado, ficou em erupção e eu sequer sei explicar o motivo. Provavelmente esse jogo de sedução. Ela desce os olhos para meus lábios.

— Tome um gole do seu café! – Ela fala ainda olhando para meus lábios.

— Você perdeu a noção? Afaste-se!

— Já passamos dessa fase, Miranda. – Ela encosta seus lábios nos meus. — Você gosta de mim assim. – Eu sinto a vibração dos movimentos dos seus lábios. — Comandado você. – Fecho os olhos.

Meraki (Mirandy) Onde histórias criam vida. Descubra agora