nove

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Seu padrasto não atendeu mais as suas ligações. Isso foi o suficiente para você se desesperar em sua mesa, logo daria o horário da saída do seu irmão e você não tinha ideia do que fazer. Era a semana da reposição e treinamento, os poucos supervisores da ala pareciam tão ocupados quanto você.  

Ficou há um passo de pedir para sair mais cedo até seu celular vibrar.

Chifuyu Matsuno: Oi, sumida. A reunião na casa do Mikey é amanhã... Tem certeza que não quer ir? 🐈

Você soltou um suspiro de esperança.

Você: Tá ocupado?

Chifuyu Matsuno: Acabei de sair do trabalho. O que houve?

Você: Preciso de um favor.

Chifuyu Matsuno: Manda.

Você: Não tem ninguém p/ buscar meu irmão na creche. Eu tô atolada de coisas aqui, tirando que os supervisores não estão no setor para eu pedir licença. Você pode buscá-lo e trazê-lo p/ cá? Saio em uma hora.

Chifuyu Matsuno: Eu iria até mesmo sem explicação, cara.
Chifuyu Matsuno: Tranquilo. Já tô indo p/ lá. 🐱

Você: Obrigada!!! Já mando mensagem.

Você nem precisou mandar mensagem. Minutos seguintes, seu celular vibrou de novo.

Chifuyu Matsuno: Ele adorou andar de moto. 😎🤘

Em seguida, Chifuyu mandou uma foto do seu irmão com um capacete maior do que sua cabeça sentado na moto em frente à escola. Você deu um sorriso. Esse cara não existe.

Na hora de sair, Emma e Yuzuha desceram com você. Vocês viram de longe seu irmão soprando bolhas de sabão enquanto falava sobre alguma coisa e Chifuyu ouvindo enquanto coloria um desenho de atividades do jardim de infância.

— Não acredito. Chifuyu é o novo tio do ano? — Emma se aproximou dele e bateu em sua cabeça.

Você riu da expressão de raiva que Chifuyu deu para Emma.

— Obrigada, Matsuno-kun. — você acenou para ele e o rapaz sorriu de volta.

— Não precisa agradecer. — Chifuyu levantou.

— Patético. Você não sabe pintar sem passar da linha. — Yuzuha olhou o desenho. — Até com vinte anos você é o pior aluno do jardim de infância.

Por que você não vai se foder? — Chifuyu sussurrou para o seu irmão não ouvir.

— Vai você, imbecil.

— Yuzuha! Você falando palavrão na frente de uma criança, sua asquerosa! — Chifuyu olhou para você. — [seu nome], é com esse tipo de pessoa que você quer andar? — a sua voz continha ironia e uma óbvia implicância.

Yuzuha respondeu com um soco em sua barriga e Chifuyu fingindo que tinha desmaiado no colo do seu irmão que ria alto de suas palhaçadas.

— Até mais. — você se despediu das meninas.

— Chifuyu, convença a sua namorada a ir para a festa amanhã! — Emma abraçou você. — Quem sabe assim você vai. — ela sussurrou em seu ouvido.

Você corou. Deu uma risada constrangida sem olhar para Chifuyu. Agora, vocês andavam como a primeira vez que os três voltaram para a casa quando o seu adorável vizinho motoqueiro deu uma carona a você.

— Muito obrigada. — você disse com a cabeça baixa.

— Já disse que não precisa. Se bem que, você poderia agradecer indo à festa. As meninas estão loucas para que você vá também.

— Não tenho boas lembranças de festas. — você suspirou.

Chifuyu olhou para você e em seguida para o céu.

— Essa cor do céu é tão bonita. — ele estendeu a palma da mão para cima enquanto empurrava a moto. — Parece que eu tenho a mesma cor do céu.

Você olhou para ele. Chifuyu puxou o celular e tirou uma foto do céu, em seguida, apontou a câmera para você.

— Ei, você fica muito bonita na luz do Sol. O seu cabelo... — ele se apoiava na moto com uma mão e a outra apontava a câmera para você.

Você virou o rosto, pondo a mão em seu rosto. Seu irmão fez um sinal de paz para tirar a foto. Chifuyu deu uma risada divertida e guardou o celular.

Perto de sua casa, sua mãe saiu com pressa pela porta. Vocês três a encararam com confusão. Quando ela viu você e seu irmão, sua expressão ficou aliviada.

— Ele me disse que não conseguiria pegar o seu irmão e...

— Foi o Matsuno-kun que o pegou. — você apontou para o amigo ao seu lado.

— Ah, não foi nada. — ele deu um sorriso constrangido.

— Obrigada, Chifuyu. — sua mãe sorriu de volta. — Quer saber, por que não vem jantar conosco essa noite?

Você sentiu seu coração disparar. Olhou para o rapaz que tinha as bochechas um pouco coradas.

— S-sério? Bem, desde que eu possa ajudar em alguma coisa... — ele coçou a nuca.

Fofo. você pensou.

— Ótimo! Sete em ponto esteja aqui. O meu... o pai dos meninos não estará, então não precisa se preocupar com ele.

— Ele não é o meu pai. — você mais sussurrou do que respondeu.

— Tudo bem. Muito obrigado pelo o convite. — Chifuyu se curvou e pôs sua mão livre no joelho para se apoiar em forma de agradecimento.

Seu irmão saltitou atrás de sua mãe e você ficaram a sós.

— Você parece nervoso. — você comentou.

— É, eu nunca fui convidado para jantar na casa da minha vizinha bonita. — ele disse em um tom descontraído.

Você deu um sorriso.

— Fazia um tempinho que eu não via você... E você nem me chamava nas mensagens... Que garotinha difícil.

— Sentiu saudades? — você também tinha um tom descontraído.

Chifuyu apenas piscou para você.

— Será que comento com a sua mãe sobre a festa de amanhã?

— Você ainda está nessa?

— Qual é. Deveríamos ir juntos. Você seria minha parceira de dança.

— Se falar sobre isso, eu expulso você da minha casa às vassouradas.

— Eu já disse que não tenho problemas de apanhar de uma mulher bonita...

Você desviou o olhar.

— Até logo, Matsuno-kun.

Até daqui a pouco. — ele a corrigiu.

XOXO

Single | Chifuyu MatsunoOnde histórias criam vida. Descubra agora