Say goodbye

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~capítulo~ 15

As luzes deixavam o salão com uma coloração inigualável, estava tudo perfeito ao ponto de eu querer pausar aquele momento para sempre. Estava tudo pronto pro baile de formatura, tudo em seus devidos lugares. Por um momento me senti orgulho por estar ali por trás de tudo, sei que me pai também estaria. Logo atrás de mim estava Noah, vestido a caráter com um terno branco e preto. Sua belezas as vezes me impressionava, e poucas vezes me sentia sortudo por um dia ter estado com ele.

Balanço meus pés de um lado para o outro dançando no rotina da música. Todos levaram mesmo à sério essa coisa de alta costura, me sentiria destoado se não estivesse usando Cristian Dior, me sinto poderoso dentro de roupas caras, me sinto como... príncipe Hastings. Era como me chamavam. Talvez eu devesse assumir meu posto e reinar sob isso.

Sinto uma mão ao redor da minha cintura. Noah beija o canto da minha boca depois que devido cautelosamente. Eu sei que não deveria fazer isso agora mas, quantos for menos doloroso será.

— Temos que conversa — suspiro

Ele balançou a cabeça e me segui-o por entre as pessoas até estarmos do outro lado, próximo as mesas. Sentei e ele a minha frente.

— Por que tanto mistério? — Indagou.

— Eu sinto muito ter te arrastando pra tudo isso — resolvi ir direto ao ponto — Fazer você se assumir pros seus pais e ter que ir pro outro lado do país... Eu só, me sinto muito culpado por isso. Sei que você vai dizer que nada disso é minha culpa, mas em partes é sim. E... — Engulo seco, quando percebo seus olhos fixados em mim.

— Tudo bem? — Ele quebra o silêncio. E não consigo mais, abro minha boca várias vezes e nada sai. Por que é tão difícil terminar com alguem. Noah me abraça forte.

— Ah, Noah — me afasto dele delicadamente — Eu tô tentando terminar com você — pestanejo, segurando as lágrimas que já trasbordavam meus olhos.

— O que? — perguntou, tão surpreso quanto eu com sua reação — Sobrevivemos a tantas coisas e quando as coisas estão finalmente andando você quer desistir?

— Sobrevivemos? O meu pai morreu! — Digo com indignação.

— E eu sinto muito Sam — Disse ele — E eu te dei cinco meses de tempo, esperei por você. Entendi o seu luto e respeitei suas escolhas. Tudo o que eu fiz por você, por que eu te amo!

— Então para de me amar! — esbravejei, algumas pessoas ao redor começaram a nos olhar. Kate do outro lado do salão veio como uma bala quando percebeu o que estava acontece.

— Tudo bem? Que tal conversarem em um lugar mais privado? — sugeriu ela.

— Não temos nada mais pra conversar! — Noah me olhou furiosos, e isso doeu mais que qualquer coisas que ele poderia vir a falar. Ninguém disse que seria da fácil, nenhum dos meus relacionamentos anteriores terminaram de uma forma fácil. Kate, mike, Dan... É uma lista grande quanto se tem apenas dezessete anos. De todos ele Noah é com com certeza o que me machucou mais.

O baile não fazia mais sentido para mim, me despedir de alguma amigo e fui pra casa. Meu pai estava trancado em seu escritório como de costumo, então resolvi não incomoda-lo. Subo as escadas devagar com meu blazer nas mãos, sinto um enorme álibi quanto tiro os sapatos que apertaram meus pés durante horas e quando me jogo nada cama e que cai sob minha a ficha de tudo o que aconteceu essa noite — A vida é com certeza uma porra, e pretendo não me apaixonar tão cedo — penso.

Sentado na varanda da minha casa, bebericando meu café enquanto meu pai está sentado nos degraus da escadas transcrevendo algo de um papel velho, penso como esse momentos são importantes. Éramos três e não sabíamos valorizar a vida, estávamos sempre de lá para cá preocupados com algo ou alguém, nunca parando para aproveitarmos realmente. Meu pai( Erick ) foi a melhor pessoa do mundo para mim e pretendo ser negado dele um dia.

— Pronto! — meu pai se virou para mim — toma! — Disse, estendendo sua mão e me entregando o que parecia ser uma carta — Seu pai escreveu isso quando você tinha dez anos. Ele estava preocupado que o problema com Danilo e tinha medo de não estar aqui quando do você fosse pra faculdade — Ele fez uma pausa — Bom, acho que ele sabia...

Uma leve sensação de paz passou por mim ao segurar o papel em minhas mãos, meus olhos corriam pelas palavras rápido de mais. Sentado em minha escrivaninha eu tinha a sensação de estar afundando na cadeira ao poucos...

Querido Sam,
Todos nós temos dias ruins, não se engane em achar que dias bons não viram. Tenho a sensação de que você está crescendo rápido de mais, e isso me assusta. Enfim, temo não está mais aqui para te ensinar o básico de tudo o que sei, porém és uma criança (ou seja lá com quantos anos esteja lendo isso) muito esperta. Sua mãe me deu uma lista de instruções de como cuidar de você, acredito ter seguido arisca tudinho. Tenho que ser sincero, o mundo é assustador mas você é uma Hastings, saiba que o mundo está ao seus pés.
      Sei que seu pai está fazendo um ótimo trabalho, ele é sem dúvidas o cara mais legal do mundo. Tudo bem, sei que você também acha isso. Tenha paciência com o seu pai, aproveite cada momento com ele. Não meça esforços para estar com ele, mesmo que a faculdade ou até mesmo seu trabalho estejam tomando muito do seu tempo. Sempre, sempre mesmo, deixe uma espaço vago em sua agenda para ele. A família vem em primeiro lugar.
      Quanto ao amor, acho que a essa altura você já entende mais dele do que eu jamais poderia saber. Siga o seu coração, mas não o escute-o. Ame com intensidade, seja voraz e nunca deixem te dizer quem você deve amar.
      Apenas seja livre, seja forte. Sei que não conheceu sua mãe, mas acredite, há muito dele em
Você é muito de mim também. Então, quando estivermos em conflito dentro de você, deixe sua mãe ganhar!

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⏰ Última atualização: Jun 14, 2022 ⏰

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