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POV: Andreah Sachs

Eu estava eufórica, ansiosa, e os escambau a quatro a cada segundo que eu recordo o que fiz com Miranda.

— Como eu tive coragem? – Perguntei vibrante. Eu sentia meus olhos brilharem. — Mesmo que eu ande pelo vale das sombras, não temerei mal algum.

Eu passei todo o final de semana com minhas frases bestas. E ainda incrédula diante do cenário que eu criei com Miranda.

— Caralho, eu dei em cima da Miranda descaradamente e ela correspondeu.

Eu beijei Miranda, e depois me toquei para ela ouvir. Não, ninguém consegue mensurar isso. Miranda Priestly... Nunca pensei...

Quer dizer, claro que eu pensei, mas eu sou uma sonhadora pé no chão, sonhava sabendo que não havia chances alguma de poder acontecer. Mas aconteceu. AAAAAAAAH!

— Será que ela vai com a roupa que eu pedi? Eu desejo muito que vá.

Fecho os olhos esperando o sono vir, e sorrio repassando a noite de sexta-feira pela milésima vez na cabeça. Miranda parecia se surpreender e gostar da maneira que a tratei. Meu corpo esquenta só em pensar nela pedindo; por favor. Será que ela se sujeitaria a essas coisas? Seria interessante...

O despertador tocou e eu não tive dificuldade alguma em levantar. Estou ansiosa por hoje, desde sexta.

Corro para o banheiro, e não demoro em me arrumar, escolhi minha roupa para o trabalho de hoje, no sábado.

Uma calça de couro bem justa no corpo, um espartilho também de couro, na cor preta — Eita! Como meus seios ficaram maiores. – Scarpin vermelho.

Me olho no espelho, e para não parecer um look tão provocativo/chamativo demais, coloco um blazer também na cor preta, um batom também vermelho, e apenas um brinco delicado e pulseira fina. Solto meu cabelo, bem liso e franja bem alinhada, passo rímel em meus cílios e voalá.

— Miranda não me atentou a semana toda? Agora é minha vez de mostrar como se faz.

Olho para o relógio do celular, não estou atrasada, então saio com calma de casa, passo com calma pela Starbucks para providenciar o café da rainha do gelo, não tão gelada como todos pensam.

Assim que entro no prédio Elias-Clarke, sinto vários olhares sobre mim. Hoje é aquele dia que a gente acorda se sentindo linda. Então minha confiança está nas alturas.

— Uau! – Emily esboça me olhando dos pés a cabeça.

— Six, você está maravilhosa. – Nigel segura minha mão e me faz girar no meu próprio eixo.

— Devo agradecer á um professor incrível e extremamente talentoso? – Dou uma piscadela para ele, e ele sorrir para mim.

Alguns minutos depois, Emily avisa que Miranda já está a caminho, propositalmente me retiro da minha mesa e finjo que vou fazer algo importante.

Eu sei que ela acredita que eu estou esperando a "surpresa" dela vestida com a roupa que pedi, e provavelmente ela vem esperando minha reação ao vê-la, mas será diferente.

"Cadê ela, morreu?" Da copa ouço Miranda questionar e sinto vontade de rir. Pelo timbre, ela pareceu irritada. Se ela soubesse o quanto fica ainda mais sexy assim...

Pego o café dela, e sigo em direção a sua sala, Miranda já estava sentada quando chego. Comprimo os olhos ao ver que ela não está com a mesma roupa de segunda passada. Eu já esperava por isso. Sorrio internamente.

— Seu café, Miranda! – Caminho até sua mesa.

Miranda demora em me olhar, mas quando faz, ela paralisa, inclina seu corpo para mesa, apoiando o cotovelo nela e o queixo na mão, ela me olha dos pés a cabeça, passa sua língua umedecendo o lábio inferior e logo em seguida passa o indicador sobre ele. Tento conter um sorriso satisfatório.

Coloco lentamente o café em cima da mesa, e ao voltar à postura ereta, coloco todo o cabelo para um só lado do ombro, pendo a cabeça para o lado, onde o cabelo estar, deixando a parte do lado oposto do pescoço exposta. Fico com o bloco e a caneta pronta para anotar suas demandas.

Ela segue calada, e eu demoro propositalmente em levantar meu olhar para ela, e quando o faço, a olho diretamente nos olhos e lhe ofereço um leve sorriso cúmplice.

Eu consigo notar o peitoral dela subindo e descendo mais rápido que o comum.

— E... An... – Ela pigarreia e eu lhe ofereço outro sorriso. — Andreah, confirmou com Demachelie?

— Para as nove, Miranda.

— Ótimo, as fotos da página 3, 7, 9 precisão ser refeitas, ligue para Alejandro para ver se ele já nos tem uma resposta, minhas filhas querem aquela bolsa que viu em uma loja no sábado a tarde. Diga para Jocelyn que eu pedi algo original e inovador.

— Deseja mais alguma coisa, Miranda?

— Isso é tudo!

Me retiro de sua sala sabendo que seus olhos estavam sobre mim. Chego a minha mesa e guardo seu casaco e bolsa que estavam em cima da minha mesa. Sorrio.

— Viu passarinho verde? – Emily debocha. — Não sei como você consegue ficar com essa cara. Miranda hoje chegou daquele jeito. – Reclama.

A hora foi passando, e quando estava se aproximando das nove, recordo Miranda do seu compromisso com Demachelie. Ela positiva com a cabeça e eu me retiro.

— Me acompanhe Andreah. – Quando eu a olho, Miranda está vestida com saia lápis, na cor vinho, blusa social por dentro, preta, e meia, provavelmente arrastão, não consigo disfarçar meu olhar para seu corpo. Ela percebe.

Seguimos para a reunião com Demachelie, faço as anotações necessárias, Miranda parece satisfeita com o resultado da conversa. Minutos depois já estávamos de volta à revista.

— Você é muito teimosa, Miranda. – A arrasto para uma sala que sempre fica vazia, próximo ao corredor do andar da revista.

— Você ficou maluca? – Ela pergunta encostada na parede, espantada.

— Eu sempre fui maluca, Miranda... Por você. – Colo nossos seios. — Você merece umas palmadas, Miranda. Para aprender a não ser tão contrariadora. – Beijo o pescoço dela e sinto seu suspiro.

— Como você se atreve a falar assim comigo? Solte-me! – Ela tenta me afastar, mas eu seguro com a ajuda do meu corpo e seus braços, os encostando a parede.

Forço minha perna para entrar entre suas pernas, Miranda suspira cada vez mais pesado. Isso me fascina. Essa posição que estou e a posição em que eu a coloquei. Meu coração também bate acelerado.

Encaro seus lábios enquanto solto seus braços para segurar nas laterais de sua saia. Encaro sua imensidão azul e faço movimento para sua saia subir um pouco, para deixar que minha coxa encoste onde almejo.

Sorrio ao sentir a liga, Miranda fecha os olhos. Encosto minha coxa em seu sexo.

— Como você é quente, Miranda. – Sussurro com minha boca a pouco centímetro da dela.

— Andreah! – Ela exclama.

— Como eu queria beijar você, Miranda, mas seria difícil explicar o batom borrado. – Pressiono forte minha coxa em sua intimidade. Afasto a coxa um pouco para dá espaço a minha mão, e passo as pontas dos dedos na sua calcinha, pressionando. Tiro a mão e volto à coxa para o lugar anterior. – Miranda vira o rosto de lado, fechando os olhos.

— Você ainda quer que eu pare? – Aperto seu quadril continuando a força minha coxa nela, agora fazendo movimento de vai e vem enquanto esfrego.

Beijo delicadamente seu pescoço, tão sutil que quase não fica a marca do meu batom. Dou um tapa em seu quadril e me afasto.

— Próxima vez, seja mais obediente. – A deixo sozinha. 

Meraki (Mirandy) Onde histórias criam vida. Descubra agora