Cap. 26

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Megan

*Flashback*

Após ouvir o que meu pai falou, eu dei uns três passos para trás assustada, mas acabei tropeçando nos meus próprios pés, e caindo no chão.

Eu soltei um chiado de dor e os dois homens perceberam minha presença. Meu pai ficou irritado, e se levantou, mas o outro homem sorriu pra ele e colocou a mão em seu peito, impedindo-o de vir na minha direção.

Ele olhou pra mim e sorriu, então veio até mim.

-Você deve ser a Megan, não é? - perguntou com um sorriso estranho e eu apenas acenei com a cabeça - o que você faz aqui, Megan?

-E-eu me p-perdi - menti.

-Na sua própria casa? - seu sorriso aumentou.

-S-sim - gaguejei.

-Okay, então volte para o seu quarto - ele falou e eu levantei correndo dali.

*Flashback*

Já faz duas semanas que a minha mãe está internada, sem nenhuma melhora ou piora, apenas deitada na maca, ainda em coma.

-Meninos - Julie entrou no quarto onde eu e João estávamos com minha mãe - vão pra casa descansar e tomar um banho, eu fico aqui com ela.

Nos entre olhamos e ele acenou com a cabeça pra mim. Levantamos e ele saiu do quarto sem falar nada.

-Obrigada - sorri pra ela.

-De nada - me deu um beijo na bochecha - Iam está no estacionamento pra te levar.

Olhei pra ela e ergui a sobrancelha, sai do quarto e fui até a recepção, chamei João e nós fomos até o estacionamento.

Procurei o carro de Iam, e achei, peguei na mão do João e o arrastei até o carro.

-Quem é esse? - perguntou assim que parei do lado do carro.

-Ela é minha amiga - Iam abaixou o vidro do passageiro e falou.

-Aham, sei - ele falou e abriu a porta de trás, entrando.

Abri a porta do passageiro e entrei, Iam deu a partida e nós fomos embora.

O carro estava silencioso, sem nenhum barulho nem de respiração.

-Você não é o diretor da escola? - João finalmente falou.

Eu e Iam nos olhamos, com um pequeno pânico nos nossos olhos.

-Sou, mas conheci a Megan por meio do meu irmão.

-E vocês não tem nada?

-João - o repreendi.

-Não posso saber?

-Não - respondi.

-E por que não? Só quero saber se a minha irmã está pegando o diretor.

-A gente não tá se pegando, beleza? Agora fica quieto - falei.

-Chegamos - Iam falou meio desconfortável.

-Obrigada - João falou e saiu do carro.

Olhei para Iam e sorri em agradecimento.

-Obrigada, pela carona e por me deixar faltar na escola.

-Sem problemas - ele sorriu e piscou pra mim.

Saí do carro e fui até a porta de casa, ouvi Iam sair com o carro e abri a porta, João entrou na frente e eu logo em seguida.

Assim que eu fechei a porta, alguém bateu nela, João olhou pra trás assustado e eu arregalei os olhos.

-Eu atendo - ele cochichou.

-Nem fudendo! - cochichei de volta irritada.

-Vou sim, saí da frente - ele passou por mim e abriu a porta.

Fiquei parada estática olhando pra ele abrindo a porta. E foi como ter aberto a porta do inferno.

Um homem alto com uma máscara preta que cobria todo o rosto, e roupas também pretas e assustadoras.

Ele ergueu uma arma e apontou para mim, que estava atrás do João, meu sangue gelou e eu senti minha pressão baixando.

Fiquei paralisando quando vi ele colocar o dedo no gatilho. Então em um movimento quase impossível de se ver, ele apontou para baixo e acerto uma bala na barriga do João.

-Não! - gritei desesperada quando ele caiu no chão.

O homem simplesmente foi embora me deixando ali com o meu irmão sagrando horrores. Fiquei implorando em meio as lágrimas para ele acordar e fiquei pressionando sua barriga.

Com a mão suja de sangue, peguei meu celular e liguei pra ambulância.

(...)

Me sentei em uma poltrona que ficava no meio da maca da minha mãe e do meu irmão. Uma enfermeira entrou no quarto com dois pacotes de soro.

-Oi - ela sorriu docemente pra mim e eu apenas acenei com a cabeça.

Ela trocou o soro do meu irmão, e da minha mãe e saiu do quarto. E então, do nada, minha mãe começou a convulsionar, e logo em seguida meu irmão.

Entrei em pânico e corri até o corredor chamado os médicos. Vários entraram juntos, e no fundo, eu vi a tal enfermeira tirando uma peruca e saindo do hospital.

-Senhorita, você não pode ficar aqui - o médico tentava me tirar dali, mas eu me negava.

-Megan - olhei pra trás e vi Julie - vem - ela me abraçou e me tirou dali.

(...)

-Senhorita Armani? - ouvi meu nome.

Acordei e levantei a cabeça da cadeira, olhei para o homem de uns 50 anos de jaleco na minha frente.

-Sim? - perguntei curiosa.

Ele abaixou o olhar e eu apertei a mão da Julie forte, fazendo-a acordar, em seguida ele olhou para meu rosto novamente e falou:

-Nenhum dos dois conseguiram sobreviver.
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Continua...

Aí gente, eu tô tão feliz pelo desenvolvimento da história, vocês são simplesmente perfeitos, muito obrigada, sério.

E me desculpem por algum erro ortográfico, as vezes acabo escrevendo muito rápido.

E desculpa pela demora, tô meio corrida na escola com várias provas então tá meio difícil. Mas eu espero que vocês estejam gostando da história.

O Diretor Onde histórias criam vida. Descubra agora