Capítulo 33 - Jantar (revisado)

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não vamos nos esquecer de sermos empáticos, o impulso de um border, ao agir, dizer, é totalmente descontrolado e impulsivo, imagine você ver a situação bem na sua frente, mas só se dá conta dela quando já aconteceu? Como se por um momento você não tivesse controle do seu próprio corpo e de suas ações

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- Que surpresa essa ligação minha filha, cansou de brincar de rebelde e quer voltar para os braços do papai?

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- Que surpresa essa ligação minha filha, cansou de brincar de rebelde e quer voltar para os braços do papai? - Pronto quinze palavras e era suficiente para ele me tirar do sério.

- Olha aqui escuta bem o que eu vou te dizer, nunca mais, está me ouvindo? - Eu vocifero para o celular sobre o olhar de Allyson. - nunca mais chegue perto de Camila, tá me ouvindo? Ou eu vou esquecer totalmente que você é infelizmente meu pai e não responderei por mim. A partir de hoje me considere morta. Eu não faço mais parte de sua vida. - Dito isso desligo com raiva querendo jogar meu celular na parede. Ally que estava ao meu lado me surpreende abrindo uma garrafa de Whisky, bebemos até tarde.

Camila PVO.

Eu estava sendo medicada em uma sala separada dos demais, isso era coisa de Lauren, pelos próximos três dias eu iria evitar qualquer esforço, só receberia visita daqui a cinco dias e eu estava morrendo de saudades de Lauren, eu havia feito merda, eu sei, não posso imaginar pelo que minha família passou, e sinceramente não estava nos meus planos ter sido salva e estar acordada, eu não sabia o que fazer agora. Acho que nenhum suicida sabe o que fazer quando seus planos não dão certo.

Com esses pensamentos me sinto agitada, Davi o enfermeiro gentil e amigável com Lauren entra no quarto e percebe minha inquietação.

-Hey, eu sei que está com medo, mas eu preciso que você fique calma está bem? Para poder sair daqui logo e encontrar Lauren. - Não sei de onde ele conhecia Lauren, também não dá tempo perguntar, ele coloca algo em meu soro e adormeço.

Acordo um pouco aérea, pela luz que entrava em meu quarto, já estava no dia seguinte à minha chegada. Acho que estava passando tudo rápido porque na maior parte do tempo eu estou dopada.

- Aí. - Reclamo de Davi que estava retirando meu sangue, eu não tinha medo de agulhas, mas eu fui tão furada nos últimos dias que já estava toda dolorida.

-Desculpe. - Cuidadosamente coloca aquele adesivo infantil no meu braço.

- Que horas são? - Digo me levantando um pouco.

- Hora do seu café da manhã, 7 horas. - Ele aponta para o lado da minha cama, onde tinha uma bandeja com torradas, e uma jarra de suco. Pãezinhos recheados, e um caderno do lado, com uma árvore no meio com suas raízes caindo pela capa. - Cortesia da Dra. Lauren, mas você não vai contar para ninguém. - Ele pisca para mim.

Mesmo ali sem a ver, sem toca-la, ela se fazia presente, ela estava em tudo, em minha cabeça e especialmente em meu coração.

Abro aquele caderno e naquela primeira folha havia uma caligrafia que eu conhecia muito bem.

"Para minha querida namorada, Camila."

Aquilo me emociona, aquela mulher não existia. Como alguém tinha coragem de magoar o coração daquela mulher?

- Davi? - Ele estava sorrindo para mim. - De onde você conhece a Lauren?

- Ela foi minha professora, a melhor professora inclusive. - O orgulho era evidente em sua voz, como se tivesse estudado com uma deusa da enfermagem. Pelo menos era assim que eu via ela. - Jamais recusaria um pedido seu. - Faz analogia aos últimos acontecimentos que ele permitiu, me comprovando o respeito que ele tinha por ela. - Fique bem para ela. - Dito isso sai da sala me deixando as sós.

Até o Para Sempre - Camren (Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora