Cap. 31 (parte 1)

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Megan

Sentada sobre o banco do carro, com a cabeça escorada no vidro, começo a pensar sobre tudo, e também tentar aprimorar meu plano. Eu tive uma ideia, como irei executá-la é outra coisa.

Fui obrigada a trazer o Iam junto, afinal, eu estou sem carro e eu que não vou ir andando.

-Qual o plano? - Iam pergunta ao perceber que estamos perto.

-Bom - tiro a cabeça do vidro - vamos entrar no hospital e você vai chamar a secretária com alguma desculpa, e então eu vou ir no balcão e procurar o molho de chave, em seguida eu vou no último andar, aonde fica as câmeras. Fica com o celular atento que eu vou te chamar quando estiver no andar. Você vai lá e distrai o segurança, geralmente esses seguranças que cuidam das câmeras não fazem nada a não ser comer rosquinha com os pés apoiado na mesa, ou dormem, então não vai ser difícil. Eu vou entrar no histórico de gravações e ir no dia em que eles morreram, o quarto deles era o 326, mas eu também vou ter que olhar o corredor, e as gravações do lado de fora depois que a mulher saiu do hospital. Quando eu terminar eu te ligo e você me espera no carro, e se alguma coisa der errado, apaga o segurança. E então, se eu conseguir achar alguma coisa, a gente vai atrás dela.

-Alguma ideia de como eu posso distrair eles?

-Bom, a secretária você pode seduzir, já o segurança eu não sei - dou de ombros.

-Isso é loucura - ele diz negando a cabeça e estacionando o carro no estacionamento do hospital.

-Eu não te obriguei a vir, você veio porque quis - digo por fim e saio do carro.

Começo a andar no estacionamento quase vazio em direção ao hospital, mas sinto meu braço sendo puxado e em seguida, me choco com um corpo.

-Eu vim porque eu quero te proteger... - Iam começa a falar mas eu o interrompo.

-Eu sei me virar.

-Eu não terminei - diz me olhando nos olhos - eu já fiquei três meses sem te ver, sem te tocar, sem te beijar, sem conversar com você. E quando eu finalmente consigo te ver, você decide fazer uma loucura dessas, e que pode causar a sua morte Megan. Os caras mataram sua família, e você se joga de cabeça como se você estivesse jogando em um vídeo game, mas não é assim que funciona. Você acha que eu vou ficar parado vendo a garota pela qual eu me apaixonei cavando a própria cova, sem fazer nada?

Olho pra ele por alguns segundos digerindo tudo o que ele disse, seus braços estavam em volta da minha cintura, e minhas mãos apoiadas em seu peito.

Bom, é o certo né.

-Eu... Só não atrapalha nada tá? Se eu quiser fazer alguma coisa, me deixa fazer. Eu tenho total noção de que eu posso bater as botas nisso, mas vai ser por uma boa razão, e até porquê, se eu morrer, eu vou ver minha família - sorrio e Iam fica sério - se alguma coisa acontecer, se eu me machucar e estiver quase morrendo, eu quero que você me prometa que você não vai me ajudar, não vai tentar me salvar.

-Megan...

-Promete Iam. Me promete que você não vai se arriscar se alguma coisa acontecer comigo, e se a coisa ficar feia, você vai dar as costas e ir embora. Me promete, por favor.

Ele fecha os olhos e respira fundo, prendendo o ar por alguns segundos, e então, ele abre os olhos e olha bem fundo nos meus olhos.

-Eu não vou prometer isso - ele diz e eu fecho os olhos abaixando a cabeça - eu não posso prometer isso. Se alguma coisa acontecer com você, eu vou me arriscar sim pra te salvar, nem que no fim nós dois morra - ele solta minha cintura e segura meu rosto, erguendo-o. Abro os olhos e olho na sua direção, focando em sua íris - eu tô junto com você nessa, e se alguma coisa acontecer com você, eu vou te ajudar, nem que seja a última coisa que eu faça.

O Diretor Onde histórias criam vida. Descubra agora