Capítulo 24 - Um Príncipe a Caminho

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Narrador ON

O desespero percorria por todo o hospital.

Todos falavam das últimas duas horas, onde Meredith havia entrado em uma maca com Addison desesperada ao seu lado.

A ruiva andava de um lado para o outro de maneira impaciente, enquanto suas mãos massageavam as têmporas.
Cristina estava sentada em uma das poltronas na sala de espera, olhando para o relógio pela décima vez, constatando que eram quase meia noite. Callie estava ao lado das duas, assim como Emma e Regina.

Emma: Ela vai ficar bem Addie. Você vai ver que foi só um susto, igual aconteceu comigo. - Emma tentava acalmar a ruiva, mas não obteve muito sucesso. - Regina. - Ela chama pela esposa. - Será que pode pegar aquela almofada de massagem no carro?

Regina: Está com dores? - Emma concorda, e Regina sai rapidamente.

Callie: Confia que tudo vai dar certo Addie. - Callie se aproxima e fica ao lado de Emma, mas ambas não receberam atenção da ruiva que continuava andando de um lado para o outro. - Addie...

Addison: PARA! - O grito da obstetra chama a atenção de todos. - Será que não dá pra entender que a mulher que eu amo está naquela maldita sala e faz CINCO HORAS que não me dão notícias?! - Addison estava nervosa. Suas mãos estavam trêmulas e suavam frio. - É o meu filho! Eu não posso... Eu não posso perder outro filho. - E ali estava o que todos queriam que ela admitisse. Addison nunca havia superado totalmente a morte de seu bebê, e esse medo tomou conta novamente quando ela viu a esposa caída no final da escada. A ruiva não podia esquecer o barulho alto que ouviu, o desespero nos olhos da mulher até ela cair desacordada em seus braços. Ela rapidamente colocou Meredith no carro e colocou Zola que ainda dormia na cadeirinha.

E agora estava naquela situação.

Não conseguia ficar com a filha porque estava nervosa demais e tinha medo de assusta-la. Não recebia notícias de sua esposa e de seu filho, e toda hora alguém falava mais uma vez que tudo ia ficar bem.

Emma: Melhor não insistir Callie. Ela está nervosa. - Addison agradeceu que Emma deu aquela sugestão. Ela não queria falar daquele jeito com suas amigas, mas não podia evitar.

O desespero era maior do que qualquer coisa.

Arizona: Addison. - A ruiva olhou diretamente para Arizona que vinha em sua direção e praticamente avançou em cima da médica. - Ou calma! Ela e o bebê estão bem. - A médica achou melhor dar logo a notícia para evitar mais desespero por parte de sua amiga. - Ela está no quarto 308. - Addison não precisou de mais nada, apenas correu até o quarto indicado.

Os passos pareciam mais longos, enquanto o corredor se tornou mais extenso a seu olhar. A respiração ofegante por estar correndo só parou quando ela estava em frente a porta, onde abriu a mesma e logo viu Meredith esticando os braços como uma criança querendo colo.
Addison não pensou duas vezes e foi direto abraçar a loira, a apertando entre seus braços querendo protegê-la de toda maldade do mundo.

Addison: Como você está? - Ela se senta na beirada da cama enquanto acariciavam as mãos da mulher. - Eu tive tanto medo...

Meredith: Addie. - Meredith chamou firme. - Eu estou bem. - Ela puxou a mão de Addison e colocou em seu ventre. - Nós estamos bem. - Addison se agarrou a esposa novamente. Ela não queria admitir, mas estava morrendo de medo, mesmo que tudo tenha passado. Meredith podia sentir o coração acelerado da mulher e o nervosismo. - Arizona disse que vai vir aqui fazer uma última ultra e podemos ir para casa amanhã. - A ruiva Suspirou aliviada. - Onde está Zola?

Addison: Na creche. - Acariciou o rosto da loira. - Achei melhor assim. Estávamos nervosos e não queria deixar ela estressada com tudo isso.

Meredith: Todos? - Meredith questionou.

Addison: Todos. Eu, Callie, Cristina, Burk, Emma e Regina. - Ela respondeu. - Alex mandou um beijo, não pode vir porque estava no meio do mato acampando com o irmão. Espero que eles se acertem.

Meredith: Eu também espero. - As duas ficaram conversando por cerca de quinze minutos até que Arizona entrasse puxando a máquina móvel do ultrassom. - Arizona, fala pra sua amiga que eu e o bebê estamos bem.

Arizona: É o que vamos ver agora. - Ela liga a máquina e logo em seguida coloca o gel na barriga de Meredith que já estava com parte da roupa hospitalar levantada. - Vamos ver esse bebezinho. - Ela passou o aparelho pela barriga da de olhos azuis. Addison olhava atenta a todos os movimentos de Arizona, e por mais que confiasse na amiga e em seu trabalho, não podia evitar a preocupação. - Acho que está tudo certo.

Meredith: Nenhuma anomalia? Nada doenças graves ou coisas parecidas? - Addison riu de todas as perguntas. Meredith havia devorado em menos de um mês todos os livros que a obstetra tinha na estante e colocou várias carambolas na cabeça que o bebê poderia ter uma doença rara ou uma anomalia incomum.

Arizona: Tá tudo certo Mer. Deixa de ser paranoica. - A médica disse em meio a risadas. - Olha, vamos contar os dedos da mão. - Ambas as três mulheres contaram os cinco dedos de cada mão. - E vamos prós do pé. - E o mesmo foi feito até Meredith notar algo.

Meredith: Onze! Olha, tem onze dedos. - Ela falava em um tom meio desesperado apontando para a telinha e Addison olhou melhor a imagem da tela, e na mesma hora sorriu.

Addison: Isso não é um dedo. - Addison e Meredith se olharam, e a ruiva percebeu a demora da loira para responder. - Vamos ter um menino! - Ambas se abraçaram e um selinho rápido foi dado.

Arizona: Parabéns gente. Posso pedir para aquele povo todo entrar? - Ela se referia aos amigos. As duas apenas concordaram.

Meredith limpou o gel de sua barriga e esse foi o tempo para que quase uma multidão entrasse em seu quarto. Cristina estava com Zola em seus braços, e a menina praticamente pulou para o colo de Addison assim que a viu, aninhando-se nos braços da mãe.

Emma: Fiquei sabendo que vamos ter um pirralho a caminho. - Emma brincou quando abraçou a amiga.

Meredith: Pirralho é o seu nariz. - Todos sorriram. - Obrigado por darem suporte a Addison nesse momento gente. Vocês são a melhor família que eu poderia ter na vida.

E em um clima de descontração e animação.

Conversas e risadas.

Piadas sem graças mau contadas.

E sorrisos para o nada.

Toda aquela família estava reunida. Ainda tendo que entender várias lutas e pedras em seu caminho.

Mas sempre sabendo que poderiam contar um com o outro.

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Tudo tá bem. Ninguém se machucou, não precisam me matar ok? Comentem aí pra fazer minha diversão da madrugada e não esqueçam de falar o que estão achando. Digam também sugestões que vocês querem que eu trabalhe mais na fique e afins.

Parece que alguém ama a Addison não é meismo? E parece que alguém ama a Meredith.

Beijos, e até o próximo cap.

I Want To The Only OneOnde histórias criam vida. Descubra agora