- Criança enxerida, está atrapalhando minha refeição - o oni com várias mãos falou irritado - Irei dar um jeito em você, e jogar seus restos no rio... - terminou de falar estalando todos os dedos.- Ora...estou me tremendo aqui - disse se levantando do chão - me atacou por trás em meio a névoa, que covarde - o provocou dando um sorriso sarcástico.
Ao dizer aquelas palavras, a caçadora avançou para cima do oni, ele foi para agarrá-la, e ela desviou de seus braços, a forma que ela estava correndo o irritava profundamente. Ele lançou mais um Kekkijutsu fazendo mais da névoa surgir, para deixá-la cega. Um riso de vitória surgiu ao ver uma sombra parada, seus braços foram em direção para despedaçar a garota, mas quando viu, pegou apenas um caixote.
Sem sinal da pestinha que procurava, tinha evaporado em meio a técnica, ele não a ouvia e nem sabia onde ela estava. Um assobio foi feito chamando sua atenção, isso foi uma humilhação, apenas, o oni viu aqueles olhos azuis turquesa que quase eram como gelo o olhando. Ela podia ter o atacado silenciosamente, mas preferiu chamar sua atenção, Yuri estava no prédio mais alto o olhando, a luz do luar sobre seu corpo ela saltou pegando a espada.
- O-O quê?! Como eu não te ouvi?! - o oni preparou o para agarrá-la.
- Eu esperava um desafio maior para meu primeiro dia... - Disse enquanto descia em alta velocidade - Respiração do gelo: primeira forma: Kōri no Ōra (Aura de Gelo)- um único corte reto foi feito, atravessando a névoa e decepando os braços e decapitado o oni, ele a olhou assustado pelo que foi dito.
- V-Você me pegou... - a cabeça caiu do corpo lentamente, não houve sangramento, pois foi estancado pelo gelo da técnica. - uma garotinha...uma garotinha me matou com tanta facilidade... - falava em choque começando a desaparecer.
- Isso me ofende, não sou tão criança assim para me chamar de "garotinha" - caminhou a ele pegando a cabeça - Que você volte como uma boa pessoa um dia, espero que descanse - deu um sorriso calmo o olhando, o oni corou com o ato de afeto dado por ela.
- Realmente...uma garotinha bastante enxerida - Ele riu calmante antes de sumir para sempre.
A menina se sentou no chão meio decepcionada com o primeiro dia, a única emoção foi salvar os idosos. Ainda era noite, e ela preferiu conferir se as vítimas estavam bem. Algumas portas foram batidas em sua cara, e outras foram até legais com a mizunoto, lhe dando um pouco de água, ela aplicou um remédio em quem aceitou a sua ajuda e acenou indo embora.
Caminhou com Tōketsu em seu ombro, a mesma perguntava sobre como eram os outros caçadores ou como estava os dois que ela conheceu na seleção final, o corvo não sabia responder.
Chegou numa pousada local, pedindo um quarto, o recepcionista a mandou até o local. A garota se sentou no futon e pegou um papel começando a escrever.
"Querida Família,
finalizei minha primeira missão, foi muito rápido e fácil, tanto que nem deve ser meia noite ainda. Mãe, a senhora tinha razão sobre algumas pessoas, eu estou tão acostumada a ser bem tratada por todos daí, que eu estranhei muito ter frutas sendo jogadas em mim só pelo fato de eu demorar a chegar, ou até tentar ajudar os feridos...
Tōketsu é uma boa companhia para conversar, aí não me sinto tão só, mas sinto falta de vocês, estarei esperando avisos da minha próxima missão, amo todos vocês."
Terminou de escrever, e amarrou o papel no corvo que começou a voar, Yuri olhou um pouco o céu estrelado, sabia que não seria tão fácil assim matar os outros onis que surgirem. Ela tirou o haori e o uniforme e colocou uma yukata indo tomar banho nas fonte, andou pelos corredores esbarrando num garoto, ela se desculpou rapidamente, quando o viu.
- Murata-kun? O que faz aqui? Você está bem?! - Yuri se espantou vendo o colega de trabalho, já o caçador demorou para reconhecê-la, visto que ela não tinha mais os longos cabelos, ele trajava também uma yukata.
- Hanafuyu-San? - Ele inclinou a cabeça abrindo um sorriso - Eu não te reconheci, nossa, você...você é diferente sem aquela roupa que usou, e você mudou seu penteado - disse impressionado - meu corvo me mandou aqui para matar um oni, eu cheguei agora, mas já falaram que ele já foi morto...por um acaso foi você?
- Sim, fui eu, ele era muito fraco até... - bufou irritada - eu só cortei o cabelo, ele podia me atrapalhar nas lutas - respondeu passando a mão pelos fios, o garoto ficou nervoso perto dela - estou aguardando novas ordens, por hora, vou relaxar na fonte, até mais. - caminhou se despedindo.
- C-Calma, você tá me dizendo que matou um oni com tanta facilidade assim? - ele se espantou, a mizunoto não parou de andar e respondeu.
- Vou ser sincera, ele me arremessou, mas foi porque eu não o vi - riu vendo a cara do garoto - eu vou embora pela manhã, então...até logo, Murata-kun.
Bem longe de lá, um corvo aparecia com um pequeno papel, Tōketsu chamava a atenção de Shimo que estava quase dormindo, a mais velha limpou os olhos e se levantou pegando o papel. Era uma carta de sua querida filha, ela leu e ficou satisfeita pelo excelente trabalho, mas ficou triste pela recepção que a garota teve, sempre tratada com respeito, agora estava no mundo descobrindo coisas novas.
Se dirigiu até a mesinha começando a escrever um bilhete resposta a ela, não tinha nada de mais para falar sobre o dia a dia, mas queria que sua filha não se preocupasse muito com todos. Terminou amarrando o conteúdo na pata do animal, ele voou para onde a caçadora estava.
- Você deve ter sido esplêndida, queria ter visto isso - sussurrou sorrindo, a platinada andou um pouco pela casa e viu a fotografia que tiraram no dia que Yuri completou o treino. O sorriso de todos na foto, ela riu quando acharam que seria igual as pinturas coloridas, ela tinha mandado uma das cópias para ser pintada à mão por um pintor muito famoso.
- Vocês são a minha maior felicidade.
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Mano, meu celular quebrou, fiquei desespera pq não lembrava da senha, bom, eu comprei um novo, aproveitando que meu aniversário tá a próximo, aí ficou como presente kkk
Capítulo curto hoje, mas foi a primeira missão da picolé
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Kimetsu No Yaiba: Flor de Inverno
FanfictionInverno... uma estação que apenas fazia parte da minha vida por pouco tempo, e como parte do meu nome. Era isso... Até aquele dia. O "inverno" parecia ter sido trocado para "inferno", e também para minha salvação. É graças a ele que meus pulmões doe...