kisses and escapes

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~Capítulo 11~

Um fina chuva começa a cair, de baixo dela caminho sem rumo pelas calçadas do Brooklyn. Talvez eu devesse voltar, não para o hotel mas sim para casa. Me pego pensando que seria muito melhor está com Noah em meu braços agora, sentindo seu cheiro de quem acabara de sair do banho, acariciando sua cabelos sempre macios. Ao invés disso caminho devagar pensando em alguém que não vale a pena ser lembrado. A chuva engrossa, sou obrigado a parar embaixo de um toldo vermelho em frente a uma loja de chá.

Enfio minhas mãos dentro dos bolsos do casaco, estou tremendo — Meus Deus como está frio — Penso. Um gota grosso de água escorre pela minha testa e para na ponta do meu nariz. Estou congelado aqui, me viro para a vidraça atrás de mim e vejo duas pessoas me encarando. A mulher loira, com nariz empina me olha como se eu fosse algo sujo. O rapaz franze o cenho, mas sorri. Me arrependo mais uma de ter saído de casa.

A chuva não cessou, por isso decidir pedir um táxi. Enquanto o carro se movia rápido pelas ponte de Manhattan, eu ouvia meus recados. Quatros deles era de Kate, dois do meu pai(Simon) e um era dele. Afasto o telefone da orelha quando ouço sua voz, mas não resisto muito...

...Estou completamente arrependido do que fiz, por favor me perdoe — Sua voz soa triste, temo que eu já tenha perdoado ele — Fui um babaca, eu sei. Vá ao baile, não precisa está perto de mim, nem falar comigo. Me liga, por favor... Me desculpe.

Me pergunto como ele consegue fazer isso, de me deixar sem ar. Ele me coloca em uma posição onde eu tenho que ir contra tudo que acredito, suas simples palavras conseguem ecoar por minha cabeça me causando dúvidas. Solto um longo suspiro irritado. O carro para em frente ao Empire, desço excitante depois de pagar ao motorista. Atravesso o saguão ensopado, e coberto por olhares alheios sob mim. Mas nenhum dele me faz sentir medo, continuo andando até está no elevado.

Enfio o cartao-chave na porta e abro. Estou cansado e molhado, tudo o que quero é um banho quente e longo. Ao acender a luz encontro ele deitado em minha cama, sem camisa apenas usando a calça de mais cedo. Seus cabelos estão desgrenhados, seu peito nu sob e desce tranquilamente. Vê-lo tão vulnerável assim me faz sorrir, quero beija-lo, abraçar ele, mas lembro de mais cedo e logo passa. Em silêncio entro no banheiro e por precaução tranco com a chave. Foram longos trinta minutos embaixo da água corrente e quente, volto ao quarto e ainda o encontro dormindo. Certamente está cansado, e eu entendo que não deve ser fácil ser CEO de uma empresa multimilionário.

— Onde estava? — Sua voz sai rouca, baixa ao ponto de sair como um Sussuro.

Continuo de costas, penteando meu cabelo. Não quero falar com ele, não gostaria que ele estivesse aqui, mas está, e não tenho como fugir. Me viro devagar e tento parece bravo, por que realmente estou.

— Não é da sua conta — Digo, ríspido — Obrigado por me envergonha hoje — Sorrio ironicamente.

— Eu envergonhei você? — Diz ele, com o sorriso que me irrita tanto — Por que não seguiu o combinado?

— Não sou sua bonequinha — Digo, voltando a olhar para o espelho — Você se acha dono do mundo, ou melhor, de mim, mas não sou seu!

— Ainda! — Sinto meu corpo esfriar, Mordo meus lábios prendendo o sorriso, mas não me viro — Por que lutar tanto contra um sentimento que, nos dois sabemos que você tem.

— Não sei do que você está falando — Engulo em seco.

— Por que fugir? — Diz ele, ficando de pé, encaro meus olhos contra o espelho tentando não olhar para seu peito nú — Vai dizer que não gosta de mim.

Nosso segredo - Próxima faseOnde histórias criam vida. Descubra agora