Maya Miller é uma ruiva de 17 anos um pouco orgulhosa e esquentadinha, cabeça dura e corajosa. Sua mãe morreu muito cedo, ela vive com seu pai, um cara bem liberal, e seu irmão ciumento. Com o sonho de ser uma jogadora profissional de basquete e tot...
Quero todo o teu espaço e todo o teu tempo. Quero todas as tuas horas e todos os teus beijos. Quero toda a tua noite e todo o teu silêncio.
Mario Quintana
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Uma semana depois
- Estou totalmente indecisa. De um lado tem o Zach e do outro tem o Tyler, vejo os dois praticamente todo dia e não sei o que fazer. Não quero magoar eles, mais também não posso ficar com os dois. - dou uma pausa- Fala alguma coisa mãe, me dá um sinal! - levanto do sofá.
Abro mais a cortina da sala e a luz da Lua reflete em uma lixeira perto da cozinha com apenas um papel amassado dentro.
Tá, que tipo de sinal é esse??!
Pego o papel e abro.
Mesmo que isso seja uma
- Não intendi, mãe. Manda outro. - falo e jogo o papel no lixo de novo - Tá bom, já intendi, eu que me fodo aqui né?!
Fico em silêncio como se esperasse que ela me respondesse. Mas nada acontece.
- Beleza. - digo.
[...]
- Oi. - chego no apartamento de Tyler e coloco a bolsa na bancada da cozinha.
- Oi ruiva. - ele diz sentado no sofá.
- Oi, quer me falar o que? - pergunto e ele se levanta vindo até mim.
- Vou te mostrar um negócio e preciso que escute toda a história antes de me julgar. - me puxa pela mão até o final do corredor.
- Você tá me assustando.
Pega uma chave no bolso e destranca a porta do quarto que me disse para não entrar. Abre a porta e eu entro no quarto.
Literalmente uma bagunça, roupas rasgadas, armas, guarda roupa quebrado, uma cama de casal e outros objetos aleatórios.
- O que aconteceu aqui? De quem são essas coisas? - pergunto.
- Dos meus pais - responde.
- E onde eles estão?
- Debaixo da terra. - fala seco e eu gelo.
- Eu sinto muito. - falo baixo - quer me contar o que aconteceu? Por que se não, não tem problema.
- Vou te contar, vem cá. - me puxa pela mão até seu quarto, sentamos na cama e ele suspira - Minha relação com meu pai não era das melhores, na verdade era bem ruim. Eu seria o próximo a comandar os Devils, mas eu não queria me tornar meu pai, eu queria estar no comando, mas não igual ele estava. Ele virava um monstro praticamente todo dia e batia na minha mãe, eu o odiava com todas as minhas forças por isso. No dia do meu aniversário, quando fiz 17 anos, eu cheguei de uma festa e vi minha mãe... - começa a chorar - vi minha mãe sendo espancada pelo meu pai. Eu fiz de tudo para salvar ela, eu juro, dei dois tiros nele, mas não consegui salvá-la, ela morreu e ele também. Me culpo pela morte dos dois até hoje. Se eu não tivesse saído nada disso teria acontecido! E então guardei as coisas deles naquele quartinho e assumi o comando dos Devils. - limpa as lágrimas - E é isso, pode me julgar agora.
