13 - Sabor de Limão

0 0 0
                                    


Levantamos para partir.

Ele estava prestes a chamar Zhagok quando eu o interrompi.

— Não vai ser assim. Como pessoas normais, só hoje. Vamos andar de ônibus, ver pássaros, cumprimentar pessoas, coisas normais.

— O.k.

— Vamos ser vistos por outras pessoas, claro. Eu tenho roupa normal, Resh também tem, pegue algumas com ele e vamos as compras. Fazer coisas de casais. Vamos aproveitar ao máximo, porque se algo nessa batalha que se aproxima der errado não quero que você sinta que nunca fizemos nada juntos.

— Não deixarei que nada aconteça com você. Tudo bem, vamos fazer do seu modo.

Ele saiu de perto e foi até o banco de Resh onde sob ele havia um tipo de alçapão com roupas normais, nada dentro da moda um clássico terno negro, não fazia a cara de Lao.

Ele iria se trocar ali na minha frente, e se trocou. Eu virei o rosto para não ver.

Pedi que Nero saísse, eu ainda estava usando a roupa que eu portava no encontro com Kronus.

— Viu, não está sendo tão difícil, agora como eu faço para ser vista por outras pessoas? — Perguntei.

— Querer é poder. — Ele sorriu.

Eu desejei que as pessoas pudessem me ver, não desejei para algum ser em especial, desejei para mim mesma.

— Vamos testar? — Perguntei.

— Com certeza.

Saímos pelo portal — o portal não é nada normal, mas não havia outro modo de sair da ordem para o mundo humano. — Aparecemos em um lugar muito distante do centro de minha cidade. Perfeito, andar de ônibus aconteceria. Eu tinha o dinheiro para a roupa em meu bolso. Em quinze minutos — contados no relógio da casa que ficava frente ao ponto de ônibus — o ônibus apareceu.

Subimos.

Lao estava inquieto e tenso, achei muito fofo.

Ele pareceu se fascinar com aquilo ele fazia expressões de surpresa, alegria, as vezes medo.

Eu só rindo, e uma sensação crescendo em algum lugar de mim, eu estava me apaixonando cada vez mais por ele.

Era a primeira vez dele em um ônibus.

Até que chegou um momento em que ele enjoou, vomitou dentro do ônibus quase em cima de mim. Claro fiquei com nojo, nem quis prestar atenção para ver que tipo de alimento ele teria posto para fora — eu ri muito escrevendo essa parte.

O resto da viagem eu tentei forçar ele a me dizer o que aconteceu na sala, mas sem sucesso. Mesmo com minhas tentativas frustradas de seduzi-lo.

Todos olhavam para nós.

Chegamos ao terminal de integração, estava lotado de pessoas. Atravessamos em direção à rua onde centralizada a maior parte das lojas; ali compraríamos nossas roupas e onde iriamos ao cinema.

Andando pela rua havia uma grande loja de roupas. Entramos nela.

Hora de ele vestir alguma coisa mais descolada, e eu trocar minha roupa.

A loja era dividida em vários setores, masculina feminina e infantil.

— Tudo bem, vamos para a parte masculina ver uma roupa para mim primeiro, porque esse terno é relativamente quente para uma pessoa normal usar em 30 ºC.

— O.k.

Depois de um tempo, assim que chegamos ao setor Lao virou para mim. Ele estreitou os olhos franzindo as sobrancelhas.

A Ordem Secreta - Histórias de Uma DeusaOnde histórias criam vida. Descubra agora