Foi à primeira vista?

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Não é que eu não tivesse nada para fazer? Ou que a Alex não estivesse praticamente gritando no meu ouvido pedindo pela ajuda da Supergirl para prender um alien que estava colocando medo em algumas pessoas no parque? O problema é que eu estava parada a alguns metros do prédio da L-Corp observando a Lena completamente imponente a frente de alguns acionistas, e essa visão era simplesmente de prender atenção.

– Supergirl, precisamos da sua ajuda agora.

– Estou a caminho. – olhei uma ultima vez para a Lena, e em segundos estava ao lado da minha irmã. 

– Onde você estava? Por que demorou tanto? – fitei a Alex, abrir um leve sorriso e sem responder nada a ela, eu seguir em direção ao alien encrenqueiro. – Ei, você sabia que a sua presença atrapalhou algo importante pra mim? – o homem alto de cor quase azul olhou-me com expressão raivosa e seguiu caminhando em minha direção. – Ok! Já entendi, você não gosta de conversa. Tudo bem.

Aproximei-me para socá-lo, mas, os primeiros socos foram todos defendidos por ele.

– Nossa, você é forte. – me aproximei dele novamente e usei todas as minhas forças para acertá-lo e finalmente eu conseguir, e usei as algemas bloqueadoras de poder nele e o entreguei aos agentes do DOE que o levaram para uma van para que ele fosse transferido para a agencia. – Posso ir para casa, ou ainda vai precisar de mim? – perguntei ao me aproximar da Alex que me fitava com olhar inquisidor. – O que foi?

– Onde você estava quando a chamei?

– Estava ocupada. Eu posso ir, ou o DOE ainda vai precisar de mim?

– Você pode ir, mas depois eu irei passar no seu apartamento.

– Tudo bem, mas leva pizza. – levantei voo e seguir em direção ao meu apartamento, mesmo desejando passar pela L-Corp novamente.

Me joguei no sofá e fiquei fitando o teto do meu apartamento com o pensamento na minha amiga de olhos verdes e que eu amava ficar admirando, de perto ou de longe.

– O que eu faço? Eu a amo tanto, e eu sei que eu tentei me enganar ao entrar em um relacionamento com o Mon-El por acreditar não ter nem uma chance com ela, mas eu me apaixonei pela Lena. Eu não sei se foi à primeira vista, se foi naquela entrevista que ao lado do Clarck questionamos a Lena sobre o acidente do ônibus espacial, eu só tenho absoluta certeza que eu a amo. Será que ela ainda está na L-Corp? 

Sem pensar muito eu coloquei o meu traje e voltei a voar em direção a L-Corp para ver a Lena, eu ainda tinha tempo antes da Alex chegar ao meu apartamento.

– Espero que ela não se assuste com a minha presença. 

Pousei na sacada da L-Corp e abrir um leve sorriso quando a Lena olhou em minha direção com curiosidade.

– Supergirl? Algum problema? – ela se colocou de pé e caminhou em direção à sacada. – Devo me preocupar com a sua visita?

– Não! Eu só queria saber se a senhorita está bem? – Lena arqueou a sobrancelha e isso aumentou um pouco mais as batidas do meu coração.

– Você sabe que não somos amigas e que não há razão para você se preocupar com o meu bem estar? – ok, essa resposta em forma de pergunta doeu mais do que um soco inglês feito de kryptonita. 

– Mas podemos ser, se você permitir. E eu sei senhorita Luthor, que essa distancia que nos foi colocada foi culpa minha, eu agir por medo quando pedir ao James para invadir o seu laboratório para ver se ainda havia kryptonita, e eu me arrependo muito de ter feito isso e torço para que um dia a senhorita me perdoe.

– Não entendo por que você se preocupa tanto com o fato de não sermos amigas Supergirl, isso é supernormal, você é uma super e eu sou uma Luthor, esse é o nosso destino.

– Não concordo. Eu acredito que a nossa amizade será muito melhor para o mundo do que essa distancia que está existindo nesse momento. – cruzei os meus braços sobre o meu busto e dei alguns passos em direção a Lena. – Me desculpa pela minha covardia, pelo meu medo da kryptonita?

– Posso te fazer uma pergunta Supergirl?

– Pode, fique a vontade.

– Você acredita que eu seria capaz de machuca-la, que eu seria capaz de usar a kryptonita contra você?

– Não, eu não acredito nisso. – fitei o chão por alguns segundos e depois voltei a fitar os lindos olhos verdes da Lena. – Se um dia você usar a kryptonita contra mim Lena, eu prefiro morrer do quê carregar a dor que isso provocaria em meu peito.

– O que você quer dizer com isso, Supergirl? – me aproximei um pouco mais da Lena, descruzei os braços e levei minha mão direita até o rosto da Lena fazendo um carinho com o dorso. – Supergirl.

– Isso quer dizer senhorita Luthor, que essa kryptoniana aqui se apaixonou por uma Luthor. – recolhi minha mão ao notar a surpresa na expressão da Lena, e dei um passo para trás pensando no que eu havia acabado de falar. E sem esperar por uma palavra da Lena eu sair voando de volta para o meu apartamento, não acreditando no que eu falei. – Eu não acredito que eu falei para ela? – troquei de roupa e fui atrás de um pote enorme de sorvete em minha geladeira.

Enquanto eu me deliciava com o meu sorvete eu pensava como eu iria olhar para a Lena agora depois de confessar os meus sentimentos. Qual a chance de Lena Luthor dar uma chance a Supergirl, uma alien?

– Por que será que eu estou sentindo um clima tenso nesse apartamento? – Alex falou enquanto sentava-se ao meu lado e eu sequer notei a entrada dela. – O que aconteceu?

– Ainda não estou preparada para falar sobre esse assunto.

– Tudo bem, mas você sabe que eu sempre estarei aqui com você.

– Eu sei. – coloquei minha cabeça deitada no ombro da minha irmã enquanto ela me abraçava. – E você, quer dividir algo comigo?

– Eu estou pensando em convidar a Sam para sair, mas estou com medo de está confundido tudo o que estamos vivendo.

– A Sam gosta de você Alex, se não for de forma romântica, eu tenho certeza que ela não irá se chatear com o convite, isso não prejudicará a amizade de vocês. E eu não acredito que você receberá um não, minha opinião.

– Quer saber, eu vou aproveitar que estou com coragem e vou ligar e convidar ela pra sair.

– Tem meu apoio. – Alex pegou o celular e discou para Samantha, enquanto eu fui à cozinha pegar uma garrafa de cerveja para ela. Ela iria precisar após falar com a Samantha.

E enquanto minha irmã conversava com a minha futura cunhada, eu pensava na minha amiga e no que eu havia falado para ela. Antes de ir para a Catco passarei novamente na L-Corp para falar com a Lena.

– Kara? – me voltei para Alex e caminhei de volta para sala e pelo sorriso que estava estampado no rosto da minha irmã, a Samantha aceitou o convite. – Ela disse sim.

– Eu sabia que a Samantha não iria perder a chance de sair com essa ruiva linda e forte. – estendi a cerveja para Alex.

– Agora estou ansiosa, preciso pensar onde leva-la, ou será que eu preparo um jantar no meu apartamento?

– Vai cozinhar pra ela?

– Será que ela iria gostar?

– Tenho certeza que sim, mas para um primeiro encontro você deveria levar ela em um restaurante, um com clima romântico.

– Você está certa, do jeito que eu estou nervosa eu seria capaz de queimar tudo e errar nos temperos. – concordei com a minha irmã.

Ficamos conversando até tarde da noite, e quando Alex decidiu que iria embora eu a convenci de ficar e dormir em meu apartamento, ela já tinha bebido muito e não estava em condições de pilotar sua moto até o prédio dela.

Quando o meu mundo deixou de ser Krypton  Onde histórias criam vida. Descubra agora