Quando Frank acordou, ele estava faminto.
O quarto estava escuro, com apenas uma vela acesa ao lado da cama. Os olhos de Frank se ajustaram rapidamente, e ele estava surpreso ao descobrir que estava sozinho.
A última vez que viu Gerard ainda era manhã, e claramente agora já era noite, mas isso era tudo o que Frank pôde notar. Ele se sentia zonzo e desorientado, e não tinha certeza se tinha dormido por apenas um dia, ou vinte.
A dor em seus ossos era bem menor do que antes. Ele conseguiu se sentar com uma aceitável quantidade de desconforto, e uma vez que havia conseguido, ele se animou ao ver a mesa posta ao lado da cama, repleta de comida e bebida.
Imediatamente Frank esticou sua mão para pegar uma coxa de galinha de um dos pratos. Ele a pressionou entre seus dentes e rasgou a carne, devorando cada parte até que o que sobrasse fosse um gosmento osso esbranquiçado.
Já se sentindo melhor, Frank girou seu corpo para que pudesse sentar com suas pernas para fora da cama. Dessa forma ele poderia se sentar como se estivesse comendo propriamente em uma mesa, e seus olhos brilharam ao ver as diferentes carnes, queijos e frutas que havia sido colocada ali para ele. Havia também um jarro de vinho, mas Frank preferiu água.
Ele não conseguia se lembrar da última vez que havia comido tão avidamente – a segunda coxa de galinha, ambas as asas e metade de um peito desapareceram em questão de minutos. Ele diminuiu a velocidade após isso, embora seu apetite ainda não havia diminuído. Ele tentou não correr enquanto esvaziava um prato inteiro de porco, três grandes pedaços de pão e metade de uma roda de queijo. Ele mordiscava diferentes frutas, provando um pouco de tudo.
Vampiros, ele concluiu, realmente sabiam como cozinhar. No seu clã, a melhor coisa que eles conseguiam fazer era assar alguma carne sob a fogueira, mas se estava próximo da lua cheia, eles comiam suas caças cruas. Eles conseguiam fazer caldos simples com coisas que colhiam, mas ele nunca havia provado alguma comida como a dos vampiros. Tudo era delicioso, e em seu estado voraz, ele saboreava cada mordida. Para ajudar a digerir, ele bebia copo atrás de copo d'água.
Na hora que ele estava saciado, ele se sentiu sonolento novamente e simplesmente se virou e deslizou seu corpo para debaixo dos cobertores. Seu corpo já se sentia melhor, e ele praticamente não sentia mais dor alguma ao se mover.
A cama estava quente e macia, e o brilho da vela quase o fazia lembrar do fogo que costumava queimar do lado de fora de seu abrigo na floresta. Frank se sentia confortável e contente de uma forma que não sentia a muito tempo, embora ainda houvesse um buraco em seu peito que sentia falta de seu lar.
Havia também outro sentimento de vazio ali... Muito menor, mas ainda estava ali... Frank não conseguia decifrar que sentimento era esse, e ele havia quase dormido quando percebeu que era porque se sentia solitário. Ele quase desejou que Gerard estivesse ali...
Frank suspirou e se moveu mais abaixo dos cobertores. Ele fechou seus olhos e tentou ignorar o sentimento, mas agora que ele havia entendido o que era, apenas estava crescendo. Ele começou a pensar onde Gerard poderia estar, se perguntando por que ele não estava ali para quando Frank acordasse, como ele esperava que fosse acontecer. Embora eles estivessem casados por apenas uma semana, Frank nunca havia acordado sem seu marido desde então, e ele se sentiu quase irritado que Gerard havia o deixado sozinho quando ele obviamente não estava bem.
Frank suspirou para si mesmo e rolou para o outro lado da cama, tentando ficar confortável e esquecer o Príncipe estúpido. Ele sabia que ele deveria estar se sentindo animado que Gerard não estava por perto. Mas apenas ao pensar sobre seu clã, e o quanto sentia falta deles, não era o suficiente para impedi-lo de desejar que Gerard voltasse.
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Monsters and Kings - Frerard (tradução)
Fanfiction"AU onde Frank, um membro do clã dos lobisomens, é forçado a casar com Gerard, o filho do Rei vampiro. O casamento sela um tratado de paz entre as duas espécies. Frank esperava que ele fosse morto imediatamente após o casamento, mas as coisas não s...