Nova casa e pupilos

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Yuri saiu do local correndo com sua caixinha em mãos, um sorriso bobo preencheu seu rosto. Quando ela esbarrou no pai de Kyoujurou, se desculpou e se despediu dele também

Ele viu a caixinha em suas mãos dando um sorriso de canto lembrando do seu filho escolhendo os enfeites na cidade mais próxima.

"- Por que você quis vir? - o mais velho perguntou ao ver o filho vendo as barracas de acessório"

"- O aniversário da Yuri está próximo, e ela vai embora amanhã. Queria dar algo para ela - o Loiro disse, procurando e olhando - kimonos são caros para eu comprar, e brinquedos não seriam uma boa ideia, então achei melhor um enfeite."

"- Você é um garoto bem atencioso, qualquer coisa que você der, será um presente incrível - o mais velho fez um carinho em seus cabelos"

"- Esse, esse aqui é perfeito! - achou um enfeite de flocos de neve azuis e duplos - é a cara dela!"

"- Um floco de neve? Porque não um enfeite de flores ou um laço?"

"- São básicos demais, eu quero dar algo original e belo, que nem ela! - ele riu pagando a senhora da barraca"

"- Você nem notou o que acabou de dizer, mas você tem razão. Vamos voltar"

Ao lembrar de ontem, riu com a inocência que seu filho passava, mas talvez aquilo podia ser uma simples e pura amizade. Voltou a caminhar até sua propriedade vendo seu filho se deliciando com um bolinho de batata doce.

Perto da carruagem, a menina se desculpou e sentou ao lado das irmãs, as mesmas viram a caixinha em suas mãos, e perguntaram. Yuri explicou vendo os rostos de ambas se iluminarem, a mãe riu com a cena, pedindo para partir.

A viagem foi entediante, não se tinha nada para fazer no veículo, tanto que todas resolveram tirar um cochilo no meio do trajeto e só acordaram quando o homem as chamou, avisando que já estavam na estação de trem. A Hanafuyu mais velha agradeceu, pegando as bagagens das meninas as entregando. Yuri andou vendo o trem e se assustou com algo desconhecido.

- Nunca andou de trem? - Shimo perguntou a ela vendo o desconforto.

- Não tinha isso onde eu morava... -Shimo lembrou que ela era de um lugar muito simples e pobre.

- Não se preocupe, não é um oni, ele não vai te comer - se pronunciou indo comprar as passagens.

- Mesmo? Então tudo bem.

- Eu quando vi pela primeira vez, chorei e comecei a rezar - Deijī se lembrou da primeira vez que viajou com a mãe, um sorriso sem graça surgiu no seu rosto lembrando da vergonha que passou há alguns anos. - sua reação me surpreendeu.

- Eu estou me tremendo por dentro - tocou nas mãos da irmã colocando e direcionou perto de seu coração, que estava acelerado.

- Nossa, tá muito rápido mesmo! Mas sua cara parece tranquila.

- Ela sabe muito bem esconder seus sentimentos, mas seu corpo reagir ainda - Kana pegou nas suas mãos a olhando - não faça isso, a gente precisa saber o que você sente.

- Só não quero preocupá-las - sussurrou vendo sua mãe voltar com as passagens.

Elas entraram no trem e se sentaram, aproveitando a viagem, o lugar era bonito aos olhos de uma criança. Diferente da carruagem, o trem foi muito mais rápido e agradável, quando a viagem acabou, andaram um pouco até chegar a cidade, não era nem muito simples, e nem tão moderna. Não tinha prédios altos ou veículos, mas tinha as grandes casas e comércios variados.

Kimetsu No Yaiba: Flor de InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora