彡★Capítulo 14

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O vento forte entrava pela janela aberta da BMW preta de Robert Hallway, soprando os fios avermelhadas de Fleury para trás. Aquilo a trazia boas vibrações. Ótimas, na verdade.

Poucas coisas a faziam mais feliz do que a sensação de estar liberta.

Se fosse ser sincera, liberdade é pouco para ela. O que ela desejava ainda não tinha nome, não dava para descrever. Por muitos anos fora aprisionada dentro de uma jaula enfeitada para que parecesse uma casinha de bonecas, onde ela era obrigada a seguir um roteiro escrito por seus pais, sendo uma maldita marionete. Ninguém mais a prenderia, seu espírito livre era grande demais para isso.

Sentado no banco do passageiro, Jasper olhava a cena e se afogava nos sentimentos vindos da companheira. Ele, mais que tudo, queria voar com ela.

— O que você acha de jogarmos um jogo, loirinho?

— E o que você propõe, ruiva? — uma rápida olhada em direção a ele, e o Hale pôde ter o vislumbre do canto dos seus lábios erguidos.

— Que tal verdade ou desafio, mas sem os desafios? — perguntou ela, com os olhos fixos na estrada. Jasper franziu o cenho, se virando como pôde no acento para ficar em frente a russa.

— Então não seria só verdade? — questionou, um tanto confuso com a proposta.

— Exatamente, esse é o espírito do jogo. — o sorriso brilhante da Volkov pareceu, por milésimos de segundos, iluminar todo ambiente dentro do carro, aquecendo o peito do vampiro que se pegou petrificado observando cada mínimo detalhe no rosto dela. Queria decorar seus traços e eternizá-los para toda eternidade na sua memória. — Eu começo! Qual seu maior sonho?

Jasper precisou parar pra pensar na resposta, talvez porque fazia anos que nunca pensava sobre isso. Muitos talvez responderia com coisas fúteis entre os humanos comuns, como ter dinheiro, namorar com um ídolo, ser reconhecido mundialmente… mas Jasper não demorou nem um minuto e meio até que soubesse o que lhe responder.

— Encontrar a minha felicidade. — a resposta simples fez Fleury entreabrir levemente sua boca em surpresa, já que não esperava que fosse aquilo. Afinal, o maior sonho de quase todo mundo tende a ser ambicioso e até fantasiosos.

O que o Whitlock não disse era que, ao olhar para a esquerda e ver Fleury ao seu lado, ele teve a mais plena certeza de que já tinha encontrado sua felicidade. E que ela tinha um sorriso incrível.

— Sua vez agora. Me faça uma pergunta.

— Qual foi sua melhor decisão?

— Ter voltado pra La Push. — respondeu, sem pestanejar. — Pude reencontrar uma parte da minha família, tenho alunos maravilhosos, e pode-se dizer que fiz amizades incríveis também. — com uma ligeira olhada por cima do ombro, a russa piscou em direção ao Hale, que sorriu em troca. — Hmm… qual foi a maior loucura que você já cometeu?

— Não muitas, sendo sincero. Não lembro de nenhuma agora. — admitiu, recebendo um olhar incrédulo. A verdade era que a maioria de suas loucuras, Jasper não poderia contar. Não agora. Afinal, como falaria para ela que mentiu sua idade para entrar no Exército Confederado aos 17 anos, servindo como major na guerra civil? Definitivamente não era o momento pra isso, então decidiu seguir pelo prático. — Eu sempre fui muito tranquilo. Mas e você? Qual foi a maior loucura que já cometeu?

Dentre tantas coisas que fez durante sua adolescência rebelde e inconsequente, era difícil pra Fleury escolher somente uma. Ela e Leah costumavam ser o terror de La Push por sempre estarem dando dor de cabeça em todos. Geralmente era a Volkov que tinha as idéias insanas e a Clearwater entrava na onda dela, aprontando junto; sempre sobrou para o coitado do Sam ir atrás das duas bêbadas e inconsequentes, impondo limites que sempre eram quebrados.

Blood Moon ⸺ Jasper WhitlockOnde histórias criam vida. Descubra agora