Confissões

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⚠️AVISO: Este capítulo será um dos mais longos. Espero que gostem⚠️


Opia - É a sensação que você tem quando olha para alguém nos olhos, e percebe que está ficando mais vulnerável.

Acordei completamente contra minha vontade. A cama estava tão quentinha e confortável que parecia um crime sair dela. Olhei para o lado e vi Willy dormindo pacificamente enquanto seu braço rodeava minha cintura.

As lembranças da noite passada me atingiram em cheio e não pude deixar de esconder um pequeno riso. Não via a hora de contar para meus pais que eu enfim havia desencalhado. Minha mãe iria surtar.

- Bom dia, minha querida. - Willy disse acordando. 

- Bom dia! Dormiu bem?

Um riso safado brotou em seus lábios, me fazendo sorrir também.

- Depois daquilo? Caramba, dormi feito pedra.  Estou morrendo de fome, você praticamente sugou todas as minhas energias.

Senti meu rosto esquentar, como pode esse homem sempre me deixar assim?!

Ele se levantou e tive uma visão dos deuses: seu corpo nu perfeitamente desenhado, iluminado pelos fracos raios de sol que entravam pela janela. 

- Já está com vontade de novo, meu amor? -  disse arqueando uma sobrancelha. Fiquei envergonhada por ter sido pega no flagra, espero que não tenha nenhuma baba escorrendo da minha boca.

- A culpa é sua.

- Minha?

- Sim. Se não fosse tão lindo, eu não estaria aqui babando igual um cachorro vendo frango de padaria.

Willy começou a rir bastante.

- Então agora eu sou um frango de padaria?

- Quase isso...

- Ora... Você me paga, Carter. -  disse pulando em cima de mim na cama e me enchendo com um ataque de cócegas.

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Depois de um bom banho, tomei café na companhia do meu namorado e logo em seguida ele precisou se encontrar com um comprador. Como hoje era domingo, decidi dar uma volta pela cidade, há tempos não tirava um tempo de lazer só pra mim.

As ruas de Londres estavam bem cheias como sempre, crianças corriam de um lado para o outro enquanto suas mães conversavam umas com as outras na calçada. Os carros iam e vinham em um ritmo frenético. Por incrível que pareça, aquele caos me animou.

Estava precisando de roupas novas e decidi dar uma olhada em algumas lojas. Um vestido lindo, longo e azul bem claro chamou minha atenção. Porém o preço dele fez com que o encanto fosse quebrado.

Uma vozinha no meu subconsciente, talvez o meu lado feminino consumista insistia em dizer que agora, eu poderia pedir para meu namorado rico comprar.

- Ora, ele é meu namorado! Nem nos casamos ainda. Eu é que não quero que ele pense que estou só pelo dinheiro. - repetia para mim mesma.

- Mery!

Olhei para uma multidão que atravessava a rua. Uma cabeleira castanha vinha correndo em minha direção acenando freneticamente. Susan.

- Bom dia Susan! Quer surpresa, se eu soubesse que também viria dar uma volta, teria lhe chamado para virmos juntas.

Susan tomava fôlego, as bochechas vermelhas denunciavam seu cansaço.

- Bom dia! Eu saí mais cedo, precisava comprar alguns tecidos. Londres tem tecidos que são bem difíceis de achar em Beaconsfield. Não podia perder a oportunidade! - falou indicando a sacola que carregava.

ꜰᴏɢᴏ, ᴘɪᴍᴇɴᴛᴀꜱ ᴇ ᴄʜᴏᴄᴏʟᴀᴛᴇꜱ🍫🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora