Lua de Sangue || ❝Te darei um soco se disser que sou gostosa de mais pra pegar mulher.❞
Após muitos anos tendo seu espírito rebelde sendo encarcerado por sua família extremamente conservadora, a russa Fleury Volkov resolve sair de casa e viver suas...
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"THE CITY OF FORKS WELCOMES YOU".
Era o que dizia no grande letreiro que Fleury havia passado a pouco tempo atrás. Não precisara ler para saber o que tinha escrito; todos esses anos indo a La Push fez a ruiva gravar cada detalhe do local e ao redor com clareza.
Aos poucos as pequenas casas iam aparecendo em seu campo de visão, assim como as pessoas que andavam pelas ruas preocupadas apenas com as próprias vidas. O dia, como sempre, estava nublado sem nenhum vestígio de sol, dando um ar meio deprimente para a cidade cuja população é de poucos mil habitantes.
Possuía uma dúvida cruel em sua mente: Iria diretamente causar distúrbios na mente de Sam Uley ou faria caminho antes para a escola onde seu antigo e estranho professor dos tempos do colegial estava dando aula? As duas opções eram bastante tentadoras, porém, optou pela primeira. Estava com saudades também de Billy Black, que era quase um tio pra ela.
O vento frio batendo contra seu corpo, enquanto pilotava sua amada moto, era uma sensação maravilhosa. Sem dúvidas, amava o clima do lugar.
Por conta da velocidade acima do limite permitido, não tardou a chegar em La Push. O barulho da sua Harley chamou a atenção de alguns adolescentes no local, que vieram checar a origem do som. Ao estacionar, Fleury retirou o capacete, balançando a cabeça para os lados arrumando seus longos cabelos avermelhados, passando a mão em sua franja para aquietar os fios rebeldes.
Ao se dirigir em encontro deles, não pôde deixar de reparar no quanto os rapazes do local eram bastante atraentes.
- Tô no paraíso. - sussurrou, mordendo o lábio inferior, sem disfarçar o olhar para um moreno sem camisa alguns metros a sua frente.
Desviou o olhar da tentação em pessoa e se pôs a procurar alguém em específico, até avistar um homem sentado em sua cadeira de rodas. Ela encarou o mesmo que vinha em sua direção; ambos ficaram sem falar, até Fleury resolver quebrar o silêncio:
- Você parece bem melhor do que eu esperava. - comentou tranquila, ainda o encarando.
- Bom, eu tenho que andar arrumado pra visitas inesperadas, não acha? - seu tom era totalmente rude, entretanto, quem reparasse bem poderia ver o quão paternal o homem soava com a menina; essa que não exitou em se abaixar um pouco para dar um abraço desajeitado no mesmo.
