11. Te odeio

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AARON:

Ela estava no quarto, deitada na cama do segundo apartamento dela, o segundo. Era uma assassina de verdade, não uma muito inteligente já que achei o lugar só de olhar o celular, tinha o endereço salvo num dos aplicativos do que parece ser um programa de casas e que os hacks criam para si próprios. Eu a levei para o hospital pelos fundos, não me lembro direito, só flash de quanto apontei a arma para os médicos a operarem rápido, trouxe para casa os medicamentos e tratei dela eu mesmo. Eu fui traído, traído pelos meus fiéis homens e agora preciso de volta tudo o que é meu, não posso ser um ratinho em meio a essas víboras, não vou sentar e esperar eles virem até mim, por isso... Tenho um plano.

DAYRA:

"- DÁ A PORRA DO SEU JEITO! SE ELA MORRER NESSA MESA! EU TE MATO DEPOIS".

Os gritos do Aaron eram enorme mesmo eu estando apagado naquele momento, acordei com uma baita dor de cabeça, minhas roupas estavam trocadas e estava ligada a um soro. Não em recordo de nada além dos gritos deles, do choro do Cassian ou talvez fossem os gritos bravos? Eu não sei. Olhei ao redor reconhecendo o meu apartamento.

Meus ferimentos ainda estavam doendo, isso me debilitada de certa forma, se eu não posso me mover direito, eu não posso lutar direto, até o recuor da arma estava me causando dor pela sua força. Se for assim, eu não posso segurar uma metralhadora, seria arriscado demais até como sniper, se eu precisar fugir novamente, talvez mal consiga andar um quarteirão. Estava descendo as escadas com dificuldade, sentia meu corpo suar frio pela dor alucinante e latejante dos pontos. Andei até a cozinha e eu estava acabada, eu precisava muito de um descanso, só isso que eu pedia, uma semana longe dessa loucura, depois todos os filhos da puta poderiam voltar a tentar me matar. Procurei o analgésico e Finalmente achei, peguei dois comprimidos e coloquei garganta abaixo, engolindo de uma vez. Ouvi o barulho da tv da sala sendo ligada e eu me concentrava em tentar respirar, esperando a dor passar ou amenizar.

- Dayra!- Aaron gritou da cozinha, talvez fosse para saber se estava viva, só que eu tava era estressada, porra o homem chato do caralho, tem mais picuinha que mulher, não me deixa em paz um minuto!

- Que foi desgraça?- falei com raiva ao sair da cozinha e chegar na sala, a imagem da tv me fez congelar aonde estava mesmo.

  Na TV, em uma site de fofoca tinha a minha foto, juntamente com o Aaron e o Bebê sentado na minha cama de hospital, logo depois do meu acidente, com a legenda " Nova namorada misteriosa do Grande CEO Aaron Gray acaba de sofrer um acidente, na já teve alta". Não, isso não pode está acontecendo, tudo menos isso! Encarei o Aaron que riu sem humor, sua risada era grossa e grave, o que me irritada.

- Por que caralhos está rindo!?- Falei com ódio dele, querendo quebrar o vaso na cabeça dele, mas se fizesse isso o bebê acordava e eu teria que lidar com outra dor de cabeça.- Sabe o que isso significa pra mim!? A porra de um alvo nas costas!

Ser a mulher do dono da máfia é a pior coisa que existe, significa que os inimigos deles são meus inimigos também, significa que eu teria mais gente querendo arrancar meu pescoço que o normal! Por isso as mulheres de traficantes ficam em casa, para não serem pegas e usadas contra os traficantes como meio de manipular o cara. As prediletas dos sequestradores são mulheres que tem um porte maior e adivinha qual é o último cargo? O dono da Máfia! Se você ocupa o lugar de mulher do dono da Máfia isso significa: sequestro, tortura, cativeiro e por fim a sua morte!

- Acha que é a única que se deu mal aqui!?- ele falou com arrogância- Ser o homem da maior Assassina de todos os países? Acha que é um cargo bom? Eu tenho um alvo maior nas costas do que você! Procurada pela Interpol, sabe o que esse tipo de gente faz? Eles não seguem as leis, se quiserem me torturar pra arrancar informações de onde você está podem fazer isso de qualquer maneira! Ou seja! Eu e minha empresa corremos mais riscos que você!

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