Lua de Sangue || ❝Te darei um soco se disser que sou gostosa de mais pra pegar mulher.❞
Após muitos anos tendo seu espírito rebelde sendo encarcerado por sua família extremamente conservadora, a russa Fleury Volkov resolve sair de casa e viver suas...
Após muita briga pelo caminho até a residência de Sam, finalmente Fleury convenceu-o a deixar a mesma ficar em sua casa. Não foi nada fácil, admitia, mas não havia uma única discussão que a russa não ganhasse com muita insistência. Sequer precisou usar a tática de ligar pra Emily, que estava na casa da mãe.
Assim que chegaram, logo o lobo se ocupou com o banho, e a ruiva aproveitou esse tempo para tomar posse da confortável cama do mesmo. Sabia que as chances de Sam se irritar com ela eram bem altas mas não se importava nem um pouco com isso. Em sua mente, se achava especial demais pra dormir em qualquer canto da casa, então ele que arranjasse outro lugar pra ficar.
Ao ouvir o ranger da porta se abrindo, a Volkov rapidamente se ajeita na cama e fecha os olhos fingindo dormir; talvez dessa forma ele não a perturbasse, pelo menos não por agora.
— Fleury… — respirou fundo, como se tirando paciência de dentro de si. — eu sei que tá acordada, você não é uma mentirosa tão boa assim pra mim.
Abrindo um dos olhos vagarosamente para espionar sua expressão, se deparou com um Uley a encarando irritado; era a feição típica que o melhor amigo possuía no dia a dia. Apenas Emily fazia milagres com o mau humor do lobo.
— Você está interrompendo meu sono, então me faça um favor e desliga a luz quando sair? — a menina apelou pelo modo mais seguro no momento: fazer a egípcia e fingir que nada estava errado.
— Esse é meu quarto. Quem tem que sair é você.
Ainda fazendo-se de desentendida, Fleury logo questiona:
— Você não sabia? Vou dormir aqui.
— Cinco minutos depois. —
Seus braços estavam cansados por tanto socar as costas do amigo, enquanto era carregada em seus ombros até a sala, onde tinha um sofá preparado com almofadas e um lençol. Sam, pelo óbvio, não sentia nada pelos murros de Fleury. A única coisa que a ruiva ganhou foi dor nos próprios dedos que estavam já avermelhados.
Após largá-la de qualquer jeito no local, o Uley subiu rapidamente as escadas, podendo ouvir segundos depois o barulho da tranca da porta.
— Não acredito que o Sam foi ruim ao ponto de me pôr pra dormir nesse sofá horrível e minúsculo, enquanto ele fica lá naquela cama quentinha, macia e enorme. — resmungou consigo mesma, contrariada. — Vou acordar toda quebrada aqui! — já deitada, se debate, tentando sem sucesso achar uma posição confortável pra dormir.
Quando finalmente conseguiu se arrumar, era uma posição torta que a renderia no dia seguinte uma bela dor na nuca por dormir de tão mal jeito.
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Já era de manhã e o dia estava inesperadamente ensolarado, o que era raro em um lugar tão propenso a chuvas como Forks.
