Um amor improvável || Amerina

Cristina vai voltar para a Suíça?!

Amélia on

Mal Cristina saiu de minha casa Ryan saiu do quarto. Não consegui falar eu estava paralizada

-Hey Amy..vem aqui -ele fala me puxando para um abraço- ta tudo bem, eu estou aqui

Não conseguia falar, nem chorar. Me sentia estranhamente bem, era como se estivesse livre depois de muito tempo.

---------------quebra de tempo---------------

Havia rumores no hospital de que Cristina estava voltando para a Suíça, não queria pensar muito nisso.
Meredith e Addison estavam um grude ultimamente e isso me deixa um pouco desconfortável porque eu não tenho ninguém.

-uma vez Mark me disse assim: -Callie faz uma pose que lembrava muito o Mark e limpa a garganta- Torres, você ama e você perde. Cabeça erguida! -ela fala em uma voz grossa

Dei uma risada baixa e segurei minha cabeça com minhas mãos

-você já sabe nossa opinião -Arizona falou segurando em um hambúrguer- você tomou uma decisão, mas ainda tem tempo, ela só vai embora amanhã

-o problema é que eu me sinto livre agora, não é que eu deixasse de a amar assim do dia para o outro, mas eu estou me sentindo finalmente pronta para avançar

-você acha que esse sentimento é verdadeiro, ou é só você se enganando a si própria? -Addison falava levantando uma sobrancelha

-não sei, pode ser qualquer uma dessas duas opções, mas o que eu sei é que eu estou bem por estar solteira mas não me queria afastar de Cristina. Ou saber que ela provavelmente vai voltar para a Suíça por minha culpa me faz querer gritar comigo mesma.

-Cristina vai voltar para a Suíça?! -Meredith, Addison, Callie e Arizona falam em uníssono um pouco alto demais

Cristina on

Decidi que almoçar no hospital é uma perda de tempo e só me faz sentir mais sozinha, então aceitei o convite do Owen e almocei com ele e com Teddy na sala dos médicos. Eles estavam falando sobre Leo e Alisson e realmente pareciam felizes. Fazia muito tempo que não me sentia feliz por qualquer coisa que o Owen tem ou fez, mas não sei porquê, hoje foi diferente

-Cristina, -Teddy fala chamando minha atenção- anda por aí um rumor no hospital de que você vai voltar para a Suíça, é verdade?

-eu literalmente não contei nada a ninguém sobre isso. As fofocas correm rápido nesse hospital -falo comendo um pouco de pão

-sim, é verdade. Mas porque está indo? -Owen falou de boca cheia o que fez ele receber um tapa no braço e quase se engasgou.

Dei risada com a situação tentando parecer o mais feliz possível sendo que a verdade é que eu estou tudo menos feliz. Não sabia o que havia de dizer agora, eu diria a verdade? Ou apenas inventaria uma desculpa? O que é certo é que quando eu ia falar sabe se lá bem o que fui interrompida

-Como assim você não gosta de sushi? Quanto mais conversamos mais eu acho seu gosto relativamente estranho -Amélia falava em meio de risadas com Sadie

Meu olhar se cruzou com o de Sadie e apenas acenei com a cabeça levando mais um pedaço de pão a boca. Amélia continuou falando e por momentos achei que apenas estavam ignorando a minha presença e a de Owen e Teddy, mas ela apenas só não tinha percebido que estava mais gente naquela sala.

Amélia vinha com roupa normal então presumo que seu turno era só de tarde, ela começou a tirar a camisa e eu dei risada do grito de desespero que Owen deu e do susto que Amélia tomou

-CREDO OWEN! -Amélia levava a mão ao coração- vai se lascar menino, precisava gritar?

-realmente, até parece que nunca viu isso antes -Sadie falava encostada no balcão, eu e Teddy abanamos a cabeça negativamente olhando ela

-o que vocês os três estão fazendo aqui com esse monte de comida? Vocês sabem que Bailey vai ficar puta quando vir isso né? -Amélia já estava pronta, eu realmente admiro a rapidez com que ela se veste

-na verdade não vai, ela deu autorização. -Owen falou enquanto comia

-pois é, não sei nos últimos três meses você reparou mas ninguém almoça com Cristina, ninguém fala para ela e todas as enfermeiras se recusam a operar com ela. O que faz com que para além de ela não conseguir fazer o seu trabalho ainda tem levar com o peso de ficar sozinha a todo o segundo e a toda a hora -Teddy falava e tom um pouco sarcástico, como se estivesse culpando a Amélia

-assim, se fosse você pelo menos chegava a casa e ainda tinha o Ryan para conversar e fazer sabe-se lá bem o que. Cristina não tem, e nós só viemos almoçar aqui porque se almoçasse-mos no refeitório todo mundo iria cochichar entendeu? -Owen falou olhando Amélia que permanecia em silêncio.

Eu não consegui manter a cabeça alta, pois sabia que iria chorar. Olhei para minhas mãos e persenti Amélia me olhando. Estava um silêncio um pouco constrangedor

-me desculpa...eu não fazia ideia de que todo mundo estava te evitando -Amélia falava se aproximando de mim

-tudo bem, a culpa não é sua... -falei sem vivar o meu olhar para ela

---------------quebra de tempo---------------

Depois de semanas pensando se valeria apena ir ou não para a Suíça cheguei a uma conclusão. Perdi todas as minhas esperanças de voltar a ficar com Amélia e agora que Teddy está em Seattle se eu for a cardio não perde muita coisa. Já falei com Bailey e ela disse que manteria uma vaga aberta para uma cirurgiã cardiotorácica o mais tempo que conseguisse.

Já tinha as malas feitas e Teddy estava comigo me ajudando a deixar a casa arrumada para não ficar nenhum pertence meu. Já estava quase de saída quando alguém bate a porta, me surpreendo com Meredith 

-não vai, por favor -ela me abraça

Não tenho reação, meus olhos se enchem de lágrimas. Depois de alguns segundos Meredith saí do abraço segurando em minhas mãos

-desculpa, eu fui horrível com você e você não merecia isso. Eu fui uma péssima amuga Cristina, por favor não vai! -Meredith tinha lágrimas escorrendo por seu rosto

-eu não estou indo porque vocês deixaram de falar para mim, eu estou indo porque sem Amélia minha vida em Seattle não faz mais sentido -falei olhando para Meredith que ainda ficou com sua expressão ainda mais triste- eu tentei arrumar a merda que eu fiz mas ela achou que não valia mais apena tentar.

-tudo bem, eu entendo o seu lado e sei como é o seu sentimento. Se você quer ir eu não vou impedir, mas por favor me deixe te levar ao aeroporto.

Olhei para Teddy que sorriu e acentiu com a cabeça, sorri em forma de agradecimento e peguei em todas as minhas malas.