Perseguição.

13.

Dois meses haviam se passado desde a minha última discussão com meu pai, eu ouvi um pouco o que a Colleen havia me dito, e eu estava esperando o momento certo para conversar com ele sobre tudo que havia acontecido até aqui.

Meu relacionamento com o Sebastian havia dado um passo a mais, estávamos progredindo cada dia mais e acho que posso chamar ele abertamente de namorado mesmo que não teve nenhum pedido oficial feito. Mas o ciúmes que ele tinha por mim era sem igual, ele estava cada vez mais carinhoso comigo. E eu sem dúvidas estava até mais calma por tê-lo por perto.

Liz ainda era a minha maior confidente, ainda tira sarro de mim porque eu não disse que iria me apaixonar pelo meu professor, e aqui estou eu. E por incrivel que pareça o coração dela também foi fisgado por ninguém menos do que o Peter, eu tinha percebido já algum tempo um carinho meio incomum vindo dela pelo mesmo. Depois de tanto eu questiona-lá ela mesmo me contou que sentia uma atração pelo o mesmo, e ambos agora estão se conhecendo ainda mais.

Eu poderia dizer que minha vida estava indo muito bem e caminhando nos conformes, ninguém além da Liz sabia do meu relacionamento com Sebastian. Aliás, aquelas paredes da sala dos professores gritam todas as vezes que eu apareço lá para fazer uma visitinha ao meu amado. Atrás do ginásio, dentro do banheiro do ginásio, dentro das salas fechadas já que o mesmo pegava as chaves na sala dos professores, dentro da biblioteca. Eram tantos lugares que eu já até perdi a conta.

As minhas férias também chegaram e eu poderia ficar ainda mais tempo com Sebastian, marcamos de fazer uma viagem só nos dois nesse final de semana, eu juro que nunca fiquei tão empolgada em viajar em toda a minha vida. É claro que eu falei para o meu pai que seria eu e a Liz, eu ainda não queria contar ao meu pai sobre Sebastian, ele entende o meu lado e está esperando o meu momento certo.

-Filha, eu queria que você fosse almoçar no restaurante com sua avó. -Diz meu pai entrando no meu quarto.

-Eu olho para o mesmo. -Pai, eu combinei de sair com a Liz.. nós iremos ao shopping, eu posso ir algum outro dia, tenho que terminar de acertar alguns assuntos sobre a nossa viagem que já é nesta semana.

-Ah tudo bem então. Qualquer coisa se quiser aparecer com a Liz por lá fique a vontade. -Diz meu pai e sorrindo.

-Valeu pai. -Digo o olhando e o mesmo logo se retirou do meu quarto.

Claro que eu não iria para shopping nenhum e muito menos com a Liz. Eu iria para casa de Sebastian, e a parte da viagem era verdade ele queria um hotel massa para nos dois e outras coisas a mais.

Me arrumei para me encontrar com Sebastian na casa dele, hoje eu não estava em clima pra sair então provavelmente iríamos ficar jogados na cama dele e assistindo alguma coisa na tv para passar o tempo.

Cheguei até a casa de Sebastian, eu não precisava nem de esperar que ele abrisse a porta para mim, já que o mesmo havia me dado uma cópia da chave para que eu tivesse livre acesso sempre que eu quisesse.

-Amor, cheguei. -Digo e sorrio batendo a porta.

Tiro meus sapatos na entrada e os coloco no canto e pego meu chinelo que ficava próximo a porta e caminho em direção a cozinha procurando por Sebastian.

-Amor?

Caminho em direção ao quarto e o mesmo se encontrava dormindo em um sono profundo. Parei em frente a porta e abri um sorriso largo enquanto eu olhava o mesmo dormindo com uma cueca branca, seu cabelo estava bagunçando assim como a cama.

Entrei no quarto e coloquei minha bolsa encima da poltrona e tirei a minha roupa, ficando somente de calcinha e sutiã. Delicadamente eu me deitei na cama perto de Sebastian e acariciei o cabelo do mesmo, depositando um beijo de leve em sua testa.

O mesmo então se mexeu um pouco e olhou para mim com os olhos semiabertos.

-Eu tô no céu?

-Olho para o mesmo sorrindo. -Tá na hora de acordar meu amor.

-Aqui está tão gostoso. Você chegou que horas amor?

-Cheguei quase agora. Eu achei que você tinha saído porque estava tudo muito quieto.

-Eu não sai amor.. mas se você quiser sair par almoçar. -Diz Sebastian me olhando e passando sua mão pela minha perna.

-Que tal a gente cozinhar alguma coisa hoje? Eu não estou muito afim de sair, e seria uma boa. -Digo e sorrio.

-Sebastian abriu um sorriso para mim. -Eu acho perfeito amor.. inclusive já da pra imaginar quando estivermos morando juntinhos.

-Você quer mesmo que eu more com você né? -Digo e sorrio.

-Olha, você não tem noção do quanto eu quero isso logo.. o dia que você falar que quer, eu vou fazer de tudo.

-Você é maravilhoso. -Digo e sorrio e logo partindo para um beijo com o mesmo.