Depois de rolar na cama por horas pensando no quase beijo que Antônio me deu, resolvo responder suas mensagens de horas atrás.
Um pouco envergonhada pela minha confissão, tento dormir por ter terapia no outro dia cedo.
Não durmo quase nada, são 8 horas da manhã e já estou de pé me arrumando para a terapia. Fui diagnosticada com depressão alguns meses depois que meus pais morreram, fui obrigada a fazer terapia, não via diferença nenhuma em minha vida, mas acho que se deixasse de fazer pioraria tudo.
Depois me terminar de me arrumar, saio do meu apartamento no intuito de ir a pé, já que daria tempo por a sessão ser mais tarde. Chegando na porta do apartamento dou de cara com Antônio, na hora fico sem graça por lembrar das minhas mensagens.
- É ... Oi - ele diz ofegante como se tivesse corrido uma maratona. - Não pensei que a te encontrar taí fácil, então não pensei muito no que falar. - Dei uma risada da situação e fiquei observando ele.
- E por que você não me mandou uma mensagem ao invés de vir igual um louco no meu apartamento?
- Porque eu vi suas mensagens e quis te beijar. - Antônio fala mais rápido do que o flash, suas palavras me deixam um pouco confusa, com as pernas bambas. - Só não me bate de novo, dessa vez vai ficar a marca.
Impossível não rir com o comentário de Antônio, abraço ele com uma forma de consolo.
- Eu não vou te bater de novo, mas você também não vai me beijar agora, tenho que ir. - Dou um beijo na bochecha dele e saio andando pensando de onde tirei coragem para isso.
- Ei! - Antônio grita e vem correndo até a mim. - Sei que não é sexta, mas quer sair hoje?
- Claro! Te vejo a noite. - Ele sorri animado e me dá um beijo na bochecha, me fazendo ficar vermelha e focar no meu caminho.
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O Céu Nunca Esteve Tão Azul
De TodoRebeca vivia sua vida normalmente, sem muita ação, até que seu vizinho novo, o Antônio, resolve tocar guitarra em seu horário de sono e muda sua vida.