Dança

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Katsuki acordou sentindo o corpo suado.

Quando foi a última vez que ele sonhou algo que não fosse relacionado a Eijirou? O loiro se perguntou, se levantando rapidamente e seguindo para o banheiro.

Não demorou muito para que o rapaz de olhos carmesins estivesse embaixo da ducha fria. A temperatura da água esfriava o seu corpo e deixava que ele relaxasse os músculos. Katsuki deixou a água cair bem em sua cabeça, enquanto mantinha os olhos fechados.

Os pensamentos voaram longe, sua mente o traindo em lembrar dos gemidos; dos corpos colados, compartilhando calor e suor; os beijos quentes e porra... A pele macia e sardenta o fez apertar mais ainda os olhos, tentando esquecer aquele sonho erótico com alguém que mal conhecia.

Ele abriu os olhos e se deparou com a gritante ereção que tinha, seu pau teso e melado de pré gozo batia no umbigo.

Mas ok, ele ignorou.

Bakugou preferia acreditar que aquilo era uma ereção matinal, e apenas isso.

Depois de terminar o seu – torturante – banho, ele se apressou em se secar e colocar uma roupa confortável. Trajano de um conjunto de moletom, ele pegou as chaves do carro e saiu com seu notebook, rumo a cafeteria.

Den <33

Visto por último às 3h48 da manhã

Bakugou, K:

Ei seu filho da puta

Fui lá no MCC, vê se levanta esse rabo fedorento da cama e come alguma coisa

Sua mãe me espancaria se você morresse de fome

Tchau, e um péssimo dia pra você

Após mandar a mensagem avisando que não estaria em casa, ele seguiu rumo ao café – torcendo para que Izuku não estivesse lá. Não que Bakugou não quisesse vê-lo, não, não. Ele apenas queria evitar lembrar daquele sonho pelo resto da vida.

Ainda mais na frente do “culpado”.

[…]

Izuku acordou com Shoto sentado em sua cama, o chamando baixinho com um sorriso doce nos lábios finos. O esverdeado sorriu e abraçou o tronco do mais velho.

- Bom dia – a voz do mais alto foi ouvida, Midoriya sentia os dedos longos fazendo um cafuné lento em seus cachos bagunçados e amassados pela noite de sono.

Izuku soltou um suspiro de aprovação com o afago.

- Bom dia, Shoucchan – murmurou manhoso, a voz mais grossa que o normal pelo sono – Você vai ficar comigo no café hoje? – perguntou animado, fazia um tempo que Shoto não tinha tempo para ficar consigo.

Todoroki soltou o ar em um suspiro desgostoso.

- Infelizmente não, Izu – lamentou – Meu pai vai para uma viagem de negócios no Japão e pediu para que eu o acompanhasse – Izuku finalmente olhou para o mais alto, se sentando na cama logo em seguida.

- E você vai?

- Você sabe que eu preciso ir – se virou de frente para o menor – Ele ainda tá com essa ideia idiota de que eu vou assumir a merda da empresa dele e quer que eu vá nessa reunião como um estagiário – o desgosto na voz do bicolor era nítido e Midoriya sentiu uma pontada em seu coração.

Não era segredo para família Midoriya o quanto Shoto não se dava bem com o pai. Após o falecimento de sua mãe, o Todoroki mais velho passou a ser uma pessoa mais fria, rígida e ignorante. Ele não se importava com os filhos, e os forçava a fazerem coisas que eles não queriam.

Segunda chance - BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora