𝗮𝘀 𝗰𝗿𝗶𝗮𝗻𝗰̧𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗹𝗼𝘂𝗱 | ¹ 𝗍𝖾𝗆𝗉𝗈𝗋𝖺𝖽𝖺.

0.37 | Eu não quero te perder.

Isabela Alves

E lá estava eu, deitada em minha cama e chorando feito uma louca, tenho que ir até a mansão para falar o que está acontecendo prós meninos, pra ver se pelo menos eles conseguem convencer os meus pais a me deixarem ficar aqui.

Me levanto e vou até o banheiro, passo uma água em meu resto e me olho no espelho, meus olhos estavam um pouco inchados, e meu nariz totalmente vermelho.

Pedi um Uber e logo ele chegou, desço as escadas com cuidado para não fazer nem um barulho, não quero que meus pais me vejam, não agora. Quando terminei  o último degrau, vejo meus pais sentados no sofá, merda.

━━━ Resolveu sair do quarto? - Meu pai perguntou.

━━━ Sim. - Eu respondi seca, indo em direção a porta.

━━━ Para onde você vai?

Pra casa do caralho.

━━━ Esfriar a cabeça.

[...]

━━━ GENTE? 'CES TÃO EM CASA? - Gritei quando cheguei na mansão.

━━━ Precisa gritar madame? - Respondeu lzinn.

━━━ Cadê o resto da galera?

━━━ Dacruz deve está dormindo, e o resto estão tudo em live

━━━ Sei. Lzinn, tenho que te falar uma coisa

━━━ Pode falar! Seus olhinhos estão vermelhos e meio inchados... Você estava chorando?

━━━ Por que você estava chorando, amor? - Arthur perguntou preocupado enquanto descia as escadas.

━━━ Oi! Você não estava em live? - Sorri.

━━━ Estava, acabei de fechar ela... Mas está tudo bem?

━━━ Vou ser direta, meus pais receberam uma proposta de emprego na Espanha, e como diz meu pai, é uma proposta irrecusável, até aí tudo bem, eles vão passar dois anos lá, o problema dessa merda toda é que, eu vou ter que ir também.

━━━ Como é que é? - Perguntou Lzinn incrédulo.

━━━ Você vai pra Espanha? Tipo, vai passar dois anos longe? - Arthur perguntou em baixo tom, possivelmente, em uma voz de choro.

━━━ Eu honestamente não quero ir Thur, mas eles estão me obrigando!

━━━ Não pode ser, Isa, tenta falar com eles! - Lzinn sugeriu.

━━━ Eu já tentei, mas não adiantou de nada, eu preciso que vocês tentem convencer eles, porque eu não quero ir, não quero! - Meus olhos novamente se encheram de lágrimas.

━━━ Calma pequena, nós vamos dar um jeito, fique calma. - Disse Lzinn.

[...]

Agora, estava eu, e os meninos em frente de casa, se preparando para conversar com meus pais.

━━━ Tá, chegou a hora - Bak respirou fundo e bateu na porta.

━━━ Olá Gabriel! - Minha mãe sorriu ao vê-lo e observou o resto dos garotos com atenção. ━━━ Entrem, por favor.

━━━ João Lucas?! Como vai? - Eles deram um aperto de mão. ━━━ E aí Bak!

━━━ Oi Marcos! Tudo bem? Vínhemos aqui conversar com vocês sobre o assunto de se mudar. - Bak respondeu.

━━━ Não tem como deixar a aqui não? Nós teremos total responsabilidade por ela! - Lzinn se opôs.

━━━ Nós entendemos que isso pode ser difícil para vocês, mas ela vem conosco, somos os pais dela.

━━━ Nós só não queremos perder ela... - Arthur falou em tom baixo.

━━━ Vocês não vão perder ela! Vocês vão poder se falar por mensagens, a tecnologia serve justamente para isso.

━━━ Não podemos fazer nada para mudar as suas opiniões? - Bak perguntou.

━━━ Nada.

━━━ Deixem ela aqui, por favor. Eu não quero perder ela, eu amo sua filha, não nos afaste, por favor. - Arthur falou com sua voz trêmula,  seus olhos já tinham se enchido de lagrimas a tempos.

━━━ Lamento muito Arthur, mas já decidimos.

━━━ Tudo bem... Obrigada por nos receber aqui na sua casa. - Bak sorriu para os meus pais e se levantou do sofá olhando para o resto dos garotos. ━━━ Vamos embora.

[...]

Na mansão, eu estava sozinha deitada na minha cama, até escutar alguém batendo na porta.

━━━ Isa? - Falou Arthur.

━━━ Entra.

━━━ Você vai mesmo pra Espanha?

━━━ Você viu eles... Não tenho mais o que fazer.

━━━ Vamos ter que nos afastar então? - Arthur perguntou, eu não respondi. ━━━ Não quero te perder.

━━━ Você não vai... Mas você viu os meus pais, eles ja decidiram por mim, então se vai ser assim eu quero tentar.

━━━ Com o namoro?

━━━ Sim, você quer tentar?

━━━ Mas é claro que eu quero! - Ele sorriu. ━━━ Eu te amo.

━━━ Eu te amo.

Author's Notes

• ninguém me toca, tô tristi🤧