11.

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Eu havia dormido de novo com o meu professor porém agora eu tinha certeza que ele era o meu professor. Eu havia perdido totalmente a noção do tempo e quando eu acordei o meu telefone estava despertando. Eu me assustei e levantei no impulso.

Olhei para o lado e vi Sebastian dormindo com um semblante sereno e a respiração pesada, seu peito subia devagar e descia o mais lento possível, seus lábios estavam rosados de tanto que eu o havia beijado. Em meio ao caos disso tudo eu abri um sorriso olhando Sebastian dormir.

Olhei para o lado para olhar as horas no meu telefone que se encontrava encima da mesinha. Havia 19 ligações perdidas e a maioria era do meu pai.

-Merda, merda... mas que merda. -Digo me levantando e colocando minha roupa as pressas.

-Você não vai fazer igual naquele dia de novo né? -Me pergunta Sebastian com a voz um pouco sonolenta.

-Levo minhas mãos ao meu rosto. -Eu não deveria.. eu não sei o que aconteceu, meu pai me ligou várias e várias vezes. Eu estou ferrada.

-Sebastian então se levanta e se coloca de pé em minha frente. -Você queria isso, nós dois sabemos S/n. E se o problema for o seu pai, eu vou até a sua casa agora mesmo e falo para ele e quem quer que precise ouvir que eu estou com você.. o que eu quero, é que você não faça como naquele dia.

Eu olhei no fundo dos olhos de Sebastian, e eu juro que sabia o risco que eu corria por está com ele, mas que se dane eu não me importava mais e pra dizer a verdade, eu estava sim começando a me apaixonar por ele.

E no momento de impulso eu apenas o beijei como nunca havia o beijado antes, foi uma entrega verdadeira, um sentimento recíproco já que o mesmo havia cedido ao meu beijo. Suas mãos caminharam pelas minhas costas.

Me afastei dos lábios do mesmo e ficamos com as testas encostadas. Permaneci de olhos ainda fechados e sentia a respiração de Sebastian em meu rosto e me fazia arrepiar por completa.

-O que você fez comigo em? -Digo suspirando aliviada.

-O mesmo que você fez comigo S/n. -Sebastian então levou suas mãos ao meu rosto me fazendo o olhar.

Abri meus olhos e olhei naquela imensidão dos azuis dos seus olhos que me lembrava o mar. Sebastian me olhava com carinho e aquele sentimento me deixou ainda mais vulnerável por ele.

-Eu quero você. -Me diz Sebastian ainda me olhando.

-E-eu não sei o que dizer. -Digo o olhando um pouco sem reação.

-Apenas diga que você também me quer. Eu sei que você sente o mesmo.

-Eu também quero você. Por mais que seja complicado, vale o risco.

Sebastian então me pegou no colo e me colocou novamente sobre a sua cama e o mesmo então ficou por cima de mim me olhando nos olhos mais uma vez. Uma de suas mãos colocou a minha franja por trás da minha orelha, Sebastian passou sua mão pelo meu rosto e lábios me fazendo então fechar os meus olhos. Senti então a famosa borboleta no estômago quando seus lábios tocaram os meus novamente, mas dessa vez com uma leveza extraordinária.

Não tínhamos pressa alguma, minha mente havia se esvaziado por completo e a sensação de existir apenas eu e Sebastian no mundo era surreal. O movimento das nossas línguas em sincronia se abraçando em conjunto me fazia sentir um leve choque percorrer cada parte do meu ser, nossa respiração pesada compõem uma só sinfonia.

Eu poderia passar o resto do dia assim com Sebastian, passando cada momento com ele e me sentindo ainda mais completa, a sensação única que ele me fazia sentir, ninguém nunca havia a despertado antes.

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