Parte 9- Bilhete misterioso

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Luan nos acomodou em sua casa depois do incêndio,  sua família nos recebeu super  bem, eu e minha mãe dormimos juntas em um quarto de hóspedes, Bruna e Marizete nos emprestaram algumas roupas até que possamos comprar algumas.

Minha mãe ficou tão arrasada quanto eu do incêndio,  nos duas amávamos aquela casa, que agora são cinzas, demorou alguns dias para que ela conseguisse colocar um sorriso no rosto novamente.

Ainda não acredito que perdemos tudo, que tudo que conquistamos juntas estão destruídos,  queimados.

-Tha?

-Oi luh.

-Porque está aqui no quarto sozinha?-Ele se segura na cama enquanto se senta ao meu lado.

-Estava pensando um pouco.

-No incêndio?

-Isso -Fiz uma pausa- Eu nunca...- Olhei em seus olhos que estavam atentos aos meus- Nunca imaginei que minha casa pegaria fogo, assim, do nada.

-Nunca imaginamos algo até que aconteça.

-Conquistamos tanto juntas naquela casa luh- Deitei minha cabeça em seu ombro- Não acredito que tudo foi destruído.

-Nem tudo- Ele me olhou, seu olhar que invadia a alma e fazia tudo ao meu redor perder o foco- Você e sua mãe estão bem, e só por isso você deveria estar feliz, tanto quanto eu.

-Sim, eu sei disso, mas é difícil eu pensar que agora tudo que era meu foi queimado...É difícil.

-Eu imagino,  mas não quero que você fique se auto destruindo por isso- Sua mão passou com carinho pelo meu rosto- Porque enquanto você se destrói dentro desse quarto,  sozinha, você está me destruindo junto...Eu não suporto ver você triste, não suporto

-Ai luh...eu tento,  prometo que tento, mas não é fácil digerir a idéia de  que não tenho mais nada...que vou ter que recomeçar do zero.

-Eu estou com você,  e enquanto eu estiver com você, nada nunca vai te faltar, eu prometo.

-Você é um fofo.

-Eu sei- ri- agora não fique mais sozinha nesse quarto pensando em idéias negativas, tá bem?

-Tá bem.

-Te amo- Ele fez uma cara de bebê que me deu vontade de aperta-lo, esmagar~risos.

-Te amo- disse entre um sorriso e logo começamos a nos beijar, sua mão segurou firme minha nuca, eu lhe fazia carícias em seus cabelos.

-Filho...-Dei um pulo na cama e me indireitei,  tentando não ficar muito constrangida de mãe de Luan nos flagrar em um beijo- Apareceu um bilhete em baixo da porta da sala...- dona Marizete estava mais constrangida do que eu.

-Bilhete?- O rosto de Luan estava extremamente rosado.

-Isso -ela entregou o bilhete a Luan assim que se aproximou dele- Depois desçam lá para o almoço.

-Pode deixar- Ela se retirou do quarto,  Luan estava com as sobrancelhas abaixadas.

-Porque alguém deixou um bilhete?

-Deixa eu ver?

-Claro- ele me entregou o pequeno envolve selado com seu nome na frente, abri o lugar em que estava colado e o abri, me deparando com abri seguinte frase:
Eu te amo muito, a ponto sem fazer qualquer coisa por ti, o que acha de me encontrar na praça do centro às 15 horas?

-Luan o que significa isso?- Não consegui evitar de soltar um berro na minha pergunta, o que significa isso, ele ama outra garota além de mim ou nem se quer me ama?

-Isso o que?

-Isso!- Estendi o bilhete em sua direção,  seus olhos se estreitaram e a sobrancelhas se abaixaram.

-Eu não faço idéia de quem escreveu isso!

-Ah não faz idéia?  E a pessoa sabe seu endereço e te convidou para um encontro, será que foi sorte?- Eu continha um sorriso irônico no rosto- Me poupe Luan!

-Mas eu te prometo que não sei quem escreveu isso!

-Foi alguém da década de 50 que escreveu, como nunca pensei nisso, seu...- Me calei e me levantei da cama sem deixar Luan tentar dar mais alguma explicação fajuta,  ele berrava pra mim escuta-lo,  para mim deixar ele falar alguma coisa, mas fui direto pro banheiro,  trancando a porta e me derramando em lágrimas e mais lágrimas,  como ele foi capas de fazer isso para mim? Como ele foi capas?

Belo romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora