Uma doce nova chance

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Ramé - Algo que é caótico e bonito ao mesmo tempo.

Eu poderia apenas ignorá-lo e nunca mais olhar na sua cara ou quem sabe, fingir que nada daquilo havia acontecido há dois dias atrás

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Eu poderia apenas ignorá-lo e nunca mais olhar na sua cara ou quem sabe, fingir que nada daquilo havia acontecido há dois dias atrás.

Você sabe que não é tão simples como parece, não é?

Droga! É claro que eu sabia. Faziam dois dias que eu não procurava Charlie ou Willy. Os dois postais que Charlie havia me mandado perguntando como eu estava pareciam me fuzilar sobre a mesinha da sala.

- Você está abusando da confiança dele. Uma criança! Ele deixou que você visitasse a fábrica e ainda lhe mostrou quase tudo. Poxa, Meredith!

Já chega. Eu daria um fim nisso. Eu preciso dessa matéria. Eu preciso descobrir seus segredos, Willy.

E, Charlie, me perdoe.

- Fábrica de chocolates Wonka, aqui é Charlie Bucket! O que lhe traz até aqui?
A voz estridente no interfone me fez sorrir.

- Charlie! Aqui é a Meredith. Me.perdoe por não ter lhe respondido, houveram alguns imprevistos e...

Quando me dei conta, um menininho veio correndo enquanto o portão se abria e me abraçou.

Meu coração doeu.

- Senhorita Van Carter! Você voltou! Eu disse para o Willy que você viria mas ele sempre falava que era coisa da minha cabeça.

- Wi - digo, Wonka... Como ele está?

- Bem, pra falar a verdade tenho ficado preocupado com ele - Charlie disse ficando sério - Ele mal sai do escritório e quando sai, fica perambulando pela fábrica como se tivesse algo incomodando.

O único incômodo aqui é você, Meredith.

Repreendi meu subconsciente culpado. Ele estava errado? Óbvio que não. Mas saber que Willy estava assim e que havia uma grande possibilidade de eu ser o motivo estava me deixando mal.

- Charlie, pode me mostrar onde ele está agora? Sinto que precisamos conversar.

- Você vai tentar ajudar Willy?

- Prometo que sim.

Entramos na fábrica e vários Oompa-Loompas andavam para lá e para cá de modo apressado.

- Charlie...desculpe perguntar. Mas de onde eles vieram?

- Ah, segundo o que Willy me contou, eles são da Loompalândia. Ele os conheceu durante uma viagem e propôs uma parceria. Aqui eles têm alimentos, um teto seguro e o que mais gostam: cacau.

Charlie sorriu e eu também.

O mini gravador no bolso do meu casaco de repente pareceu pesar uma tonelada.

- Ele está no escritório - falou o menino enquanto paramos diante de uma enorme porta cor de mogno. - Não precisa bater.

- Tem certeza? E se ele não quiser ser incomodado?

ꜰᴏɢᴏ, ᴘɪᴍᴇɴᴛᴀꜱ ᴇ ᴄʜᴏᴄᴏʟᴀᴛᴇꜱ🍫🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora