Are you serious?

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Harry não podia acreditar.
Alguém como LOUIS não deveria ter aquilo como leitura de cabeceira. Existem algumas coisas as quais Harry é completamente apaixonado é obcecado sobre, literatura definitivamente é uma delas.
É um crime na mente de Garry que alguém tão promissor como Louis tenha na cabeceira de sua cama um livro tão sem significado e história de verdade. Ele estava chocado. Sua fé na humanidade foi perdida, é o fim.

-Por favor Louis, me diga que isso é de Stan.
-Não, é meu.
-Você leu mesmo isso?
-Todinho ele?

Louis olhou para Harry por cima do ombro, o que estava acontecendo ali?

-Sim?
-Sem ironia?
-Com muita sinceridade.

A situação era um pouco cômica, a cada frase falada Harry fazia uma expressão de choque diferente enquanto Louis se aproximava dele sentando em posição de índio na cama tentando ao máximo se divertir com aquilo mas no fundo se sentindo um pouco irritado.

-O que há de tão especial em vampiros?

Louis deu de ombros e sorriu levando sua mão até as bochechas de Harry para que pudesse deslizar os dedos lentamente até os pequenos cachos da nuca, mas Harry afastou minimamente e voltou a questionar Louis sobre o livro. Aquilo não podia ser sério, estava realmente irritando Louis.

-Sobre o que é?
-Vampiros.
-Não. Sobre o que é?
-Vampiros.

Louis se aproximou e sussurrou gritando nunca abandonando essa velha mania. Era adorável quando ele fazia. Seu rosto se retorcia numa careta mínima, a base de seu nariz enrugava as sobrancelhas levantavam e a boca formava um bico encantador. Harry até hoje se pergunta como Louis consegue ser tão expressivo sem nem ao menos tentar.

-Não entendo. É bom?
-Não. Quero dizer, sim. Mas não.
-Então, por que ler?
-Por que eu gosto.
-Isso não é motivo para ler algo.
-Por que mais você lê algo?
-Sério, com tantos livros incríveis no mundo, por que ler este?
-Ok, estou odiando esta conversa, podemos parar?
-É uma trilogia certo?
-Estou com medo de responder.
-Oh meu Deus! Você leu os três?
-Já leu algum deles?

Harry gargalhou com escárnio, ironia e descrença.

-O que você acha?
-Como pode odiar algo que nunca leu?

O queixo de Harry caiu e Louis estava ficando irritado.

-Quero dizer, não é isso que fazem os regimes repressivos? Também quer queimar livros que não gosta, Harry?
-Tem razão. Sabe o que eu vou fazer? Eu vou ler esse livro. Todinho. E então depois podemos sentar e discutir sobre ele.
-Agora?
-É, por que não?

Louis gargalhou alto. Harry é absolutamente insano. Quem lê um livro em apenas um dia apenas para provar um ponto bobo?

-Quanto tempo vai levar? Isso é ótimo. Um pequeno clube do livro.

Harry levantou correndo e dando três tapinhas no joelho de Louis e gritando respostas pra ele da porta.

-Isso é sério?
-Sim. Bastante. Te vejo em breve.

Four seasons de Vivaldi soava na cabeça de Harry enquanto ele começava a leitura. Primeiro lendo enquanto andava pelos caminhos encantadores de pedrinhas rodeados por árvores altas no parque do campus.
Encostado em uma árvore ainda totalmente concentrado no que ele definitivamente julgava ser a pior leitura de todos os tempo.
Sentado na poltrona grande e confortável da biblioteca o que foi a pior parte de estar lendo aquela vergonha em público. uma antiga professora e também sua antiga paixonite o viu. A melhor professora de literatura de todos os tempo viu Harry lendo aquilo. Vergonhoso.
Professora Fairfield parou para encará-lo e ele se sentiu tão envergonhado por estar lendo aquilo na frente de sua professa favorita de literatura.

-Não é o que... Estou lendo como um desafio, uma aposta na verdade.

Fairfield não se importou muito e continuou com seu caminho mas Harry não pode deixar de gritar sua admiração cega por ela.

-Eu amava a sua aula!

A mulher nem sequer se virou então Harry voltou a ler, dessa vez usando um livro de biologia grande para esconder sua leitura de verdade. Os lugares inusitados e posições confortáveis e estranhas voltaram.
Sentado em uma cadeira em meio a grama do parque. De cabaça para baixo em um banco de concreto ao lado da estátua do fundador da faculdade... Harry lia em lugares e em posições nada convencionais. E foi quando a madrugada havia chego ele estava de cabeça para baixo na cama do hotel que o livro acabou. Um dia inteiro lendo aquilo e finalmente era o fim, precisava falar com Louis urgente.
Pensou em ligar mas estava tarde optou então por deixar uma mensagem pedindo para se encontrassem no café do campus pela manhã. O que seria em algumas 2 horas. Se ele dormisse a hora passaria rápido.

Mas Harry não dormiu.

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