Wise e Megan estavam no meio da floresta de Derry, a pequena garota tentava entender o porquê de aparecer ali com o pai.
Um cheiro. Um cheiro foi tudo que Megan sentiu, olhou para os lados notando uma movimentação ao longe. Era um cervo. E Megan sentiu fome.
Pennywise percebeu primeiro que ela o animal indefeso, e não só isso, mas percebeu a garota sentindo fome.
- Estou com.. Fome... - Falou ela abraçando a barriga.
- Sim, eu sei. E se quiser, pode satisfazer sua fome agora. - Disse tocando as costas da garota.
- O.. Que? - O olhou sem entender, Wise abaixou a cabeça e a incentivou.
- Você viu aquele animal.
- Mas.. É um.. Animal.. E..
- Você deve aceitar. - Disse sério - A nossa fome é diferente, lembre-se disso. Sentimos fome toda hora até nos saciar realmente.
- Igual ontem... - Murmurou ela.
- Sim.
- Mas.. A carne de animal é o que a mamãe come...
- Nós a comemos quando ele está vivo. Há diferença.
- Oh...
- E então?
- E-eu... - Deu um passo para trás. Nunca iria conseguir ferir um animal.
Pennywise suspirou descontente e desapareceu dali. Megan se assustou por um tempo até ouvir sons parecido de passos rápidos, olhou em volta enquanto via o animal correndo e logo atrás outro ser.
Megan engoliu em seco e logo escutou um grunhido vindo do animal. A garota sentiu um grande cheiro de sangue e carne, até ver seu pai com o animal entre os ombros e o deixou no chão.
A pequena garota apertou os punhos sentindo pena pelo ser inocente, mas não pode negar de deixar sua fome de lado.
O palhaço deu passos para trás, com as mãos para frente, as quais suas luvas estavam ensopadas por sangue. Seu olhar sério, sua imagem se compara com algo diabólico.
Megan o olhava e perdia seu medo, era seu pai ali, não deveria sentir medo.
Seus pés se arrastaram pela terra indo até o animal, Megan ficou com seus olhos dourados iguais do palhaço. Sentiu o delicioso aroma subir e se perdeu ali.
°°°
- Eu nunca fui tão longe... - Digo ao chegar na frente de minha antiga escola. Meu coração estava palpitando forte.
- Olha mamãe! Podemos ir para o parquinho? - Pediu Annie pulando animada.
- Claro!
Fomos para o parque, engoli em seco ao perceber que íamos mais longe com meus passos. Neilbolt estava longe agora, por um segundo, lembrei como queria fugir antigamente. Ergui o rosto para o céu azul o qual já estava prestes a ficar cinzento, e acabei me perdendo nos pensamentos.
Eu sabia o que eles foram fazer: caçar. Eu deveria dizer que é errado, e der dito um não para Wise, mas eu sabia que os dois não vivem de comida a qual eu como.
Assim que voltei a realidade, vi minhas duas meninas brincando no balanço. As duas me chamavam para acompanhá-las, o que não recusei.
Cada uma se balançava com a ajuda do vento, não me envergonhei nenhuma vez por ter uma idade avançada. Sou só uma mãe fazendo meu papel, e estava divertido, pude até sentir a nostalgia de estar ali, entre risadas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐴 𝑃𝑟𝑖𝑠𝑖𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝐷𝑎 𝐶𝑜𝑖𝑠𝑎 | IT A COISA +18
KorkuMorgan Russell, é uma jovem de dezoito anos que vive na pequena cidade Derry Mayne, a cidade assombrada. Seu pai sendo traumatizado pela "coisa", não pode mais voltar para aquele lugar, e isso prejudica Morgan, que acredita que pode ser uma presa fá...