Capítulo 7

41 10 103
                                    

Continuação Helena

A resposta de sua mãe não demora, a deixando ansiosa para saber a sua reação.

- Querida, fico feliz que tenha dado tudo certo, mas infelizmente não poderei comemorar com você, pois seu pai está jogado no chão da cozinha com uma garrafa de vodka e sem roupas. Mas estou orgulhosa do seu feito, parabéns.

Ao ler o que estava escrito, ela se senta para não cair de bunda no chão, mesmo estando soltando fogos, fica extremamente chateada por saber que chegaria a este ponto. Ficar nú por conta de bebida era o fim para ela. Algo teria que ser feito e seria hoje.

Ela começa a arrumar as coisas na bolsa e vai até a secretária para avisar se caso algo procurasse pela mesma, avisasse que estará doente ou algo assim, para não ser incomodada.

A pobre moça nota o estado de nervos que Helena se encontrava, pela forma como ela falava com uma certa agressividade, mas iria debater com sua chefe naquele momento, só acena a cabeça como um sim e continua o seu trabalho.

Helena estava cega de raiva e triste ao mesmo tempo, em perceber que sua família estava se destruindo aos poucos, por conta de uma pessoa que necessitava de ajuda urgente. Mas era difícil fazer o mesmo a atender, por ser uma pessoa com cabeça dura, não iria a uma clínica de reabilitação somente para agradar as mesmas.

Ao caminho do carro, a ansiedade começa a tomar forma dentro de si, querendo sair como um ladrão que anseia pela rebelião no presídio. Ela tinha a noção que isso poderia acontecer de alguma forma, pela maneira que ele já estava ingerindo o álcool a oito, sete, seis horas da manhã, sendo que este horário seria de um café da manhã. Mas cada um faz as suas escolhas e agora terá que arcar com as consequências, mesmo que elas sejam pesadas.

Ao pegar o carro, pisou freneticamente ao acelerador, chegando a bater quarenta km de velocidade em uma veia de 30. Seu coração gritava, suplicava por cautela, pois ela poderia fazer alguma bobagem, entretanto a mente berrava como uma criança em meio a uma birra que ela falasse tudo o que ele merecia ouvir, soltasse o monstro que vive dentro de si, que está cansado de esperar e sim quer correr sem fim.

As horas passam e a cada toque que ouve no celular, ela chora de rancor, ódio, raiva e medo, por estar acabando consigo mesma com tudo que anda vivendo na vida particular.

Nota que está próxima ao bairro que mora e começa a desacelerar e pensando no que fazer, para ninguém sair dali de dentro em um caixão.

Depois de 10 minutos, já está na porta de casa, tremendo, chorando por não saber o que a aguardava. Mas poderia ouvir uma discussão da porta do holl de entrada, o que era estranho, pois tinha uma voz diferente das quais ela estava acostumada. Por meio de cutela, ela sempre leva dentro da bolsa um exprei de pimenta para caso seja necessário ser usado.

Quando entra, ela vê a pessoa que menos gostaria ajudando a mãe a por uma roupa no senhor bêbado. Ao olhar o chão pode notar vários cacos de vidro expostos, como se alguém estivesse em uma briga de gangue.

- O que houve nessa casa? Ela ficou abismada em ver que havia uma mistura de vidro com sangue no sofá, na mesa de centro, praticamente em todos os cantos da sala.

- Isso foi o seu pai, depois de saber que havia perdido no jogo online. Tentei impedir ele de fazer uma burrada, mas pode ver com os seus olhos o fim que teve. Agora o Caio está me ajudando a limpar a bagunça, falando nisso, diga apenas um oi ne mocinha, educação a dei.

Para aqueles que não estão entendendo quem é esse ser humano que caiu de paraquedas no meio da história, Caio foi o primeiro namorado de Helena, aqueles de ensino médio, que achamos que iremos levar a via toda, porém ele está totalmente mudado dos tempos antigos.

Ela tenta chegar perto para ajudar, contudo ele acaba a pegando pelo braço levemente tentando a afastar de toda a condição que não estava nada fácil.

- Caio, não se nem o mens o que te falar, se agradeço pelo apoio, s te interrogo no modo doida por querer entender de como veio parar aqui, mas enfim obrigada mesmo.

A sua bela voz se encontrava rouca de tão ruim que ela já estava, a dor de ver aquela cena estava rasgando o coração por dentro, que preferiu subir para o quarto e soltar tudo que estava acumulado dentro de si.

Sua mãe queria estava derrotada por viver em um relacionamento assim, por ver o homem que amou a muitos anos, ter um fim trágico deste jeito, entretanto algo bom poderia acontecer depois desta tempestade.

Do outro lado, Caio conseguiu colocar o mesmo no chuveiro e colocar o pijama para ele dormir. Preferiu ficar para ajudar em algo que elas precisassem naquele momento, por não confiar no cara. Ele poderia acordar e tentar fazer algo contra elas.

No fim todos estavammachucados e de um dia bom e feliz, tudo acabou em um estrago total. Essa era averdadeira face de uma família que vinha sendo arruinada a muito tem

RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora