Uma presença extravagante

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O sol bateu na face de Yuri, a menina resmungou um pouco escondendo o rosto no futon, leves batidas na porta foram dadas a chamando para levantar, um grito de "já vai" foi emitido. Ela levantou se segurando na parede, arrastando a porta, dando de cara com seu colega, ele estava com o cabelo impecável e roupas do esquadrão.

- Você ainda estava dormindo? - Murata perguntou surpreso - Pensei que iria me deixar sozinho novamente.

- Você dormiu de uniforme? - ela falou surpresa - Sim, eu acordei agora... e eu não te deixei, pois a gente se encontrou por acaso lá na outra cidade...

- Bem, é melhor se vestir, estamos só há algumas horas das nossas missões.

- Uhum... me dê dez minutos... - fechou a porta pegando a roupa se vestindo, prendeu o cabelo em tranças colocando o enfeite, chamou Tōketsu para mandar uma carta para sua mãe que estava pronta desde ontem. - Estou pronta.

Saíram da pousada continuando o caminho, a foi passado e revisando o treino com Murata para que ele o fizesse enquanto ela não estivesse com ele, prometeu que quando tivesse folga ia o ajudar, e era para ele passar em sua residência, aí Shimo ia o ensinar melhor. Ao chegar ao destino, o rapaz se inclinou e de despediu da jovem, a mesma acenou, desejando sorte, sua caminhada foi silenciosa, ela decidiu passar o tempo cantarolando.

- O vento muda as folhas de lugar...uhh, agora meu caminho, eu posso alterar - viu seu corvo o voando com ela, seu sorrindo abriu - Se você se vem comigo, num pequeno instante, posso ser feliz, lembrar dos sentimentos, que eu já esqueci, imitando as folhas eu vou flutuar... - parou ao ver uma vila - Tōketsu, é essa?

- Caw, é essa mesma, espere dar a hora Caw - Disse pousando na cabeça.

- Certo, fique comigo para passar o tempo.

- caw, só não cante caw - disse o corvo batendo as asas.

- Poxa, minha voz é bonita... - Disse meio triste.

- Caw, sim, mas eu odeio música - respondeu.

- Pior que eu amo cantar... será que não tinham um pardal ou um papagaio para me darem no seu lugar? Talvez eles pudessem cantar comigo - a ave bateu as asas com raiva bagunçando o cabelo da garota que entrou em pânico - desculpa, desculpa, não vou trocar, eu estava brincando!

Os moradores que estavam próximos viram a cena, todos se perguntavam se era essa a caçadora que iria ajudar a matar o oni naquela noite.

- Essa é um dos membros do esquadrão? - o homem perguntou enquanto trabalhava nos campos de arroz.

- Aparentemente... ela está com o uniforme - Bufou observando a cena. - está apanhando de um corvo... essa coisinha vai matar o oni?

- Olha... vamos ter que limpar mais sangue da calçada amanhã.

- PARA, TA MACHUCANDO! - a menina gritou tirando o corvo do cabelo o puxando pelas patas - você foi uma garota má! - balançou o animal irritada - eu estava brincando - a soltou arrumando o cabelo.

Seguiu até o lugar pegando as informações com os familiares das vítimas, os ataques eram aleatórios, e não tinham como rastrear o oni sem ficar nas casas, ela suspirou irritada com aquilo e imaginou que seria difícil. Na residência Hanafuyu, Shimo estava com a carta de sua filha, ela não a abriu ainda, pois estava trabalhando, a casa estava cheio, e a sala de descanso tava com bastante caçadores, um sorriso contente saia de seus lábios, ao ver seu amado ajudando com a comida, ele cortava as carnes para petiscos, Mamoru estava com os braços de fora enquanto fatiava toda a coxa as limpando e colocando para fazer.
Kana e Fuyuki estavam na área dos caçadores servindo os dangos, e Deijī estava enfaixando os braços de um caçador alto e platinado, o mesmo estava distraindo olhando o nada.

Kimetsu No Yaiba: Flor de InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora