Cap. 10

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Julie

Saio de casa e vou em direção ao meu carro, ligo o mesmo e começo a dirigir.

Um amigo de uma amiga minha tá fazendo uma festa em uma boate.

Eu não tava muito afim de ir não, mas eu tô precisando beber umas.

Sem contar que a minha amiga ia jogar na minha cara a vida inteira que eu vim pra cá e não fui em uma balada.

Chego no prédio em que vai acontecer a festa, e que outa boate hein, vou até anotar o nome mentamente pra mim vir aqui outro dia.

Chego na porta e falo meu nome, o segurança me olhou de um jeito estranho mas me deixou entrar.

-Menina, eu achei que você nem vinha - minha amiga, Hannah, fala.

-E nem ia vir, mas fiquei afim de sair. Queria ficar em casa maratonando série - digo.

-Pior que a minha vó hein - ela fala e eu rio.

-Cadê o aniversariante? - pergunto.

-Tá por aí - ela fala.

-Tá sabendo legal hein - falo.

-Não sou babá de ninguém - ela da de ombros.

-Tá bom tá bom, eu vou procurar ele. Bye - saio andando.

Depois de rodar o lugar, eu acho o Philipe (aniversariante).

-Eae seu hétero - falo abraçando ele de lado e ele faz uma careta.

-Credo - ele fala e eu rio.

-E essa, quem é? - um moço alto, de cabelos loiros, pele clara e olhos azuis pergunta.

-Essa é a Julie, Julie esse é o Leonardo - Philipe nos apresenta e o Leonardo estende a mão.

-Prazer, Julie - aperto a mão dele.

-Prazer só na cama - falo e ele sorri.

-Com certeza.

-Ihhhhhh vai dar casal - Philipe fala.

-Vai nada - rio - eu vou voltar pro Brasil antes que dê tempo de me apaixonar por alguém.

-Eu levei isso como um desafio - Leonardo fala e ergue a mão direita.

-Desafio feito - Philipe estende a mão pro Leonardo.

-Oxi - digo confusa.

-Quanto tempo você vai ficar aqui? - Philipe pergunta me olhando.

-Uns dois meses, eu acho.

-Leonardo, você tem dois meses pra conquistar a Julie - Philipe fala.

-Ah para, isso é palhaç - sou interrompida pelo Leonardo apertando a mão do Philipe - virei aposta - me jogo em uma cadeira.

-Relaxa Jujuba - Philipe fala - não tá valendo dinheiro - ele sorri malandro.

-Pelo menos né - ergo a mão pra chamar o barman.

-Falando nisso - Philipe fala - cadê meu presente?

-Sem presente pra você - falo e o barman chega - uma vodka por favor.

-Vai começar pelo mais forte? - Leonardo pergunta.

-Gosto dos mais fortes - o barman me entrega a bebida e eu dou a primeira golada.

(...)

-Ok, chega de bebida pra você - Hannah grita tentando ser mais alto que a música.

-Mas eu ainda tô com sede - tento me soltar das mãos do Leonardo, que estavam segurando a minha cintura.

-Beba água então - ele fala - vou te levar pra casa, vamos - o mesmo me puxa.

-Ah não, só mais um pouquinho - digo.

-Vai logo Julie - Hannah fala.

-TÁ! - digo - fala pro Philipe que o presente dele tá no escritório lá em cima.

-O que que é? - Hannah pergunta.

-Um peguete pra ele - falo e rio.

-Misericórdia - Leonardo fala - bora pra casa - ele me pega no colo igual o príncipe pega uma princesa.

Ele sai esbarrando nas pessoas até achar a saída, coloco meu nariz no pescoço dele e cheiro.

-Você usa o mesmo perfume que o meu irmão, eu gosto do perfume do meu irmão - digo e ele ri.

-Então eu sou cheiroso? - ele me olha.

Nós já estávamos na rua indo em direção ao carro dele.

-Não - jogo minha cabeça pra trás - seu perfume é.

-Mas ele tá no meu corpo, ou seja, eu sou o cheiroso - ele sorri convencido.

-É nada - ele para em frente a um carro - meu carro é mais chique - desço no chão.

-Ah é? - ele sorri e me olha provocativo.

-Haham, não gosto de Range Rover - digo e cruzo os braços.

-Do que você gosta então? - ele se aproxima.

-Varias coisas, você poderia ser uma delas. Mas não é - digo e me encosto no carro.

-Ainda - ele fala se aproximando.

-Como assim? - olho pra ele confusa.

-Eu ainda não sou uma das coisas que você gosta - Leonardo para a centímetros do meu rosto.

Eu consigo sentir sua respiração na minha pele, se eu estivesse sóbria, eu daria um jeito de dar no pé.

Mas eu não tô.

Antes que ele pudesse falar ou fazer alguma coisa, eu fecho a distância entre nós, e o beijo.

Ele afunda uma das mãos no meu cabelo e a outra na minha cintura, me prendendo mais contra o carro.

Sinto sua língua pedir passagem, e eu deixo.

Sua mão abandona a minha cintura, e no mesmo momento eu sinto saudade do calor da sua mão, e abre a porta do carro.

Nós dois entramos no banco de trás e eu me deito fazendo Leonardo vir por cima.

-Essa foi a melhor aposta da minha vida - ele cochicha no meu ouvido e morde o mesmo.
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Continua...

O Diretor Onde histórias criam vida. Descubra agora