Chapter Thirty

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Josh Beauchamp


Um mês depois.


Gabrielly e eu estamos de volta ao normal.


Ela ainda está morando com Pedro, claro, então não dividimos mais a mesma casa.


Mas de resto está tudo como antes de começarmos a transar.


As brincadeiras, as risadas, a conversa fácil.


As caronas. Ela vem me pegar toda manhã em seu carro hippie, me traz de volta no fim da tarde, e assunto nunca falta.


Como antes.


Os Soares me convidaram para passar o Natal com eles, e fiquei tentado a ir. Principalmente considerando a situação de Priscila.


Mas, no fim, acabei indo visitar minha família no Michigan. Foi meu primeiro Natal lá desde que me formei.


E foi importante.


Um recomeço, não apenas para diminuir minha dependência de Gabrielly e sua família, mas também para me reaproximar da minha família.


Acho que fiz alguns avanços. Durante as festas, fiz um esforço para me colocar de igual para igual em relação aos meus irmãos — fazer todos entenderem que, só porque decidi escolher outro caminho, não significa que não possa ser bem-sucedido.


Minha mãe ainda não conseguiu aceitar por inteiro minha decisão de não me tornar advogado apesar de "todo o sacrifício" que ela fez, mas consegui um belo avanço com meu pai e minha madrasta. 


O suficiente para ficar ansioso pela visita que eles ficaram de me fazer em fevereiro.


Considerando tudo, minha vida está boa como não ficava fazia tempo — deixando de lado, claro, o fato nada irrelevante de que tenho sentimentos muito, muito complicados por minha melhor amiga.


Sentimentos que me devoram quando estou sozinho à noite, quando a solidão e a escuridão me imploram para que confesse para ela o que sinto.


Mas, quando nos vemos no dia seguinte e ela conta uma história engraçada sobre ter sujado até o teto de vitamina em uma tentativa de fazer o café da manhã para Pedro, lembro a mim mesmo que, se gosto mesmo dela — e gosto, mais do que tudo —, preciso permitir que seja feliz.


E a felicidade dela é Pedro.


O que me leva à notícia que estou prestes a dar...


Gabrielly já está acomodada no assento do motorista, digitando no celular, quando entro no carro depois do trabalho. 


— Ei, que tal um karaokê hoje à noite? —  ela pergunta quando me acomodo no banco. 

Mais Que Amigos (Adaptação Beauany)Onde histórias criam vida. Descubra agora