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Irru mais um capítuloooo
Votos e comentários são bem vindos! Xxmari

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No andar de cima, Frank estava vagando pelos corredores, tentando se lembrar do caminho até sua câmara e ficando completamente perdido.

Ele havia pensado que com certeza tinha encontrado seu quarto, mas quando abriu a porta encontrou uma ruidosa escada em espiral, escura e assustadora. Ele fechou a porta e se afastou, continuando a caminhar pelo corredor até a próxima porta, imaginando se ele apenas as confundiu, porém a próxima porta abria para uma varanda. E a próxima porta estava trancada. E a próxima estava do lado oposto do corredor, não era seu quarto. Ele tentou mesmo assim, e se encontrou em mais um corredor que ele não tinha certeza se era o certo, mas ele era igual a todos os outros, talvez era o certo e...

Bem, Frank continuou andando e tentando abrir diferentes portas até que encontrou a biblioteca, e então ficou distraído.

A biblioteca era enorme, duas vezes o tamanho da sala do trono, se não maior. As estantes de livros alinhavam-se do chão ao teto, e alguns estavam empilhados pelo cômodo em cima de cadeiras e mesas. Mas não foram os livros que atraíram Frank.

Bem no meio do cômodo havia uma grandiosa mesa quadrada. Ela poderia acomodar vinte pessoas confortavelmente, mas mesmo assim era grande dessa forma para acomodar o mapa que estava esticado no topo.

As bordas do mapa estavam apoiadas com quatro pesos de papel. Esses pesos eram mais belos do que qualquer pedra que Frank viu na vida. Eles eram feitos de vidro soprado, insertos de cores torcidas que pareciam com nuvens de fumaça suspensas no tempo. Frank se aproximou para admirá-las quando ele notou o mapa, e então nenhuma quantidade de belos objetos seriam capazes de terem feito ele desviar o olhar.

Ele já tinha visto mapas antes, embora o clã dos lobisomens não os usava. Eles conheciam a floresta o suficiente para não precisarem de ajudas visuais. Mas alguns mapas haviam sido desenhados para representar as fronteiras que se alteraram ao longo dos séculos com o crescimento da população humana e as mudanças trazidas pelo tratado de paz. Frank gostava de olhá-los, mas em comparação com o que ele estava olhando agora, os mapas de seu clã pareciam lamentavelmente simples.

Ele não era apenas enorme, mas era complexo. Centenas de milhares de linhas estavam pintadas nele, como uma vasta teia mais complexa do que qualquer teia de aranha. Havia pequenas e belas representações detalhadas de florestas, vilarejos, rios e montanhas. Palavras estavam escritas por toda parte, mas elas não eram as letras que Frank conhecia.

Frank olhava todo o mapa, absorvendo tudo, pasmo. Após um longo tempo ele notou que o castelo estava no mapa, embora parecesse pequeno quando comparado aos vastos detalhes ao seu redor. Ele o reconheceu apenas por conta da posição das montanhas ao seu redor, e os dois vilarejos que Gerard representou para ele como uma uva e um pouco e pão.

Frank esticou-se e gentilmente alisou seus dedos sobre a floresta pintada de preto. A sua floresta. Um vilarejo, uma cadeia de montanhas e as terras que separavam sua floresta e o castelo, e mesmo assim... Se ele tivesse separado toda essa área, ela seria apenas uma fração do mapa.

Frank olhou para o mapa em seu todo novamente e voltou a olhar para o castelo e a floresta. Quão longe era? Ele se perguntava. Longe o suficiente para que ele nunca seria capaz de encontrá-la novamente? Ou se ele apenas olhasse para o mapa por tempo suficiente, ele se lembraria dele o suficiente para levá-lo de volta para casa?

Frank se aproximou do pergaminho, seus dedos pressionando-o e seu rosto a centímetros de distância quando uma voz alta o fez pular.

“Ei! O que você está fazendo aqui?”
Frank instintivamente se afastou da mesa, como se ele estivesse olhando para algo que não deveria. Ele olhou para o guarda que apareceu na porta e tentou se mostrar inocente, mesmo que seu coração batesse rapidamente em seu peito.

Monsters and Kings - Frerard (tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora