Um sim para nós

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De todas as reações que eu esperava da Lena, com certeza ser abraçada não era umas delas, mas sem dúvida essa foi a que eu amei.

- Me perdoa por não ter falado antes. Eu juro que eu estava esperando o momento certo. 

- Eu estava quase desistindo do meu amor por você, pela Supergirl, e era você o tempo todo se declarando pra mim. - sentir meu coração acelerar as batidas e me afastei um pouco da Lena para ver seu rosto que me fitava com um sorriso misturado a lágrimas. 

- Era por causa da Kara Danvers que a Supergirl não tinha uma chance? - perguntei com um sorriso bobo no rosto enquanto a Lena apenas ria. - Eu sou uma lenta mesmo para enxergar as coisas. - voltei a tomar o corpo da Lena em meus braços, aconchegando-a junto ao meu corpo. - Eu te amo, e vou respeitar a sua decisão, seja ela qual for.

- Promete?

- Prometo. - ficamos por mais um tempo abraçadas,  até que a Lena se afastou para ler o resultado do exame. - Estou aqui com você e não vou a nem um outro lugar.

Lena respirou fundo e começou a ler o papel, e pela mudança do ritmo cardíaco dela eu soube que o resultado era positivo. 

- Quatro semanas, como o Lex falou. Eu preciso ir para casa.

- Posso ir com você? 

- Kara…

- Eu sei que você precisa de espaço para entender tudo o que está acontecendo, eu só quero garantir que vou está lá quando você precisar de mim.

- E a Catco e o DOE,  eles não precisam de você? 

- A Catco eu posso recompensar com mais trabalho e dedicação depois, quando você estiver bem. E quanto ao DOE, eu tenho certeza que a Alex e os outros podem cuidar de tudo sem mim.

- Tudo bem, podemos ir. Eu só preciso passar na minha sala para pegar minha bolsa e falar a Jess que ela deve informar a Samantha que a  CFO está no comando da L-Corp até uma segunda ordem.

Assim que entramos na cobertura da Lena, eu precisei tomar dela um copo de uísque que ela havia se servido.

- Kara…

- Desculpa, mas até você falar o que quer fazer com essa gravidez, eu não vou permitir que consuma álcool. - irritada Lena se dirigiu até o sofá e sentou, enquanto eu fui até sua cozinha e busquei água para ela. - Bebe,  você deve está com a garganta seca. - enquanto a Lena bebia toda a água eu apenas a observava tentando assimilar a possibilidade de eu me tornar mãe de um filho da mulher que amo.

O Lex poderia ser um louco, e ter usado de todo seu conhecimento para fazer algo que provavelmente tem um tom de maldade no futuro, mas não posso ignorar o fato de que ele pode ter me dado o melhor presente do mundo.

- Kara, o DOE pode me considerar uma ameaça por eu estar carregando no ventre um ser criado pelo Lex? - fitei os olhos da Lena e pensei em sua pergunta. - Eu sei que ele falou que uniu o nosso DNA, mas isso não muda o fato de que tudo foi feito por ele. Como podemos confiar que esse bebê não passa de um plano maligno do Lex?

- Se esse bebê for criado pelas mães dele, ele jamais será um ser maliguino Lena. Só precisamos protegê-lo de ser levado pelo Lex, e ele se tornará tão herói quanto nós duas. E quanto ao DOE considerar esse bebê uma ameaça,  eles não farão isso ou ganharão uma inimiga. Eu sou capaz de tudo para proteger você e esse bebê, se você decidir que quer ele. 

- Você o quer?

- Eu sempre acreditei que me tornar mãe biológica seria algo impossível devido a minha biologia kryptoniana, mas agora diante da possibilidade, eu não posso mentir com relação ao que eu tô sentindo. Eu tô feliz. Mas isso não muda o meu posicionamento quanto a te apoiar em qualquer decisão que você tomar.

Quando o meu mundo deixou de ser Krypton  Onde histórias criam vida. Descubra agora