Antônio

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   O piquenique foi algo diferente de tudo que eu imaginei, não sabia que Rebeca passava por isso tudo, agora faz sentido porque ela é assim, tem medo.
   Me deito, fico pensando onde vou levar ela nas próximas sextas feiras e acabo adormecendo.

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   Acordo por volta das 10h e aproveito o dia para arrumar a casa e fazer compras. Vou ao mercado mais próximo que tem e compro o necessário para eu conseguir passar o mês. Quando chego ao condomínio tenho dificuldade para abrir o portão, já que ainda não tinha me acostumado de como funcionava.

- Você tem que apertar aqui. - Diz uma voz suave atrás de mim. Quando eu olho é uma mulher aproximadamente da minha idade, com algumas sacolas do mesmo mercado que eu fui. - Prazer Patrícia.

- Obrigado, não estou acostumado com esse negócio de portaria, toda vez que eu vinha estava aberto o portão. Prazer Antônio.

   Caminhamos até os apartamentos, ela morava no mesmo que Rebeca, mas um andar a baixo. Continuamos conversando sobre a vida, e descobri que ela também faz direito na mesma faculdade do que eu, e morava com a mãe. Quando estávamos nos dispendido olhei para cima e vi um vulto na janela, e esse vulto tinha nome, Rebeca.

   Subi para o meu apertamento e fui para a janela, mas Rebeca já tinha fechado a sua, acho que em uma tentativa de se esconder, mas ela esqueceu que eu lembro onde ela mora.

   Vou correndo para o seu prédio, quando chego na sua porta, bato como se fosse derrubar. Rebeca abre com uma cara de espanto e me encara.

- Sabia que é muito feio ficar espiando a conversa dos outros? - ela me olha com uma cara meio espantada. - E não tem como dizer que não era você, porque vi que era a sua janela.

- Quando ficam conversando na minha janela é o óbvio que vou olhar. Era só isso que você queria?

- Não, vim te provocar mais.

- Já fez isso, agora pode ir. - Com isso a porta bate na minha cara.

O Céu Nunca Esteve Tão AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora