Já tinha se passado algumas horas desde que foi deixada nas montanhas. O frio era rigoroso no ponto em que estava, pensou em como o Makoto passou por isso tantas vezes. Lembrou das vezes que ficava debaixo da cachoeira, a sensação de agulhas entrando em sua carne, esse frio era dez vezes pior que a cachoeira, ela olhou para duas mãos as vendo tremer bastante.Começou a soprar tentando criar ar quente para se aquecer suas mãos, sentia que iria desmaiar a qualquer momento, o pânico se instalou em seu subconsciente. Passou o tempo lembrando do que aprendeu nesses últimos meses, esse treino era essencial para aprender as sete formas da respiração do gelo, principalmente a sétima forma.
O sol estava sumindo e o lugar esfriava, precisava se levantar para fazer algo "Você pode fazer o que quiser, só volte viva" lembrou das palavras de sua mãe, ela pensou…
— “E-Eu posso treinar durante as noites, e meditar pelas manhãs." — se levantou pegando a espada — "a espada é a extensão de meu corpo, eu sou a espada e a espada sou eu" — fez os movimentos, que mais se pareciam com uma dança.
Com o vento, ela o seguia, concentração para não falhar em respirar, a cada desvio ela o seguia, assim como a neve. Ficou assim por horas sem parar nem um segundo, estava se sentindo aquecida pelos movimentos que fazia, o sol nasceu e ela pode sentir o raio de sol aquecer um pouco seu rosto.
Quando bateu 8h, ela parou os movimentos se sentando na cama de folhas secas dentro da caverna, fechou seus olhos começando a meditar, ela podia ouvir o vento e a direção que ia, pelo seu barulho, não se sabe o tempo que ela passou fazendo isso, mas a distrair para esquecer ao seu redor. O tempo passou e sua barriga começou a roncar, ela abriu os olhos lentamente pegando o lanche que sua mãe preparou, bolinho de batata doce recheado com uma pasta que ela não sabia o que era, deu uma mordida com vontade, sentindo o sabor delicioso tomar o céu de sua boca.
Os dias se passaram assim, ela treinava as noites e descansava e meditava durante os dias, seu pulmão estava se acostumando ao ar gélido, já não parecia mais agulhas, não doía mais como no primeiro dia. Sabia que isso era porque era começo do inverno, o clima ainda estava ao seu favor, o pior seria no meado da estação. No final do sexto dia, ela se preparou para descer a montanha, uma caminhada tranquila até a vila mais próxima. Olhou sua mão, vendo o gelo em volta um queimado nas pontas, ela pôs as mãos dentro do kimono e caminhou.
Estava tranquilo e sereno, Yuri ia descendo a montanha comendo mais dá comida que tinha sobrado, não via a hora de está em casa, e tomar um banho quente, odiava seu cheiro atual. Quando chegou perto do ponto de encontro, ouviu um barulho estranho, se virou não vendo nada, um ataque foi desferido em sua direção, ela então pulou segurando em um galho grosso de árvore, ficou do alto tentando localizar.
— Como...eu estou com a glicínia, não tem como?! — disse em pânico, não tinha nenhuma espada que pudesse cortar a criatura, então decidiu correr, quando viu plantas indo em sua direção, cortando seu kimono nos braços. — Kekkijutsu de controle de plantas?! Eu estou no campo dele então!
Correu um pouco mais rápido, desviando dos ataques, ficar pulando de galho em galho era o ideal no momento, quando ouviu um descolamento vindo um pouco à esquerda, o sol já estava quase nascendo. Ela saltou vendo um homem no final da floresta, ela pegou sua espada de madeira pronta para atacar no pescoço dele, quando algo a parou no ar.
— Não, Yuri, ele é humano! — Shimo apareceu a agarrando — você ia realmente tentar bater na cabeça dele? Se fosse um oni ele não morreria, sabe?
A menina estava incrédula, ela não viu sua mãe em nenhum lugar, mas ela a parou em centímetros de acertar
— Não iria matar, mas o sol já estava nascendo — apontou para o céu — e ele me atacou, só estava defendendo.
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Kimetsu No Yaiba: Flor de Inverno
ФанфикInverno... uma estação que apenas fazia parte da minha vida por pouco tempo, e como parte do meu nome. Era isso... Até aquele dia. O "inverno" parecia ter sido trocado para "inferno", e também para minha salvação. É graças a ele que meus pulmões doe...