Um amor improvável || Amerina

solte a refém

Cristina on

Está acontecendo de novo, os mesmos gritos, os olhares aterrorizados, pessoas a saírem do hospital o mais rápido possível, um homem solto com uma arma e várias sirenes de bombeiros e policiais. Parecia que estava vivendo outra vez o mesmo dia.

Meu olhar encontrou o de Meredith e deu para perceber que nós tínhamos o mesmo pensamento. "Está acontecendo de novo" era a única coisa que passava pela minha cabeça.

Ellis se jogou no meu colo e eu a abracei como se fosse a coisa mais preciosa do mundo. Meredith agarrava Bailey tão forte que eu conseguia sentir a dor de onde estava.

Amélia era a única que não tinha um oavir tão enorme transmitido no rosto e então, foi a única que conseguiu reagir rápido. Trancou a porta e tapou todos os vidros da sala, olhou em volta e pegou em um bisturi, para que se algo acontecesse ela estivesse pronta para se defender.

-ok, vamos respirar. Vai dar tudo certo -ela falou calmamente olhando para mim e depois para Meredith- nós sabemos que mais tarde ou mais cedo ele vai nos encontrar, por isso precisamos sair daqui o mais rápido possível.

-a..a esta hora os policiais já estão em buscas -Meredith olhou para Bailey e deixava um beijo em sua testa

Eu concordei com a cabeça e tentei acalmar Ellis, que chorava de desespero.

-hey, vida, você precisa se manter calmo ok? Eu, mamãe e titia Cristina estamos aqui para te proteger. Nada nem ninguém vão te magoar ok? -o garoto assentiu com a cabeça e logo depois Amélia se aproximou de Ellis- princesa, para passarmos diacretos você precisa parar de chorar ok? Você está no colo da mulher mais corajosa que eu conheci e agora ela está te dando o sorriso mais mágico que ela alguma vez já deu. Titia Cristina é uma super heroína e ela não vai deixar que nada te aconteça.

Ellis escondeu sua cabeça entre meu ombro e meu pescoço e de vez em quando ia soluçando, Amélia checou algumas vezes se o caminho estava livre para termos a certeza de que podíamos sair. Estávamos no terceiro andar e então tínhamos muito para andar ainda.

Fomos caminhando em um passo rápido, mas silêncioso.

-temos de manter a calma, temos de manter a calma -eu sussurrava tentando me acalmar.

Um estrondo se ouviu, minha primeira reação foi me esconder atrás do balcão, e logo atrás de mim veio Amélia e depois Meredith com Bailey. Não se ouvia sequer uma respiração.

Mas de repente ouviu-se passos.

-acho que está livre, ele não está nesse lugar -uma voz grave falou

Achei que era um policial e então ia me levantar, mas Amélia me puxou para baixo. Levantei a cabeça lentamente e vi um homem de meia idade, com uma arma na mão e sangue por todo o corpo.

Com toda a certeza aquele não era um policial.

Abanei com a cabeça negativamente e elas perceberam o meu sinal. Esperamos mais tempo para que o homem se fosse embora, quando ouvimos uma porta a fechar, levantei lentamente a cabeça e agora sim o caminho estava livre.

-estamos quase lá pequena -falei para Ellis que já não soluçava mais mas continuava em um choro silêncioso.

Os segundos pareciam horas e os passos rápido pareciam minutos, quando eu dava conta de que a porta de saída estava chegando, meu coração só batia mais depressa.

Finalmente, a porta de saída!

-Vocês os 5 aí, parados! -a mesma voz grossa de a algum tempo atrás apareceu.