Renda-se, como eu me rendi.
Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender,
viver ultrapassa qualquer entendimento.Clarice Lispector
Acordo com o raio do despertador fazendo um barulho insuportável.
- Mas que cacete! - levanto mal humorada e bato a porta do banheiro
Tomo banho, escovo os dentes, arrumo meu cabelo e coloco essa roupa:
Imagine outra se quiser*
Desço já de mal humor sabendo que hoje é o meu primeiro dia em uma escola nova. Eu fui expulsa da antiga por chutar as bolas de um garoto, levando ele para o hospital.
Mas bem que ele mereceu por falar que o fato de eu ser mulher nunca vai me levar a ser uma jogadora profissonal de basquete. Babaca!
- Bom dia filhote de cruz credo - meu irmão diz enquanto toma café da manhã
- Bom dia só se for pra você - falo seca
- TPM tá atacada?
- Se manca praga.
Ele ri da minha cara.
- Ei calma aí emburradinha! - meu pai diz entrando na cozinha.
- Vê se não arruma briga no primeiro dia. - Max diz com a boca cheia de pão.
Reviro os olhos.
- Eu vou à pé beleza?- falo pegando uma maçã e minha mochila indo em direção a porta.
- Ok - meu pai responde.
Quando eu tinha 5 anos minha mãe morreu em um acidente de carro, desde então meu pai cuidou de mim e do Max sozinho. Ele me ensinou a jogar basquete e eu nunca mais parei, é o que eu sei fazer de melhor e me lembra a minha mãe...
O Max faz faculdade de fotografia, sempre foi o sonho dele. Ele tinha 8 anos quando a mamãe se foi, a gente briga o tempo todo mas ele se preocupa comigo como ninguém.
Já eu, sou só uma garota normal que está no último ano do ensino médio e quer ser uma jogadora profissional de basquete... tudo bem! Eu admito que sou um pouco estressada e não sei me controlar quando tenho raiva.
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Daqui até a Lua
Teen FictionMaya Miller é uma ruiva de 17 anos um pouco orgulhosa e esquentadinha, cabeça dura e corajosa. Sua mãe morreu muito cedo, ela vive com seu pai, um cara bem liberal, e seu irmão ciumento. Com o sonho de ser uma jogadora profissional de basquete e tot...