My Baby - Jenlisa

Uma Fera

Voltei dessa vez pela manhã! Não sei porque mas eu sempre gostei mais de manhã e noite do que a tarde, sei lá, só um comentário aleatório.

Boa leitura!

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Pov's Lisa

Acordo assustada com a Jennie gritando várias vezes seguidas repetindo "NÃO! PARE! NÃO PAI!" E depois de tentativas falhas de acordá-la e ver que só estava piorando, liguei para uma ambulância e depois mandei uma mensagem para as meninas que rapidamente se trocaram e vieram me ajudar.

Eu fui com a Jennie na ambulância tentantando acordar ela de alguma forma. Não sei se o certo era realmente chamar uma ambulância ou levar ela para o médico mas em momentos de desespero foi a primeira coisa que pensei.

Quando chegamos eles sedaram ela para que a mesma se acalmasse, assim que vi o rosto sereno dela já sem tremores ou gritaria, respirei mais aliviada e tive que implorar muito para me deixarem ficar no quarto com ela enquanto Chae e Soo tiveram que esperar na recepção.

Fiquei sentada observando a Jennie por longas duas horas saindo umas duas vezes para conversar com as meninas sobre o que aconteceu e tomar um café antes da Jennie finalmente acordar.

Ela parecia assustada e mesmo ficando aliviada depois de me ver, percebi que seja lá o que ela tenha sonhado, a assustou bastante já que ela ficou em alerta.

Outra coisa que achei estranho foi ela usando o pronome da primeira pessoa ao invés de usar o terceiro, não sei porque mas tenho a impressão de que ela está se forçando a dizer na primeira pessoa por algum motivo.

Talvez o seu pesadelo tenha algo a ver com isso mas ela se recusou a contar de toda forma e só disse que era um pesadelo e escutou minha voz abafada quando chamei por ela.

Estamos aqui em New York em apenas míseros três dias e já aconteceram tantas coisas ruins que decidi cancelar essa semana e voltar pra casa. Está sendo tudo muito assustador tanto pra mim quanto pra Jennie e eu odeio ver aquele olhar indefeso e cansado dela.

– Nini como eu quis umas coisas mais leves eu não comprei nenhum bolo super recheado com balas mas comprei macarons de maracujá o que é uma delícia- digo animada me sentando do lado dela na cama com uma caixa com cinco macarons todos de maracujá. 

– não to com fome- ela fala quase num sussurro brincando com os proprios dedos. Suspiro frustrada.

Nunca me senti tão imponente na vida, eu estava perdida e sem saber o que fazer para ajudar a Jennie e isso me frustrava.

– eu sei que você não tá com fome Nini, mas o médico disse que você precisa se alimentar para poder tomar o remédio de febre já que você tá um pouco quente.

– mas...não queru.

– eu sei disso, mas você sabe que eu me preocupo com você? Eu não te daria comida se você não tivesse que comer meu bem, é só um pouquinho vai, eu te dou na boca hm?- digo sugestiva e ela me olha com o olhar estreito.

– mesmo mesmo?

– mesmo mesmo.

– então a Ni...eu como um poquinho.

– ei você ta bem mesmo? Se quiser conversar, eu to aqui- falo achando estranho ela dizer "eu" o pior é que ela parece querer falar "a Nini" ou "a Jennie" mas sempre lembra do "eu".

– oto bem- diz com um sorriso fraco.

– então toma um pedaço- levo um pedaço do macaron na sua boca mas acaba caindo no sei colo.