onze

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E você ganhou todas as rodadas que jogou contra Chifuyu. Era um jogo de corrida que seu irmão jogava, então quando tinha tempo livre, sempre jogava com ele e, por isso, acabou pegando o jeito.

— Perde, por favor.

Você deu uma risada quando olhou para o lado e viu Chifuyu mordendo os lábios frenético enquanto apertava todos os botões do controle.

— Tenta acertar o carrinho dela!

— Nem o seu irmão aguenta mais você roubando na cara dura, [seu nome].

— Até parece que era eu que  cochichava ainda agora com ele para saber os combos do jogo.

— [seu nome], tem um bicho atrás de você! — Chifuyu apontou para atrás com os olhos arregalados.

Você desviou os olhos para olhar para trás e ele começou a apertar todos os botões do seu controle com esperança que seu jogador saísse da pista.

— Você não presta! — você o empurrou e ele começou a rir quando viu o seu carrinho no fundo do lago.

Seu irmão também ria. Os dois bateram as mãos em comemoração a sua primeira derrota. Mesmo fingindo raiva, você não conseguiu evitar um sorriso ao vê-los se dando tão bem.

Sua mãe apareceu na porta da sala, feliz com a sintonia que o ambiente trouxe.

— Eu vou subir e tomar um banho. Vocês podem arrumar a mesa pra mim?

— É claro! — Chifuyu levantou com energia. — Enquanto isso, continue treinando, meu jovem mestre. — ele entregou o controle para o seu irmão.

Vocês foram até a cozinha e começaram a tirar os pratos e talheres da louça para arrumar na mesa.

— Você não me contou sua história. Eu não esqueci. — Chifuyu fez um bico de decepção.

— Ah... isso. — você deu um sorriso forçado. — Eu nem lembro direito. Só sei que ele era um idiota. E eu... bem...

Chifuyu não respondeu. Você pensou que ele estava te dando uma deixa de continuar sua história.

— Deu uma surra nele? — pareceu uma pergunta honesta.

— Hum... — você mordeu os lábios, encostada na quina da mesa.

O rapaz levantou os olhos para encarar você e se aproximou ao estender o pano sobre a pia. Encostado no armário de frente à mesa, vocês se encaravam um de frente para o outro com prontidão.

— Você é muito misteriosa. Isso me deixa puto. — ele cruzou os braços com um sorriso brincalhão.

— Não é como se sua história de otaku da sala de estudos tenha me comprado totalmente.

— Ah, você ainda acha que eu era um conquistador barato? — Chifuyu virou a cabeça para o lado com a droga daquele sorriso convencido.

— Você ajudava a antiga vizinha com a torneira quebrada dela. Quem dirá as garotas da sua escola...

— Uh, você não deixa nada passar despercebido, né? — ele deu uma risada baixa jogando sua cabeça para trás. — Se é tão espertinha assim... — Chifuyu pôs as mãos na bancada do armário e com um passo hesitante, se encaminhou até você. — Então... o que eu vou fazer agora?

— Botar os copos na mesa? — você olhou procurou pelas mãos dele, mas ambas estavam para trás das costas. 

Ele deu mais um passo. Arqueou as sobrancelhas para que você continuasse a sugerir. Você não era boba, ele claramente estava flertando.

Single | Chifuyu MatsunoOnde histórias criam vida. Descubra agora