Chapter Fourteen

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Josh Beauchamp

Any está totalmente no clima de karaokê. Duas taças de espumante e bum . Ela está no palco.

Não é nem a vez dela, mas acho que essa é uma das vantagens de ser linda e ter uma amiga igual. Bastaram oito segundos e dois sorrisos bonitos de Sabina e Any (com uma ajuda do decote de Sabi, acho) para convencer os caras que eram os próximos da fila a deixar que as duas passassem na frente.

— Sua garota é boa nisso — Noah me diz, sentando ao meu lado com um copo de uísque.

Fico tenso por uma fração de segundo ao ouvir Noah se referir a Any como minha garota, mas sei que ele já disse isso um milhão de vezes, quando ainda não tínhamos transado, e ele só quer dizer que ela é... bom, minha garota. Mas não nesse sentido.

Enfim.

Any canta bem. Muito. Ela e Aabi escolheram uma música antiga do Destiny's Child — o tipo de música que eu não saberia nomear ou dizer de quem é nem se minha vida dependesse disso, mesmo conhecendo a letra inteira.

O bar está adorando as duas.

É raro aparecer alguém num karaokê com uma voz e um visual arrasadores, mas é o caso de Any.

A voz de Sabi não é tão boa, e ela se limita ao acompanhamento, mas está longe de ser desafinada. Além disso, está mais do que compensando a falta de talento vocal com dança.

Ao terminar, elas são aplaudidas de pé, e voltam para a mesa aos risos.

Any pega minha bebida e dá um gole enorme.

— Delícia!

— A cerveja ou o palco? — pergunto.

— As duas coisas. — Ela se recosta no assento com um sorriso. — Acho que a gente precisa de mais champanhe.

— Você sempre acha que a gente precisa de mais champanhe — Sabina diz. — Mas dessa vez eu concordo.

Noah chama um garçom com cara de tédio e pedimos outra rodada enquanto Sabina e Any se preparam para a próxima música.

— Vamos colocar nosso nome na lista — diz Sabina. — Apesar de que com certeza vão deixar a gente furar a fila depois da nossa apresentação.

— Tá. Só preciso de uma bebida primeiro — Any avisa. — Uma dose de coragem.

— Hum-hum — Sabina responde. Em seguida seus olhos cor de mel se voltam para mim. — Faz um dueto comigo, Beauchamp.

Paro de beber a cerveja e noto que Any lança um olhar de surpresa antes de se virar para mim.

Faço que não com a cabeça.

— Sem chance. Chama o Noah.

— De jeito nenhum — ele retruca. — Eu não canto.

— Pensei que o karaokê tivesse sido ideia sua — Any comenta, inclinando a cabeça.

— Gosto de ver outras pessoas passar vergonha — ele diz, apontando para o palco, onde um grupo de mulheres embriagadas atropela a letra de "Girls Just Wanna Have Fun".

— Qual é? — Sabina insiste, me dando um chute de leve por baixo da mesa. — Vai ser divertido.

Olho para Any, que dá de ombros.

— Vai lá. Sua voz é melhor que a da maioria das pessoas que está cantando.

O que Any não diz é que em geral eu canto com ela. A gente ia ao karaokê quase todo fim de semana na época da faculdade, escolhendo desde baladas country até hits. É divertido. Ou pelo menos costumava ser.

Mais Que Amigos (Adaptação Beauany)Onde histórias criam vida. Descubra agora